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Com o passar dos dias, Jimin se via cada vez mais envolvido na dinâmica única da mansão Bangtan. Ele passou a interagir mais frequentemente com o Stray Kids, encontrando nos oito uma fonte de conforto inesperada. O grupo tinha uma energia diferente dos mafiosos que ele conhecia, uma mistura de profissionalismo e leveza que o fazia sentir um pouco menos perdido naquele novo mundo.

Felix, em particular, parecia fazer um esforço extra para que Jimin se sentisse à vontade. “Você sabia que a gente faz mais do que apenas trabalhar para o Bangtan?” ele perguntou um dia, com um sorriso travesso. “Nós temos hobbies, nos divertimos... somos mais do que apenas empregados.”

Jimin sorriu de volta, apreciando o esforço de Felix para aliviar sua tensão. “Eu adoraria saber mais sobre vocês. Acho que seria bom... me distrair um pouco.”

Seungmin, que estava por perto, riu. “Bom, podemos começar com um tour pela mansão, se você quiser. Quem sabe te mostro as passagens secretas que a maioria das pessoas não conhece.”

Hyunjin, que ouvia a conversa, balançou a cabeça em concordância. “Isso! E talvez a gente possa te ensinar algumas habilidades de sobrevivência. Nunca se sabe quando vai precisar.”

Essas interações amigáveis começaram a se tornar uma constante para Jimin. Ele passava parte dos dias explorando a mansão com eles, descobrindo os detalhes ocultos de cada corredor e sala, e aprendendo a manobrar as complexidades daquele lugar. Aos poucos, ele percebeu que o Stray Kids tinha um papel fundamental não apenas nas operações da máfia, mas também no bem-estar de quem estava ali.

No entanto, apesar da camaradagem, havia sempre uma sombra pairando sobre Jimin. Ele ainda pensava constantemente nos seus sentimentos pelos seis mafiosos. Sempre que estava sozinho, a lembrança deles voltava com força, e o aperto no peito se tornava quase insuportável.

Certa noite, quando já estava de volta ao seu quarto, Jimin se permitiu refletir profundamente. Ele pensou em como, mesmo estando cercado por novas pessoas e distrações, sua mente e seu coração permaneciam ancorados naqueles que ele havia amado e, de certa forma, ainda amava. A sensação era um misto doloroso de arrependimento, saudade e um estranho senso de pertencimento que ele sentia falta.

Ele sabia que estar ali, com o Stray Kids e sob o olhar atento do Bangtan, não era uma situação normal, mas também não conseguia negar a segurança e o conforto que aquela presença proporcionava. No entanto, algo em seu interior gritava que sua jornada emocional estava longe de terminar.

Foi durante um desses momentos de introspecção que Changbin, talvez o mais perspicaz do grupo, o abordou discretamente no corredor. “Você sabe que pode confiar na gente, não sabe?” disse ele, sua voz baixa e firme.

Jimin assentiu, um pouco surpreso com a abordagem direta. “Sim, eu sei... mas isso não muda o que estou sentindo.”

Changbin deu um pequeno sorriso, compreensivo. “Ninguém aqui quer que você sofra, Jimin. Só queremos que você saiba que, independente do que aconteça, estamos do seu lado.”

Aquelas palavras atingiram Jimin como um golpe inesperado de ternura. Pela primeira vez em dias, ele sentiu que estava começando a entender a complexidade de sua própria situação. E, mesmo que não tivesse todas as respostas, sabia que não estava sozinho na mansão Bangtan.

Mas o que ele ainda não sabia era que, por trás de toda aquela fachada de proteção e acolhimento, havia algo mais acontecendo, algo que ele ainda precisaria descobrir. As peças do quebra-cabeça estavam começando a se encaixar, e ele estava prestes a encontrar o próximo pedaço, sem perceber que o jogo estava apenas começando.

Os dias seguintes passaram como um borrão para Jimin, que continuava explorando os corredores da mansão Bangtan e convivendo com o Stray Kids. No entanto, a inquietação em seu coração não desaparecia. Ele sabia que precisava enfrentar o que sentia, conversar com os seis homens que tinham capturado seu coração e decidir o que realmente queria.

