Um coração se parte onde um amor nasce.

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Já fazia mais de uma semana que Sunoo e Heeseung tinham começado a namorar. Para Jake, essa realidade era como um veneno que corria lentamente por suas veias, destruindo-o por dentro. O fato de seu amado amar outra pessoa o torturava a cada segundo, mergulhando-o em uma dor insuportável.

Todas as noites, o Shim chorava. Lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto enquanto ela se encolhia na cama, apertando o travesseiro com uma força que mal conseguia controlar. Era nesses momentos de desespero que ele olhava para o céu através da janela, seus olhos brilhando com a esperança infantil de que as estrelas, de alguma forma, pudessem atender seus desejos.

“Eu te amo tanto... Dói, dói tanto... Mas eu não consigo parar de te amar,” pensava, enquanto seu coração se apertava ainda mais com a intensidade de seus sentimentos. Ele sabia que aquele amor era uma batalha perdida, ainda assim, não conseguia se livrar dele. O amor por Heeseung era como uma corrente invisível que o prendia.

Por várias vezes, Jake pensou em ligar para o Lee. A ideia de ouvir sua voz, mesmo que por um breve momento, o tentava mais do que qualquer coisa. Só queria um pouco de conforto, o conforto que sabia que o amigo o daria. Mas de que adiantaria? Heeseung provavelmente estava com Sunoo agora, envolvido em abraços e beijos, vivendo a felicidade que o Shim só podia sonhar em ter um dia.

“Ele está feliz,” repetia para si mesmo, como um mantra. “E é isso o que importa.”

De repente, o som estridente da campainha ecoou pelo apartamento silencioso, quebrando o transe em que o outro se encontrava. Seu coração deu um salto, e ele se levantou, hesitante, caminhando em direção à porta. Quem poderia ser a essa hora?

— Oi, Jakey. Sou eu, Heeseung. — A voz doce e familiar do outro lado da porta fez o coração do garoto parar por um segundo. Ele sentiu seu peito apertar, o ar parecia escapar de seus pulmões. — Você está aí?

Jake hesitou, olhando para si mesma no reflexo do espelho ao lado da porta. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar, o rosto marcado pela dor que vinha sentindo há dias. Não queria que o amigo o visse assim, tão vulnerável, tão quebrado. Mas as estrelas, ao que parecia, haviam respondido mais rápido do que ele esperava.

Borboletas no estômago.- Heejake. Onde histórias criam vida. Descubra agora