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Eu tentei fazer algo inspirado em Fake love,mas falhei.

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Nos dias que seguiram o término, Jimin se sentia como uma sombra de si mesmo. Cada manhã era uma batalha para levantar da cama, e o silêncio de sua casa, antes tão reconfortante, agora o sufocava. Ele se olhava no espelho e mal reconhecia o rosto que via. O brilho nos olhos havia desaparecido, substituído por uma expressão vazia e cansada.

No trabalho, ele mantinha uma fachada de normalidade, mas, por dentro, estava em ruínas. Tudo o que ele fazia parecia mecânico, sem vida. As risadas com os amigos não traziam mais alegria, e mesmo nos momentos de distração, a dor estava sempre lá, como uma sombra constante. Ele tentava se convencer de que havia feito a coisa certa, de que precisava se afastar deles para se proteger, mas esse pensamento não trazia consolo.

Jimin se questionava repetidamente sobre suas escolhas. Havia momentos em que ele se culpava, perguntando-se se poderia ter feito algo diferente, se havia algum jeito de mudar o rumo dos acontecimentos. Mas logo, a realidade voltava com força, lembrando-o do perigo que eles representavam, do quão incompatível era o mundo deles com o dele.

Ele se sentia preso em um ciclo de autocrítica e dor, como se estivesse vivendo uma mentira. Ele havia tentado moldar-se ao relacionamento, acreditando que poderia lidar com tudo, mas no fundo, sabia que estava se enganando. Ele havia se entregado a eles completamente, apenas para perceber que esse amor o estava destruindo por dentro.

Havia noites em que Jimin deitava na cama, encarando o teto, sentindo o peso da solidão esmagando seu peito. As memórias dos momentos que passou com os mafiosos o assombravam, fazendo com que se sentisse dividido entre o amor que ainda sentia e a realidade brutal que ele havia descoberto. Ele sabia que precisava seguir em frente, mas o peso das lembranças e a saudade o mantinham preso no passado.

Ele tentou encontrar consolo em pequenas coisas, mas tudo parecia vazio. A comida perdeu o sabor, a música não mais o animava, e a companhia dos amigos, embora reconfortante, não preenchia o vazio em seu coração. Ele sentia falta deles, desesperadamente, mas sabia que voltar atrás só traria mais dor.

Jimin se via afundando em um mar de emoções contraditórias, lutando para respirar. Ele queria acreditar que era forte o suficiente para superar, mas a cada dia, a luta parecia mais difícil. Ele estava cansado, exausto de manter as aparências, de fingir que estava bem. Ele queria gritar, chorar, mas o que restava era apenas um silêncio opressor, um vazio que ele não sabia como preencher.

Com o tempo, ele começou a perceber que o amor que ele pensava que tinha era construído em cima de algo frágil, algo que não poderia sustentar o peso da realidade. Ele havia se forçado a acreditar que poderia suportar tudo por amor, mas agora via que esse amor estava o destruindo. Ele não sabia como seguir em frente, mas sabia que não poderia continuar vivendo essa mentira.

Jimin estava em um caminho solitário, tentando se reconstruir, peça por peça, em meio à dor e à confusão. Ele ainda não sabia como, mas estava determinado a encontrar uma maneira de se libertar dessa prisão emocional, de encontrar uma verdade que não o deixasse em pedaços. E mesmo que cada passo fosse doloroso, ele sabia que precisava seguir em frente, mesmo que a jornada fosse longa e árdua.

Jimin se sentou no chão da sala, o silêncio da casa o envolvia como um manto pesado. Lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ele segurava o telefone em mãos, encarando a tela como se pudesse encontrar ali uma resposta para sua dor. Mas não havia mensagens, nenhuma chamada perdida. O vazio que ele sentia só aumentava a cada segundo que passava.

Ele levou as mãos ao rosto, soluçando baixinho. A saudade apertava seu peito como uma corrente invisível, e ele finalmente não aguentou mais.

"Desculpem-me..." Jimin sussurrou, sua voz entrecortada pelo choro. "Eu sinto tanto... Eu não deveria ter feito isso. Eu só... eu só estava com medo."

As palavras saíam aos tropeços, enquanto ele falava para o nada, para o espaço vazio que antes havia sido preenchido pela presença deles. "Eu queria vocês de volta... Eu não sei o que fazer sem vocês. Eu sei que vocês fizeram coisas terríveis, mas... eu ainda amo vocês. Eu... eu sinto muito."

Ele abraçou os joelhos contra o peito, balançando-se para frente e para trás, enquanto tentava, em vão, conter as lágrimas. "Eu não consigo viver assim. Tudo está errado sem vocês aqui. Por favor, voltem... Eu preciso de vocês."

Mas, no fundo, Jimin sabia que era inútil. Eles não estavam lá para ouvi-lo, e mesmo se estivessem, ele não sabia se eles o perdoariam. Mesmo assim, ele não conseguia parar de falar, de implorar para que tudo voltasse a ser como antes. "Eu sinto tanto a falta de vocês... Eu faria qualquer coisa para ter vocês de volta. Qualquer coisa."

Ele se inclinou para frente, apoiando a testa nos joelhos, o corpo sacudindo com cada soluço que escapava de seus lábios. Ele estava perdido, incapaz de lidar com a dor que o consumia por dentro.

O que Jimin não sabia, porém, era que ele não estava realmente sozinho. Do lado de fora, escondidos nas sombras, os olhos atentos de um observador silencioso acompanhavam cada movimento seu. O homem, oculto pela escuridão, assistia ao sofrimento de Jimin com uma expressão impenetrável, os pensamentos ocultos por trás de uma máscara de indiferença.

Ele ouviu cada palavra que Jimin murmurou, cada pedido de desculpas, cada lamento doloroso. E embora permanecesse em silêncio, algo dentro dele se agitou. A missão inicial havia sido apenas vigiar, garantir que Jimin não representava uma ameaça. Mas ao ver a dor e a vulnerabilidade do jovem, o homem sabia que as coisas estavam prestes a mudar.

Enquanto Jimin continuava a chorar, sem perceber a presença de seu observador, o destino parecia estar se desenrolando de uma maneira que ele jamais poderia prever.

Bangchan andou pelos corredores da enorme mansão com passos firmes e silenciosos. As paredes decoradas com obras de arte e móveis luxuosos não chamavam sua atenção; ele estava focado em uma única missão. Quando chegou em frente a uma porta imponente, hesitou por um breve instante antes de bater três vezes, como de costume. Sem esperar por uma resposta, ele girou a maçaneta e entrou.

No interior do quarto, as cortinas pesadas bloqueavam a maior parte da luz, deixando o ambiente na penumbra. O ar estava carregado de tensão. No centro da sala, um homem de ombros largos e uma postura intimidadora estava sentado em uma cadeira de couro, encarando a lareira apagada. Seus olhos, sempre frios e calculistas, se voltaram lentamente para Bangchan quando ele entrou.

"Senhor," Bangchan chamou com respeito, sua voz firme, mas baixa.

O homem ergueu uma sobrancelha, sinalizando para que continuasse.

"É o Jimin," Bangchan disse, escolhendo as palavras cuidadosamente.

Por um instante, o silêncio dominou a sala. Então, uma expressão curiosa surgiu no rosto do chefe. Lentamente, um sorriso surgiu em seus lábios, um sorriso que não alcançou seus olhos.

"Interessante," murmurou o homem, voltando sua atenção para o fogo apagado, seus pensamentos já se movendo para o próximo passo.

Seduzido Pelo Perigo- Jimin CentricOnde histórias criam vida. Descubra agora