Dúvidas e incertezas.

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"O que?" Pensou Lee, com a mente turva.

Ele não conseguiu dizer nada, estava confuso demais para formular uma resposta. A pergunta veio tão de repente, pegando-o completamente desprevenido, como um soco inesperado.

– Hee, por favor, seja sincero comigo – insistiu Shim, sua voz trêmula, os olhos inchados e vermelhos, mas ainda assim mantendo um brilho teimoso de esperança. – Você sente algo por mim? Você gosta de mim?

– Mas é claro que gosto, Jakey. Não seja bobo, você é meu melhor amigo...

– Não, não desse jeito. Você sabe o que eu quis dizer. Apenas me responda – o mais novo se acomodou no chão, buscando uma posição mais confortável, mas sua inquietação era visível.

Heeseung hesitou. Ele realmente sentia algo por Jake? Seu coração começou a bater mais forte, como se tentasse trazer à tona uma resposta que sua mente relutava em aceitar. Ele estava namorando Sunoo, um garoto lindíssimo e carinhoso. Isso não deveria ser o suficiente? Deveria preencher todas as lacunas dentro dele, certo?

"Eu amo o Sun, não amo?" Pensou, como se precisasse reafirmar a certeza que parecia se esvair em meio às dúvidas que surgiam sem piedade. "Por que estou tendo essas dúvidas agora? É óbvio que eu o amo..."

Mas, ao voltar sua atenção para Jake, as dúvidas retornaram, ainda mais intensas, como ondas que se chocavam contra a costa de sua consciência, ameaçando engolir qualquer resquício de certeza.

– Eu...– começou, – não tenho certeza – admitiu por fim, tentando afastar os questionamentos que se amontoavam em sua mente.

Jake soltou um suspiro pesado, o brilho de esperança em seus olhos desaparecendo, substituído por uma expressão de derrota.

– Ah, entendo. – murmurou enquanto se levantava, claramente envergonhado por ter sequer considerado a possibilidade de que Heeseung pudesse sentir algo além de amizade. – Ainda vai querer assistir ao filme?

– Jakey, não faça isso, não agora – o maior se levantou rapidamente, se colocando de frente para o Shim, tentando estabelecer alguma conexão através de seus olhos, que agora evitavam os seus.

– Está tudo bem, eu só precisava saber se você sentia algo a mais por mim, mas eu me precipitei, como sempre. – o garoto tentou sorrir, mas seu olhar melancólico traía suas palavras. Ele tentou ir em direção ao sofá, mas foi impedido pelo amigo, que segurou firmemente seu braço.

– Ei, isso não vai mudar nada entre nós, vai? – perguntou, sua voz cheia de preocupação e um toque de desespero.

Jake forçou um sorriso, um gesto pequeno e amargo.

– Claro que não, está tudo bem – mentiu, sentindo uma pontada de dor no peito.

Borboletas no estômago.- Heejake. Onde histórias criam vida. Descubra agora