Laços de Sangue

capítulo 17

Nota: esse capítulo têm violência. E uma ( falsa) insinuação de estupro.

"Olá, Príncipe Aemond", disse lentamente o homem que entrou nos aposentos de Lucerys e Aemond, deslizando pela porta como uma cobra antes de fechá-la com força atrás de si. Ele estava segurando uma espada, a lâmina já manchada de sangue. Ele deslizou a arma de volta para sua bainha ainda suja. O estranho era um cavaleiro da Guarda da Rainha, vestido com a fina armadura de placas e o pesado manto branco do guarda-costas juramentado de Rhaenyra. Ele tinha cabelos escuros e despenteados, um rosto pálido com um nariz torto e olhos como os de um lagarto. Aemond pulou de pé. Cada instinto afiado para a batalha que ele possuía estava gritando para ele que este homem, apesar do manto branco em suas costas, era um inimigo. Seu coração começou a martelar em seu peito. Quando Aemond vivia na Fortaleza Vermelha antes da guerra, ele sempre mantinha uma adaga em seus aposentos. Agora ele não tinha nada. Ele estava completamente desarmado. Ele estava indefeso .

Havia algo familiar no rosto pálido e parecido com o de um rato do cavaleiro. "Eu conheço você", disse Aemond, tentando localizar o intruso. Ele tinha ouvido o nome desse bastardo em algum lugar - ele sabia que tinha.

“Nós só trocamos palavras uma vez,” disse o homem. Ele ficou em frente à porta, bloqueando-a, com a mão ainda apoiada no punho da espada. “Muito brevemente. Você se lembra? Na cerimônia de cavalaria, meia lua atrás.”

Um nome se apresentou a Aemond. “Robyn Darke,” ele disse. A Casa Darke era vassala direta da coroa. Os idiotas infiéis tinham se declarado por Rhaenyra durante a guerra. Tirando isso, Aemond não teve nada. Quem era esse vira-lata? O que ele queria?

“É isso mesmo”, disse o cavaleiro. Ele deu um passo à frente. “Você conheceu meus irmãos também. Você sabia disso? Eu digo que você os conheceu... mas isso não é bem verdade. Você os queimou com aquela sua besta monstruosa e fodida. Todos os três, sumiram em um instante. Duvido que você tenha visto os rostos deles, seu filho da puta miserável.”

Aemond lutou para manter o controle de si mesmo e ficar calmo. Onde estava o cavaleiro que estava de guarda na porta - o homem de Daemon? Teria sido seu sangue na lâmina de Darke?

“Eu queimei muitos homens com Vhagar”, ele disse friamente.

“De fato você fez,” disse Darke, seus lábios se curvando. “E que preço você pagou por seus crimes? Nenhum. Você se prostituiu para aquele filho da puta bastardo do Lucerys, e de repente a Rainha perdoa tudo! Meus irmãos morreram por sua reivindicação! Eles deram suas vidas por ela! E esta é a justiça que ela faz por eles? É assim que ela honra o sacrifício deles? Eles eram bons homens! Corajosos! Leais! A vadia tirana não merece o trono em que está sentada! Nenhum de vocês merece. Toda a sua Casa pagã não é nada além de uma maldição nestas terras desde que o maldito Conquistador fundou esta cidade miserável.”

“Então você se tornou um violador de juramento?” Aemond zombou. Sua mente correu, tentando freneticamente pensar em uma maneira de sair disso. Mas ele não conseguiu nada. Ele estava preso.

“Um juramento conta quando você faz isso com uma prostituta sem deus?” Robyn Darke retrucou. “Se minha honra e minha alma estão condenadas, então valerá a pena ver você morta e aquela Rhaenyra desleixada ser derrubada.”

“Você acha que me matar vai derrubar Rhaenyra?” Aemond riu maldosamente. “Você é um imbecil babaca então. Minha irmã não amaria nada mais do que se livrar de mim! Ela mesma enfiaria uma lâmina no meu coração se pudesse!”

“Oh, mas eu não vou te passar pela espada,” disse Sor Robyn. Ele deu mais alguns passos para frente e sorriu. Ele tinha um rosto doentio e desagradável. “Você vai sair pela janela, meu príncipe. Assim como sua irmã antes de você.”