𝐓𝐑𝐀𝐈𝐓𝐎𝐑 | 𝐒uguru 𝐆eto

22

Conversar com Geto aliviou meu coração, me fez sentir menos sobrecarregada que eu já estava. Após toda a tensão sumir, resolvemos ir até a sala falar com os outros dois, obviamente que assim que se encararam o Sukuna já fechou a cara e Suguru segurou minha mão firme.

— Os pombinhos já se acertaram? — Satoru falou em um tom debochado.

— Já, ficou acertado que a S/n permanecerá com o Sukuna por enquanto — Geto falou tão baixo que eu quase não ouvi.

— E o que nós faremos?

— Você eu não sei, Satoru — Suspirou — Mas eu já estou cansado das coisas serem feitas no extremo. Se Yaga não consegue por limites aos superiores, então não cabe a mim fazer isso, eu apenas estou fora desse fingimento.

— Então é isso? Irá largar a escola?

— Não é bem largar — Deu de ombro — Só estou fora. Você pode continuar sendo usado por eles.

— Eu odeio quando você fala desse jeito — Revirou os olhos — Nós somos uma dupla, é óbvio que não deixarei você sozinho nessa.

— Esperem — Olhei para os dois antes que aquilo se tornasse uma discussão sem fim — Vocês não podem sair assim da escola.

— Não sejam idiotas — Sukuna tombou a cabeça para trás — Se vocês saírem, é obvio que irão saber que tiveram contato com a S/n. Vocês estão expondo ela novamente.

— E o que espera que façamos, oh grande Lorde das trevas? — Satoru olhou para Sukuna com um sorriso no canto dos lábios debochado.

— Que continue da forma que estão, vocês só precisam saber onde ela está e não levantarem suspeitas.

— Odeio seguir ordens, aí vem você e...

— Ele está certo — Geto respondeu antes de mim — Vamos manter a discrição e tentar colher alguma informação. Talvez possamos revidar mais para frente.

— Será melhor — Ryomen se levantou e esticou-se antes de caminhar até a porta — Vamos, S/n, já cumprimos o que viemos fazer.

— Tem razão — Me virei para Suguru e dei um selar como despedida — Satoru sabe onde eu estou, tome cuidado.

— Eu amo você — Murmurou — Qualquer coisa eu irei correndo até você.

— Sei que irá — Sorri — Também amo você.

Ao passar pela porta para irmos embora, percebi alguns olhares do Sukuna em minha direção, ele não tinha uma cara nenhum pouco boa. Perto da sua moto ele me deu o capacete e me ajudou a sentar na garupa, eu queria questioná-lo o que tinha de errado, mas talvez ele não fosse reagir bem.

Em silêncio e abraçando a cintura do mais velho, eu fiquei sentindo a brisa tocar meu rosto enquanto pensava no Suguru e no quão feliz eu estava por tê-lo finalmente.

*Quebra de tempo*

O caminho foi tranquilo, com exceção do incômodo que senti com Sukuna não dizendo nada. Era normal ele falar o tempo todo, seja para me irritar ou aconselhar sobre minhas técnicas, mas ele estava calado desde o momento que saímos da casa do Geto e eu já tenho ideia do que possa ser.

xxxxx

Sukuna pov;

Irritante, completamente irritante toda aquela melosidade dos dois na minha frente. Se eu pudesse, matava Geto na primeira oportunidade que me aparecesse, mas isso faria com que S/n me odiasse e as coisas se tornassem um problema. Ela não é mais forte que eu, ainda sim é uma incógnita seu nível de poder.