- ❝𝙆𝙇𝘼𝙍𝘼 𝙃𝘼𝙍𝙍𝙄𝙉𝙂𝙏𝙊𝙉 era apenas uma garotinha de 11 anos quando o destino lhe trouxe algo trágico, a morte de seu pai. Como se já não bastasse, a menina teve que se mudar para uma cidade que de seu conhecimento, era no fim do mundo. As...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗰𝗮𝗹𝗶𝗳𝗼𝗿𝗻𝗶𝗮, 𝗰𝗼𝗹𝗳𝗮𝘅 𝟬𝟭/𝟬𝟴/𝟭𝟵𝟳𝟵
Estava com as mãos nos bolsos do meu casaco, caminhando pelas ruas de minha cidade. Já estava meio tarde, e o silêncio completo às vezes era quebrado pelo barulho das folhas secas quando eu as pisava.
Ao me aproximar da casa conhecida, escutei algo. Pareciam ser sirenes. Acelerei o passo, afinal, era minha casa. O que havia acontecido lá?
Passei por ambulâncias até finalmente chegar à porta de casa.
— O que houve aqui? - Questionei, avistando Steve perto de minha mãe. A mais velha estava aos prantos, enquanto Steve tinha os olhos marejados, e acredite, aquilo era estranho. Eu nunca tinha visto Steve prestes a chorar antes.
— Por que está chorando, mamãe? - Me aproximei mais, com a preocupação estampada no rosto. Não obtive nenhuma resposta.
— Falem, por favor! - Exclamei.
Quando meu irmão olhou para mim, parecia que eu entendia cada expressão do seu olhar. Rapidamente processei a situação. Olhei ao redor, procurando... papai. Onde estava meu pai?
Parece que a partir daquele momento, tudo começou a fazer mais sentido.
— Papai... se foi. - Steve disse, com a voz trêmula. Senti meu peito se apertar.
— Isso é culpa sua! - Minha mãe afirmou, apontando o dedo para mim.
— Você sabe que deveria estar perto dele e não estava. E por sua culpa estou sem meu marido. - Notei Steve olhar incrédulo para a mais velha ao ouvir suas palavras, mas ainda calado por conta do choro guardado.
Balancei a cabeça, tentando absorver todas as informações. Mas aquilo foi como um gatilho; senti minha garganta travar.
Eu estava sem meu pai. O único que me entendia ali e, para ser sincera, no mundo todo. Eu estava sem meu herói. Nunca mais poderia sentir o conforto do abraço dele. Eu não o tinha mais.
