𝆺𝅥 Ecos do Passado

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E lá estava eu

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E lá estava eu.

Depois de tantos anos, eu estava de frente para um piano, sentada nele enquanto minhas mãos roçavam suas teclas. Senti a plateia esperando em silêncio, minha mente estava a milhares de quilômetros dali, mergulhada em um mar de memórias.

Lembrei-me atentamente do passado.

De quando eu era apenas uma garotinha, sentada no colo de meu pai enquanto ele me ensinava cada nota. Suas mãos grandes e seguras guiavam minhas mãos pequenas e delicadas sobre as teclas, produzindo uma pequena melodia suave que enchia a sala de estar.

ㅡ Você tem talento, ma chérie. ㅡ Ele me dizia, sorrindo orgulhosamente.

"Um dia, você tocará para grandes plateias e eles ficarão encantados."

Senti um aperto em meu coração, lembrando-me de cada palavra que saia de sua boca, fazendo-me suspirar enquanto abaixava meu olhar.

Eu nunca esperei que esse dia fosse chegar tão cedo.

Mas, como todas as memórias doces, essa se entrelaçou com a dor do abandono. A última lembrança de meu pai é dele saindo pela porta, deixando-me sozinha com as lágrimas e o piano que agora parecia apenas uma relíquia do que era uma fonte de alegria.

Desde então, toda vez que me sentava para tocar novamente, uma sombra pairava sobre mim. Me lembrando da perda e da dor que senti. Enquanto minhas memórias envolviam minha mente, senti o peso do passado pressionando contra meu coração. Minha visão ficando turva com as lágrimas não derramadas, pude sentir minhas mãos tremendo ligeiramente.

Enquanto eu lutava para reunir minhas forças, ouvir um sussurro familiar da plateia. E lá estava ele, Kuroo Tetsuro, seus olhos encontravam com os meus, uma expressão de apoio e compressão. Ele se aproximou de mim com sua confiança silenciosa, ignorando os olhares curiosos que recebia de todos.

Com um gesto gentil, ele se inclinou um pouco mais de perto e murmurou.

ㅡ Alyce, você está fazendo um ótimo trabalho. Apenas respire fundo e concentre-se na música. Não precisa se pressionar.

Eu arregalei meus olhos, sua presença reconfortante ajudando a me acalmar com o turbilhão de emoções dentro de mim. Eu olhei para ele, encontrando força em seu olhar tranquilo. Suas palavras foram como uma paz em meio à tempestade de minhas memórias dolorosas.

ㅡ Obrigado, Kuroo ㅡ Murmurei baixinho, tentando controlar a respiração.

Ele fez um gesto de encorajamento e se afastou, voltando para o lugar onde estava sentado, ao lado de Phillipe e Hina, mas não sem antes me enviar um sorriso caloroso. Senti-me um pouco mais centrada, voltei a olhar para o piano, as teclas brancas e negras à minha frente.

Fechei os olhos por um momento, suspirando enquanto lembrava-me das palavras de Kuroo e o motivo pelo qual estava ali. Ao abrir meus olhos novamente, comecei a tocar com mais confiança, permitindo que a música fluísse de forma natural. As notas começaram a se unir, a melodia começou a se formar.

A cada tecla que eu pressionava, parecia dissipar um pouco da dor que eu carregava comigo. A presença de Kuroo na plateia com meu irmão e minha melhor amiga, o apoio dos três era silencioso, mas completamente sincero, dando-me uma coragem para enfrentar a dor que se transforma em uma melodia suave.
























Quando a última nota se dissipou no ar, a plateia explodiu em aplausos. Olhei para Kuroo, Hina e meu irmão, que estavam aplaudindo de pé, com um sorriso brilhando com orgulho. Senti as lágrimas que segurava começarem a escorregar pelo meu rosto, mas agora eram lágrimas de alívio e gratidão. Rapidamente as limpei, sorrindo de agradecimento.

Assim que sai do palco, Kuroo rapidamente veio até mim, seus olhos ainda brilhando com o mesmo calor que antes.

ㅡ Você foi incrível, Alyce! Eu estou orgulhoso de você.

Eu sorri, sentindo o peso que carregava finalmente saindo de meus ombros. Antes que pudesse agradecer a Kuroo, Hina rapidamente veio me abraçar, soltei uma pequena risada enquanto notei Phillipe se aproximando.

ㅡ Você arrasou, Lyce! ㅡ Ela disse, olhando-me enquanto sorria.

Phillipe e Kuroo concordaram, meu irmão deixando uma de suas mãos envolta de meu ombro, dando um beijo no topo de minha cabeça.

ㅡ Senti saudades de ouvir você tocando. ㅡ Ele murmurou para que somente eu pudesse ouvir.

Eu apenas rir, agradecendo-os enquanto enxugava minhas lágrimas novamente. Com essas palavras, senti que finalmente estava começando a encontrar um equilíbrio entre o passado e o presente. E, no fundo, eu sabia que esse momento era apenas o começo de algo novo e promissor.

Eu finalmente havia me libertado do meu passado.

Eu estava livre.

Ou, foi o que pensei.












· BOA TARDE, AMORES!!!!
Como vocês estão?

Preparem os lenços, porque daqui é só para trás

COMO FOI A SEMANA DE VOCÊS?
















GLOSSÁRIO:

Ma chérie: "Ma chérie" é uma expressão francesa que significa "minha querida" ou "minha amada". É um termo afetuoso usado para demonstrar carinho e amor. No contexto do pai de Alyce, é uma forma carinhosa de se referir a ela, mostrando o quanto ele a valoriza e ama.

 No contexto do pai de Alyce, é uma forma carinhosa de se referir a ela, mostrando o quanto ele a valoriza e ama

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𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒 ━━ 𝗸𝘂𝗿𝗼𝗼 𝘁.Onde histórias criam vida. Descubra agora