𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐔𝐀𝐑𝐃𝐈𝐀𝐍; Aang | Livro 1

O Atentado

Anos atrás...

Era um dia normal, os pássaros cantavam, o sol brilhava no imenso céu azul e as pequenas e poucas nuvens davam sombras na cidade tão pouco conhecida. Lírios era uma cidade pequena localizada na Nação do Fogo, e era conhecida, como já diz seu nome, por seus campos de lírios de diversas cores, que chamavam a atenção de cada um que passasse por ela.

Todos diziam que essa cidade era perigosa e que as pessoas eram piores ainda, e isso era totalmente verdade. Não se podia confiar em qualquer um, principalmente em Lírios, se você quisesse passear por lá teria que ficar em alerta o tempo todo. Nunca se sabe com quem você estará falando ou andando.

Em um dos campos da cidade, um trio composto por dois meninos e uma menina brincavam sem saber o perigo que os espera. Os meninos estavam tentando subir na árvore, um pouco pequena, atrás da menina.

Myata desceu da árvore com rapidez enquanto ria dos meninos caídos no chão.

--- Vocês são péssimos nisso. --- Ela disse, e uma brisa refrescante bateu contra seus cabelos loiros balançando-os --- Essa árvore nem é tão ruim assim. --- Myata direcionou seus olhos azuis para a pequena árvore verde.

--- Não enche! --- Yuri, um menino de cabelo marrom e pele morena, disse a loira, que foi retribuido com um dar de ombros.

Ela sentou-se ao lado de Shin, um menino de cabelos e olhos pretos, e o trio começou a conversar por horas e horas, sem notar que a cidade deles estava sendo incinerada.

--- O que vocês foram fazer lá? --- Meu pai
perguntou, enquanto eu colocava Teo em cima da mesa.

--- Nós tínhamos acaba de pousar, como íamos saber que ia ter outro atentado? --- Teo respondeu, seu rosto sujo de fumaça.

--- Atentado? Aquilo não foi acidente? --- A menina de trança, que descobri se chamar Katara, perguntou parecendo surpresa.

--- A Nação do Fogo não faz nada por acidente. --- Respondo, me sentando em uma cadeira. Os os dois me olharam confusos, enquanto a menina de cabelos loiros se manteve inexpressiva. O outro carinha lá tinha saído pra não sei onde.

--- Nação do Fogo? --- Perguntou o careca cheio de setas.

--- Eh, eles têm espiões pela cidade. --- Teo respondeu novamente.

--- Ahr, não existe lugar seguro hoje em dia! --- Meu pai afirmou, e Katara sussurrou algo. Ele saiu da sala segurando um balde e murmurando algo.

--- Vocês são dobradores de Ar! Têm noção do que é isso? Agora finalmente podemos combater o inimigo! --- Teo começou a falar e os dois dobradores se olharam levantando as sobrancelhas. --- O ar é a fraqueza deles e vocês... São o poder do ar!

Nesse momento aquele menino que fazia parte do grupo dos dobradores entrou na minha casa. E quando olhou em volta murmurou um "Uau".

--- Bem legal né? O papai é o mecânico do rei de Omashu. --- Disse Teo.

--- Mecânico?

--- Uma palavra bonita para descrever alguém que passa tempo demais construindo máquinas e essas coisas. --- Respondo e meu pai acenou em agradecimento --- Ele também fez aqueles sistemas de entregas. --- Acrescentei sorrindo.

--- Não é nada demais! --- Ele sorriu, odiava como ele se diminuía desse jeito.

--- Pai, se todo mundo fosse comprometido assim, essa guerra já teria acabado e a Nação do Fogo estaria de joelhos agora! --- Teo diz.

Um silêncio instalou-se na sala até Katara falar.

--- Bom, nós temos nossos papéis na guerra. Né, Aang e Mia? --- Ela perguntou pegando a sua bolsa.

--- É! Temos sim. --- O tal Aang respondeu --- Por isso temos que ir logo.

--- Sim...Claro! --- Teo --- Mas, me prometam que vão se vingar dos dobradores de fogo. --- Aang sorriu e Mia apenas acenou. Ela não falou nada desde que chegou.

--- Sokka! --- Katara o chamou, ele estava totalmente admirado em um cortador de unhas, que foi largado quando meu pai disse isso a ele.

Eles saíram de casa e fui caçar alguma coisa pra comer, eu tava morrendo de fome.

Pessoas machucadas estavam por todo lado, era estranho estar tendo atentados e o rei não estar fazendo nada para acabar com isso. Me senti mal por não ter conseguido ajudá-las, esse é o dever do Avatar, ajudar as pessoas. Também tinha a Mia, ela estava muito quieta e não saber o porque estava me matando.

Achei que ela ficaria feliz de estar em Omashu, ela amava quando visitavamos a cidade, mas eu ainda vou descobrir o porque ela está assim. O prédio que sofreu com o atentado estava destruído, tinha pessoas chorando, outras sendo carregadas e outras... Mortas.

--- Aang? --- Escutei Katara me chamar.

--- Essa cidade já foi um lugar mágico, um lugar que eu queira conhecer, um lugar onde coisas maravilhosas eram criadas. --- Disse --- É minha responsabilidade ajudar essas pessoas! --- A olhei nos olhos.

--- Nossa responsabilidade. --- Mia disse aproximando-se e ficando entre nós --- Eu sempre vou estar ao seu lado, lembra? --- Ela disse e sorriu, eu amava aquele sorriso.

--- Tá, e como vocês vão fazer isso? --- Perguntou Sokka, quebrando totalmente o clima.

--- Ser o Avatar não é só lutar, também é ajudar as pessoas! --- Disse --- Como o Teo, Kaiza e o pai deles. E todos os outros na cidade.

--- E a viagem pro norte? A Kyoshi não falou que vocês tem que ir pro Norte para impedir uma tragédia? --- Disse Katara.

--- E é isso que vamos fazer! --- Afirmou Mia --- Mas primeiro, temos que ajudar essa cidade. Se quisermos salvar o mundo, temos que ajudar um lugar de cada vez. --- Ela disse decidida.

Parece que a viagem ao Norte vai ter que esperar.

--- É por isso que vamos ficar! Porque queremos ajudar e eu acho que conseguimos, porque eu sou o Avatar! --- Disse e os três, Teo, Kaiza e Sai, me olharam em choque. Mia pigarreou e eu ri. --- E essa é minha Guardiã! --- Ela sorriu satisfeita o que também me fez sorrir.

--- Agora nos falem sobre esses atentados. --- Mia disse ficando séria novamente.

Continua...