31 de outubro.
Nossa data.
Com a correria do dia, só consegui ver minha esposa pela manhã. Pouco nos falamos e já saímos para cumprir com nossos compromissos.
São quase 18 horas, e ainda não consegui sair da clínica de saúde a qual sou dona, com foco inicial em psicologia, por conta da minha profissão de psicóloga.
Minha esposa, Helena, se formou em direito poucos anos depois de mim, e logo passou no concurso tão almejado de delegada.
Apesar das vitórias, nossas correrias do dia a dia acabam atrapalhando nossa relação de casal, já que conseguimos nos ver apenas ao acordarmos, e ao dormir, onde chego muitas vezes após a meia noite, por conta das aulas de neuropsicologia que leciono como professora universitária na mesma faculdade em que eu me formei psicóloga.
Mas hoje, é um dia especial. É a nossa data. E apesar de eu não conseguir desmarcar as aulas para ficar com minha esposa, planejo sim fazer surpresas a ela.
Como a clínica foi planejada por mim, pensei em absolutamente tudo, e há uma suíte separada onde nao há câmeras, e nem mesmo as faxineiras podem ter acesso.
Apenas eu e minha querida agente, Helena Simonini.
Ela disse que passaria aqui para me ver e passar um pouco de tempo comigo, antes de eu sair para mais um dia de aula, que se iniciariam às 19 horas e 30 minutos.
adentrei a sala, tomei um banho, vesti uma lingerie nova que comprei especialmente para a noite de hoje, rendada e da cor preta. Borrifei o perfume que a fez se apaixonar por mim, este que ela mais ama dentre todas as dezenas que faço de coleção.
Vesti também uma camisa branca social, e deixei de abotoar os dois últimos botões, dando destaque aos meus seios fartos, que são seu ponto fraco. Escolhi uma saia preta, pouco acima do joelho, justa porém não vulgar. Uma meia calça de fio 15 da cor preta, e um scarpin, também preto.
Apostei em acessorios delicados, pequenos e dourados, e escolhi deixar meu cabelo solto, com cachos abertos feitos por babyliss.
Eu estava sexy, o que causaria um certo ciúme em minha esposa, sabendo que não faltava muito tempo para eu assumir a posição de professora perante a uma sala com 60 alunos.
A suíte foi planejada pensando em momentos de descanso, onde poderíamos deixar nossos filhos, ou até mesmo em momentos mais quentes. me deitei sobre a cama, coloquei o presente de Helena ao meu lado e aguardei pacientemente sua chegada, que nao demorou mais de 10 minutos.
Ouvi um breve toque na porta e a destranquei, onde vi a expressão de choque de Helena ao me ver preparada para ela.
- Amor... boa noite, minha... - foram suas primeiras palavras. Sua falta de ar era muito notável, e percebi certo nervosismo nela.
Percebi então um lindo buquê de rosas vermelhas recém colhidas, muito perfumado e acompanhado de uma barra do meu chocolate favorito.
Meus olhos marejaram com este presente, que pode parecer muito comum, mas meu coração é rico em sentimentos e sensível a absolutamente tudo que Helena pode fazer por mim ou para mim.
A puxei para dentro do quarto, e a abracei. Seus toques suaves envolvendo minha cintura me permitiram deitar em seu ombro e sentir seu perfume nada doce, porém marcante e viciante.
Nossa sintonia é tão forte que sua ideia de usar o perfume que senti no nosso primeiro abraço, quando nos apaixonamos, foi a mesma.
Só então eu lembrei que também havia comprado um presente a ela, e me virei para pegá-lo.