WOKE UP!

63 8 0
                                    


As horas se arrastavam desde a chegada dos policiais à casa dos Jauregui-Toretto. Lauren estava sentada na sala, ao lado de suas primas Normani e Dinah. As três tentavam manter a calma enquanto os policiais faziam perguntas, mas a tensão era palpável. Mais ao lado estava Elena, Sofia e Enrique que gravava e anotava toda informação possível.

— Então, vocês estavam na corrida clandestina ontem à noite? — perguntou um dos policiais, seu tom firme, mas não acusatório.

Lauren trocou um olhar rápido com suas primas antes de responder. — Sim, estávamos lá, mas... não vimos o que aconteceu. — Sua voz tremia levemente, mas ela se esforçou para manter a compostura.

— O que vocês sabem sobre o acidente? — continuou o policial, anotando as respostas em seu caderno.

Normani foi a próxima a falar, sua voz mais firme que a de Lauren. — Nós ouvimos boatos de que um carro tinha batido em alguma estrutura, mas não vimos o acidente acontecer. Depois que a corrida terminou, algumas pessoas comentaram sobre o som de uma batida, mas ninguém sabia ao certo o que tinha acontecido, e que saibamos ninguém voltou para olhar.

— Quem mais estava lá? — perguntou o outro policial, olhando diretamente para Dinah.

Dinah fez uma pausa, tentando se lembrar de todas as pessoas que encontraram durante a noite. — Havia muitas pessoas, alguns rostos conhecidos, mas também muita gente nova. Falamos com alguns amigos, fizemos algumas apostas... coisas normais de uma corrida.

O primeiro policial levantou uma sobrancelha ao ouvir sobre as apostas. — Apostas? Vocês estavam apostando dinheiro? 

Lauren assentiu, um pouco desconfortável com a pergunta. — Sim. É parte do que torna as corridas mais emocionantes. Todo mundo faz isso.

— E quem estava envolvido nessas apostas? — o policial insistiu.

— Principalmente os pilotos e alguns espectadores. Todos queriam apostar em quem ganharia a corrida, mas ninguém esperava que algo desse errado — explicou Normani, tentando mostrar que, para eles, era apenas uma diversão, embora perigosa.

As perguntas continuaram por mais algum tempo, com os policiais buscando detalhes sobre a noite anterior. As três garotas responderam o melhor que podiam, dando nomes de algumas pessoas com quem haviam conversado e mencionando como a corrida havia sido intensa, mas sem grandes incidentes até ouvirem os boatos sobre a batida.

Enquanto isso, na casa ao lado, Rose e Camila estavam sentadas no sofá, tentando decidir o que fazer. Elas sabiam que precisavam falar com as Jauregui-Toretto sobre a noite anterior, mas estavam apreensivas sobre como abordar o assunto. Elas não eram próximas das garotas, e a situação delicada tornava tudo ainda mais complicado.

— Acho que precisamos ir até lá e dizer o que vimos. Não podemos simplesmente fingir que não sabemos de nada — disse Rose, sua voz cheia de preocupação.

— Eu concordo, mas e se elas acharem que estamos nos metendo onde não devemos? — Camila questionou, ainda hesitante.

— Não importa. Se soubéssemos que algo poderia ter evitado essa tragédia, e não fizéssemos nada, eu não conseguiria viver com isso — Rose respondeu firmemente.

Com a decisão tomada, as duas irmãs se dirigiram à casa dos Jauregui-Toretto. Era tarde da noite, e a escuridão dava um ar de clandestinidade à sua caminhada até a porta ao lado. Rose respirou fundo antes de tocar a campainha, enquanto Camila olhava ao redor, como se esperasse que alguém as visse.

Após alguns momentos, a porta foi aberta por Sofia que parecia um tanto estressada enquanto segurava um copo de whisky, e que ficou surpresa ao ver as novas vizinhas ali tão tarde.

— Pois não? Como posso ajudar vocês? — Ela passou a mão nos cabelos e reconheceu os rostos, provavelmente eram as novas vizinhas.

