E aí leitores... Como estão?
Antes de começarmos a leitura, só quero agradecer a vocês, que estão acompanhando desde o início, que não desistiram dessa estória.Meu muito obrigado ☺️ ❤️
Votem e comentem bastante...
Boa leitura 🙃❤️
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A luz do sol está forte e entra pela janela, aquecendo o quarto. Meus olhos ardem com a intensidade da luz, e meu rosto dói. A sensação de desorientação é forte. Eu me lembro de quase tudo, algumas coisas ainda embaçadas. Sento-me de repente, os pensamentos confusos, e olho ao redor. Este não é o meu quarto. Me levanto devagar, tentando encontrar o banheiro. Cada movimento é doloroso, mas eu me forço a seguir em frente. Quando me olho no espelho, não posso evitar o grito que escapa dos meus lábios. Meu rosto está irreconhecível. O lado direito está inchado, e um hematoma escuro vai da metade da minha bochecha até o olho. Um corte pequeno no canto da boca. Eu não fazia ideia de que aquele homem havia me batido com tanta força. Enquanto examino meu rosto, noto marcas nos meus punhos e braços — provavelmente de quando os homens me arrastaram de um lado para o outro. Um calafrio percorre minha espinha enquanto minha mente revive aqueles momentos de pavor. Preciso lavar o rosto, mas quando a água toca minha pele, tudo arde.
Volto devagar para o quarto e encontro Valentina sentada na cama, ela sorri daquele jeito que faz meu coração derreter. Em um instante, quase me esqueço do que aconteceu. Como se ela pudesse apagar o medo e a dor com aquele sorriso.— Bom dia. Como você está? — ela pergunta.
— Bem, obrigada, — respondo, a voz fraca.
— Eu vou pegar algumas roupas para você, — diz ela, levantando-se e indo até o closet.
O banho não me faz sentir limpa. Não depois daquele homem nojento me tocar e me olhar daquele jeito. Sinto arrepios só de pensar nisso, e mais lágrimas ameaçam cair, mas eu as seguro com todas as forças. Quando saio do banheiro, vejo uma roupa na cama. Pego-a, hesitante, e, ao levá-la até o rosto, sinto o cheiro inconfundível. O cheiro da Valentina.
— É lavanda, — ouço a voz de Valentina, e me assusto, quase pulando da cama. Ela aparece de repente na porto .— Tem um cheiro bom, não é mesmo? — ela diz, rindo um pouco.
— S… sim, — respondo, um pouco envergonhada. Pego a roupa e volto quase correndo para o banheiro.
Quando volto para o quarto, Valentina está lá, me esperando com uma bandeja cheia de comida. Já vestida, me sinto mais relaxada. Começo a devorar o café da manhã, sem me preocupar em esconder a fome. Valentina me observa em silêncio por alguns minutos, até que quebra o silêncio.
— Sua mãe esteve aqui mais cedo, mas você estava dormindo. Ela não quis te acordar, ela está resolvendo algumas coisas, mas vai te ver assim que possível.
A ideia de ver minha mãe me traz um conforto. Suspiro fundo.
— Obrigada por ficar aqui, Val.
— Eu não ia deixar você sozinha, — ela diz. Pega minha mão e a segura com cuidado.
— Eu sei. — Minha voz é um sussurro, e por um momento, fico em silêncio.
— Ainda está doendo? — Valentina pergunta.
— Um pouco. — Respondo, olhando para o lado, ainda sentindo um desconforto no meu rosto.
Ela leva a mão até o meu machucado, e seus olhos fixam-se nos meus, A proximidade é elétrica, e posso sentir sua respiração perto da minha. Nossos rostos estão a centímetros de distância. A intensidade dos olhos dela me prende. Quero beijá-la. Quero que ela me segure mais perto. Mas então me lembro.
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Atrávez da minha janela (VALU)
FanfictionLuiza vive um amor platônico por sua vizinha Valentina desde que se mudou para a casa ao lado. Mas Valentina sempre a ignorou.Apesar de ter uma vista privilegiada do quarto de Valentina, não é o suficiente para Luiza e ela acaba desistindo de...