"Pelo meu peito aberto onde a sua nuca dorme
Dá pra ouvir minhas artérias chamando seu nome
Sou a tua linha de frente, tua religião
Teu escudo bizantino, teu sim, o teu não"Religião - Jão
Pedro's point of view
Eu já estava ficando de saco cheio, nada ficava bom. Minha cama está cheia de roupas e nenhuma dela parece prestar, tudo isso pra porra de uma noite na casa do João.
Tento relaxar e procurar umas peças que meus pais haviam me dado no mês passado, pareciam ótimas pra ocasião. Uma blusa e um short preto da Adidas, um moletom vermelho, pois estava um pouco frio e um tênis vans com uma meia de canela alta. Ótimo.
Ajeitei meus cabelos no espelho e fui em direção a minha chave do carro. Me recordo do endereço, pois já havíamos feito um trabalho da faculdade na casa dele.
Em alguns minutos estou de frente para a sua casa, e sinceramente, quero bater minha cabeça no volante. O João é um menino lindo, como eu vou resistir ele a essa noite? Senhor, me ajude!
Após longos minutos que fiquei no carro, resolvi ir bater em sua porta.
- Já vai!! — João me responde.
João abre a porta com um sorriso adorável em seu rosto. ele estava lindo, com uma calça de moletom e uma blusa branca regata que destava seus músculos e realçava mais sua pele branquinha. Nos pés estava com uma meia de hora de aventura e quis chorar ao ver essa cena, como pode ser tão adorável.
- Oi Pedro, pode entrar! Só faltava você, todo mundo já esta lá na sala. — João diz e logo fecha a porta atrás de mim quando entro.
Levo um susto após sentir seus braços me entrelaçar por cima do meu pescoço, o agarraro pela cintura retribuindo o abraço. Eu vou ficar aqui pra sempre.
– Muito obrigada por me convidar, João. Você está lindo. — falo e me arrependo no mesmo instante. falei o que havia pensado.
Para evitar constrangimento, desfaço nosso abraço e vou em direção ao grupo que estava na sala sentados chão em volta de uma mesinha enquanto bebiam e conversavam sobre coisas paralelas.
– Oi gente! Cheguei pra felicidade de todos. — digo convencido arrancando a gargalhadas de alguns ali. Me abaixo para cumprimentar todos e alguns dou apenas um tchauzinho.
– Ótimo, agora que o pê chegou, posso explicar a brincadeira? — malu diz e em seguida todos a olham com curiosidade esperando.
João senta na roda e da duas batidinhas ao seu lado para que eu possa me sentar também.
– Seguinte, nós vamos brincar de "eu nunca e eu já", e toda vez que alguém já tiver feito aquilo, ela bebe um shot de tequila. — malu continua a dizer, e sei que pelo seu olhar está tentando arrancar algo de alguém.
— EU COMEÇO! eu nunca me declarei para alguém bêbado. — gio diz.
Renan, malu, lucas e a própria gio bebe.
— Eu nunca quis ficar com alguém da ECA. — Marília diz.
João, eu, malu, lucas, zebu, Marília e renan bebem.
— Eu nunca mandei correio anônimo para alguém que está aqui na roda. — malu solta e tampa a boca para não entregar a risada que queria soltar.
Eu e João bebemos.
- ihh, parece que alguém se entregou... — Malu fala e é recebida com uma travesseirada em seu rosto jogada por mim.
Pronuncio sem som um "Cala boca, porra" para ela identificar. Mas quando olho para o lado vejo João encarando meus lábios como se quisesse entender o que pronunciei. Meu rosto fica terrivelmente vermelho e disfarço com a brincadeira tosca proposta pela malu.
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anonymous' mini au pejão
RomanceOnde Pedro e Jão mandam mensagens anônimas um para o outro através do correio feito para estudantes da usp.