Capítulo 5

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Harry acordou lentamente, rolou de costas e se espreguiçou – e imediatamente desejou não ter feito isso.

— Droga!

Uma voz ao lado dele disse secamente:

— Observador, não é? E se você tivesse simplesmente prestado atenção ontem à noite, não estaria tendo esse problema.

Harry abriu os olhos e olhou feio para Snape.

— Cai fora, Snape.

Snape levantou um pequeno frasco e zombou dele.

— Eu não seria tão precipitado, Potter. Tenho em minhas mãos os meios para aliviar o que o aflige.

— O que você quer que eu faça? Que te dê um beijo em troca? — Harry retrucou.

— Ontem à noite, eu teria dado a você de graça. Esta manhã... um 'por favor' será suficiente.

— Por favor — Harry resmungou. Snape destampou o frasco e entregou a ele, e Harry engoliu. — Deus, você não faz nada que tenha um gosto decente?

— Pare de choramingar, Potter.

Antes que Harry pudesse responder, houve uma batida na porta do quarto e então ela se abriu. O funcionário do Ministério que Harry conhecera no dia anterior entrou apressado, com um sorriso radiante no rosto, com Dumbledore e Sirius logo atrás dele.

— Bom dia, bom dia! — disse o oficial alegremente.

Harry viu Snape estremecer e presunçosamente notou que seu novo marido não parecia ser muito uma pessoa matinal. Harry se apoiou contra a cabeceira da cama, puxando as cobertas até o pescoço, e esperou pela explosão.

No entanto, antes que Snape pudesse dizer qualquer coisa, o oficial colocou sua pasta na cama e estava tirando papéis de dentro dela.

— Estou tão feliz que vocês dois estão acordados, e não vou tomar mais do seu tempo do que o necessário. Há apenas alguns pequenos formulários para preencher. Primeiro, algum de vocês comeu ou bebeu alguma coisa esta manhã?

— Não — Snape disse secamente.

— Sim — disse Harry. — Hum, uma poção para dor.

Sirius rosnou.

— Por que você precisava tomar uma poção para dor, Harry? — ele exigiu, olhando feio para Snape.

Snape lançou a Sirius um dos seus olhares mais irritantemente presunçosos e Dumbledore disse apressadamente:

— Isso não tem importância agora.

— Você tem uma amostra da poção? — perguntou o funcionário do Ministério.

Harry entregou-lhe o frasco e o homem bateu nele com sua varinha.

— Certo. Apenas um analgésico básico e relaxante muscular. Não deve interferir com o Veritaserum de forma alguma. — Ele colocou o frasco em um envelope e o colocou em sua pasta, então começou a vasculhar. — Agora, eu sei que tenho um frasco dele aqui em algum lugar...

— Permita-me, Ignatius — disse Dumbledore, estendendo um frasco transparente.

O oficial pegou o frasco e deu uma batidinha com sua varinha. Um olhar de alegria cruzou seu rosto.

— Sim, isso vai servir muito bem, muito bem mesmo! Uma amostra tão pura de Veritaserum com a qual já tive o prazer de trabalhar. Sua, Professor? — ele perguntou, olhando para Snape.

— Sim, é um dos lotes de Severus — Dumbledore afirmou. — Isso será um problema?

— Não, de fato! Nós do Departamento de Contratos Mágicos raramente temos a chance de trabalhar com as 'coisas boas', por assim dizer — Ignatius disse, sorrindo para Dumbledore e depois para Snape. — Eu serei a inveja dos meus colegas, posso te dizer isso. Professor, se você me deixar colocar duas gotas na sua língua?

A Convenient Marriage | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora