Bem-vindos a perda de sanidade

Bebedouro

Gente, eu tô postando esse capítulo bônus porquê eu realmente não sei quando eu irei conseguir escrever o próximo capítulo da história, então decidi escrever esse para dar uma complementada na relação do Kevin com os colegas dele, espero que vocês gostem e me perdoem pela demora!
Eu estive tendo alguns treinos pra um campeonato de natação (que tive que faltar por coisas pessoais) e só agora tive tempo pra mim! Obrigado pela atenção!!

Desculpa pelo capitulo curtinho ☹️

˖*‧₊˚♡˚₊‧*˖

Hoje estava um dia ensolarado, não fui ao trabalho e estava relaxando em casa, alguns dos outros moradores também não tinham o que fazer pois era fim de semana

—A água tá com gosto de terra de novo, amanhã algum de nós tem que reclamar com o dono.

Resmungou o ruivo de cabelos cacheados, cuspindo toda água que estava em seu copo na pia.

—Faz três dias!—Ele levantou três dedos em minha direção, eu estava sem camisa ou short, vestindo apenas uma cueca calção jogado no sofá com a cabeça apoiada na coxa de Winny, nosso vizinho que raramente sai do quarto, que está usando uma regata cinza por debaixo de um casaco vermelho desbotado e um short curto preto, junto de seus óculos quadrados— três fodendo dias que não bebo água direito! — Respondeu num grito alto, assustando os pássaros que estavam repousando na pequena varanda na parte traseira da nossa cozinha pequena.
O de óculos e cabelos preto curtos suspirou cansado e olhou para mim como se fosse meu dever reclamar com o proprietário.

—Não vou reclamar, não está me incomodando, eu bebo água das garrafas que o proprietário deu.

Resmunguei de forma tímida enquanto coçava a cabeça, o ruivo levantou uma das sombrancelhas e revirou os olhos indo em direção a Notch enquanto bate o pé.

—Notch! Você é o mais velho aqui, deve pelo menos saber como consertar essa... coisa, não é?!

Indagou o ruivo se jogando nos braços do norueguês, o rapaz mais velho ficou envergonhado e coçou a nuca abaixando a cabeça. Eu observei a cena com um olhar de desprezo, porém por dentro eu estava rindo bastante, aproveitei até para mudar de posição, agora eu estava sentado apoiado em Winny

—Não sei nada sobre essas coisas.

Respondeu no seu clássico sotaque puxado enquanto dava de ombros de forma descontraída, fazendo o francês resmungar alguns palavrões em sua língua nativa, arrancando um choramingo baixinho do barbudo

—Vocês são uns imprestáveis!—o francês gritou balançando as mãos enquanto fingia que iria chorar, se jogando aos braços de Winny, me esmagando acidentalmente— Winny, você é minha última salvação!

choramingou esfregando o rosto na bochecha o de óculos, que ficou levemente incomodado afastando o outro

—Eu também não sei de nada... Mil perdões.

Respondeu abaixando a cabeça de forma tímida enquanto estralava os dedos.  Revirei os olhos e decidi invadir a briga, me levantando.

—Vamos só beber as garrafas de água que o proprietário nos deixou na última visita, seu idiota!

Respondi num tom confiante, até o ruivo me puxar pelo pulso indo até a geladeira, abrindo a mesma, mostrando apenas duas garrafas de água que já estavam pela metade.

—Cadê?

O Ruivo perguntou olhando para mim com desprezo, isso fez os outros rapazes rir, devido a vergonha eu bufei uma risada envergonhada

—Oh.. que pena

Respondi rindo fraco, até ver um certo rapaz sair de seu quarto, nem sabia que aquele cara ainda morava lá, não me lembro de seu nome, acho que é Carlos, ele é poucos anos mais novo que Notch, sendo o segundo mais velho daqui. Ele é alto tem cabelo crespo cheio e uma mancha no olho esquerdo.

—Eu ouvi a discussão, eu tenho um bebedouro no meu quarto, posso encher as garrafas lá por enquanto e eu tenho um conhecido que sabe mexer nessas coisas.

Murmurou tímido na porta do seu quarto, se apoiando no corrimão do corredor, apoiando-se no mesmo.

—Não era mais fácil alguém só ir no mercado comprar mais água?— Respondi acariciando meu pulso onde o francês havia puxado

Argumentei me levantando enquanto mexia no meu celular, pude ouvir Notch respondendo algo como "É verdade, não tinha pensado nisso!" Enquanto ia em direção ao meu quarto no segundo andar e tranquei a porta, me deitando na minha cama abraçando um travesseiro qualquer que estava jogado por lá.
Não estava afim de ter que socializar, então simplesmente só decidi que não queria mais ficar lá e vim para cá.
Não gosto muito do meu quarto, mas não me sinto mais em casa no meu quarto antigo, sinto como se eu não pertencesse a lugar nenhum, como se eu não tivesse um lar...