Naquela noite, Jimin pediu uma reunião com seus ex-namorados. Ele estava nervoso, sentia o coração pulsar rápido em seu peito, mas sabia que não podia mais adiar aquela conversa. Quando entrou na sala de estar da mansão, encontrou todos os seis esperando por ele. A tensão era palpável no ar, mas havia também uma ansiedade silenciosa, como se todos estivessem aguardando algo decisivo.

Jimin respirou fundo antes de começar. "Eu... não sei exatamente o que dizer," ele começou, sua voz suave mas firme. "Eu sei que terminei com vocês de uma forma dura, mas... eu precisava de tempo para entender o que estava acontecendo. Eu precisava saber o que sentia."

Namjoon, sempre o mais calmo, inclinou-se para a frente, seus olhos fixos em Jimin. "E agora você sabe?" ele perguntou, a voz cheia de uma esperança cautelosa.

Jimin assentiu, tentando encontrar as palavras certas. "Sim, eu sei. Eu amo vocês. Todos vocês. E isso me assusta... me assusta o quanto eu me importo, o quanto eu me preocupo com cada um. Mas também me assusta o que vocês fazem, o mundo em que vivem."

Os outros trocaram olhares breves, como se tentassem decifrar o que Jimin queria dizer, mas foi Seokjin quem falou primeiro, sua voz suave, mas séria. "Nós entendemos, Jimin. E nunca quisemos que você se sentisse assim, dividido entre nós e sua segurança. Mas é o nosso trabalho... não podemos mudar quem somos."

Jimin balançou a cabeça. "Eu não quero mudar quem vocês são. Eu só... quero encontrar uma maneira de fazer isso funcionar. De nos fazer funcionar."

Yoongi, que até então estava em silêncio, deu um meio sorriso. "Você está dizendo que quer voltar para nós?"

Jimin mordeu o lábio, hesitante por um momento, antes de acenar afirmativamente. "Sim... mas com uma condição."

Todos ficaram em silêncio, esperando que ele continuasse.

"Eu quero ser parte das suas vidas," Jimin disse finalmente, "mas não da parte perigosa. Eu não quero saber dos detalhes, das coisas que vocês fazem que podem me machucar ou me fazer ter medo. Quero que o que temos seja real, seguro... quero ser um casal de sete."

Houve um momento de silêncio absoluto, e então, lentamente, um sorriso começou a se espalhar pelo rosto de Jungkook. "Um casal de sete... eu gosto disso," ele disse com uma risada baixa.

Taehyung, sempre o mais direto, acrescentou, "Eu também gosto. Desde que isso signifique que você está de volta para nós."

Hoseok assentiu. "Estamos todos de acordo, então. Jimin, você não precisa saber de nada que não queira. Você estará seguro. Nós garantimos isso."

Namjoon suspirou aliviado, como se um grande peso tivesse sido tirado de seus ombros. "Então, é isso," ele concluiu, olhando em volta para todos os outros. "Nós ficamos juntos, mas com limites claros. Jimin não precisa estar envolvido na nossa... parte sombria."

Jimin sentiu uma onda de alívio e alegria se espalhar por seu corpo. Finalmente, ele sabia onde estava. Havia um caminho à frente, uma chance de construir algo novo, algo verdadeiro com aqueles que ele amava. Ele não sabia se seria fácil, mas sabia que valeria a pena tentar.

E assim, com um suspiro profundo, ele sorriu para todos eles. "Um casal de sete," ele repetiu, sentindo o peso daquelas palavras e o compromisso que elas carregavam. "Sim, acho que posso lidar com isso."

O sorriso nos rostos de seus namorados refletia uma mistura de alívio, felicidade e algo mais – uma promessa de que, juntos, eles encontrariam um caminho para fazer tudo funcionar, não importa o que o futuro trouxesse.

Seduzido Pelo Perigo- Jimin CentricOnde histórias criam vida. Descubra agora