— Somos as novas vizinhas, Sou Camila e essa é minha irmã Rose. — Sorriu um pouco tensa.

— E então? — Sofia continuou. 

— Precisamos falar com vocês sobre a noite passada — começou Rose, sem rodeios. — Nós estávamos lá... na corrida. E achamos que vocês deveriam saber o que vimos.

Sofia olhou para elas, sua expressão mudando de surpresa para algo mais sério. — Entrem. Vamos conversar na sala.

Camila e Rose seguiram Sofia para dentro da casa, onde encontraram Lauren, Normani e Dinah ainda conversando com os policiais. As irmãs trocaram olhares, sentindo a tensão no ar. Era evidente que a situação estava longe de ser simples.

— Meninas, essas são nossas vizinhas, Rose e Camila. Elas estavam na corrida também — Sofia disse, introduzindo as irmãs aos policiais.

Os policiais olharam para Rose e Camila, interessados no que elas poderiam acrescentar à investigação. Rose, percebendo a gravidade da situação, decidiu começar a falar.

— Como dissemos, estávamos na corrida. Ficamos um pouco afastadas da linha de chegada, mas vimos a movimentação quando o carro bateu. Não vimos o acidente em si, mas ouvimos o barulho e percebemos que algo estava errado. Pouco depois, as pessoas começaram a sair, e foi quando ouvimos que alguém tinha se machucado gravemente.

Camila, que até então estava calada, decidiu intervir. — Não sabíamos que alguém havia morrido. Se soubéssemos, teríamos feito algo. É por isso que estamos aqui, para ajudar com o que soubermos.

Os policiais fizeram mais algumas perguntas, anotando os detalhes que as irmãs forneceram. A tensão no ambiente era quase palpável, com todos cientes de que a situação estava cada vez mais complicada.

Depois que os policiais terminaram de questionar Camila e Rose, agradeceram a cooperação de todos e deixaram a casa, prometendo que voltariam caso precisassem de mais informações.

Com os policiais fora, a sala ficou em silêncio por alguns instantes, antes que Sofia suspirasse profundamente, como se estivesse tentando liberar toda a tensão acumulada.

— Obrigada por virem até aqui e nos contarem isso. Sei que não é fácil — disse Sofia, olhando para Rose e Camila com um olhar de gratidão.

— Sabemos que isso é complicado para todos, mas queremos ajudar no que pudermos — respondeu Rose, enquanto Camila assentia em concordância.

— Vamos precisar de toda a ajuda que pudermos obter — Elena interveio, finalmente se juntando ao grupo na sala. — E isso inclui cuidar umas das outras daqui para frente.

— Enrique já sabemos quem foi a vítima?  — Sofia questionou dando um gole no alcool em seu copo

— Andreas Velasquez, parece que encontraram droga em seu sangue e ele teve uma overdose consequentemente deve ter batido o carro por conta disso. —  O mais velho ajustou os óculos, e suspirou profundamente. — Aqui temos algumas fotos. — Passou para Sofia que encarou o mesmo de forma fria.

— Vocês nem ao mesmo sabiam na onde estavam se metendo correto? —  Sofia jogou as fotos na escrivaninha e todos fecharam os olhos.

— Eu sabia que tinha drogas... — Rose murmurou e Camila cutucou sua costela em seguida.

— Falou algo? — Normani encarou a garota ao seu lado.

— Não, não foi nada. 

A noite avançou enquanto elas discutiam o que sabiam e o que poderia acontecer a seguir. Lauren, que até então estava retraída, finalmente sentiu um pequeno alívio ao perceber que não estava sozinha nessa. As novas vizinhas, que até então eram estranhas, agora faziam parte de um segredo sombrio que as unia de uma maneira inesperada. Porém, no fundo, todos sabiam que essa era apenas a ponta do iceberg. O que aconteceria a seguir poderia mudar suas vidas para sempre, e a verdade, assim como as corridas, estava longe de ser algo fácil de controlar.

FAST & FURIOUS GENERATION V (CAMREN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora