Capítulo 6

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- Sam o que faz aqui?

- Eu vim para passar o Natal com você meu amor, como você havia planejado.

Penélope tentava conter as lágrimas de frustração e ódio que se formavam em seus olhos respirou fundo e prosseguiu, se aproximando mais do homem a sua frente.

- Você só pode estar de brincadeira, não precisava ter vindo, aliás, não deveria ter vindo, tudo o que eu tinha para falar ou tratar com você, eu fiz em Londres. Faz algo por mim pelo menos uma vez na vida e vai embora!! - bradou enquanto se virava e subia as escadas voltando para o seu quarto.

- Querida espere, você nem ao menos tomou café . - Exclamou Violet tentando apaziguar a situação.

-Perdi a fome. Me desculpa. - Falou enquanto se conduzi para o inteiro do corredor em direção ao seu quarto, trancando a porta em seguida.

Penélope passou o restante da manhã trancada em seu quarto, não abrirá nem mesmo para Violet que tentou levar seu café. Perto da hora do almoço de Natal, inconformado com o desaparecimento da ruiva, e o notável desconforto de Eloise, Colin resolveu ir até o quarto de Penélope vê-la. Um hóspede novo havia chegado, porém logo se dirigiu até a cidade para a conhecer e só voltaria no fim de tarde, então não teve a oportunidade de encontrá-lo. Subiu as escadas e bateu na porta de Penélope, não sabia se ela o atenderia, mas esperava que sim.

- Pen, sou eu, Colin. Abre por favor

- Não estou me sentindo bem Col, quero ficar sozinha.

- Eloise comentou, te trouxe um chá. Achei que faria você se sentir melhor.

A última coisa que gostaria era de preocupar  Colin com besteiras, então abriu a porta, porém não conseguiu esconder a tristeza e os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

- Você estava chorando? O que houve?

- Não quero falar sobre isso agora. Podemos conversar depois?

- Não vou te deixar sozinha Pen.

- Então podemos só ficar aqui em silêncio? - Perguntou Penélope sentindo os olhos encherem de lágrimas novamente.

Colin assentiu e esperou ela se sentar e se sentou ao lado dela em seguida, ele então se aproximou mais e ela apoiou sua cabeça no ombro dele, permitindo que as lágrimas rolassem por seu rosto incontrolavelmente. Ele estendeu uma das mãos e a repousou nos cabelos ruivos, acariciando os fios macios, ela então suspirou ao sentir o conforto que aquele pequeno ato lhe causava.

Penélope não amava Sam, mas ainda gostava dele, o relacionamento já não estava bom faziam meses, porém ela se recusava a acreditar e se esforçava em dobro, porém a atitude dele na última semana foi a gota d'água para ela que decidiu finalmente por um fim em tudo, e agora, justo agora que estava seguindo sua vida, havia encontrado alguém doce, gentil e carinhoso com ela da maneira que ele nunca havia sido, ele havia finamente entendido que a havia perdido?

As perguntas giravam em sua cabeça, mas o calor do corpo de Colin junto ao dela a faziam sair da névoa de pensamentos e focar no presente, o que aquele homem sentado ali ao seu lado, lhe transmitindo a mais pura segurança, significava pra ela? Penélope não sabia ao certo o que sentia por ele, nem ao menos se era recíproco, mas algo em seu estômago, talvez o chacoalhar das borboletas, a faziam acreditar que fora bem mais do que um simples beijo.

Polin: Um amor de NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora