Being the Villain of Haven Valley | Sunki

3.5. O Laço Invisível do Destino Entre o Vilão e o Protagonista (II)

Capítulo 3.5
"O Laço Invisível do Destino Entre o Vilão e o Protagonista"

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Riki saiu do banheiro, sentindo o ar fresco da noite se misturar com o vapor quente que ainda emanava de sua pele. Seus cabelos loiros, agora molhados e caindo sobre sua testa, pingavam ocasionalmente enquanto ele vestia uma camiseta simples e calças confortáveis. Após um dia cansativo ajudando Heesung com as entregas da marcenaria, ele queria apenas um pouco de tranquilidade. A casa estava calma, exceto pelo som distante da televisão na sala.

Pouco tempo depois, o Nishimura passou pela sala de estar, onde sua família estava reunida. Seu pai lia um jornal, Heesung estava afundado no sofá, parecendo tão exausto quanto ele, e sua mãe estava ocupada com algo no celular. A televisão emitia um brilho suave, preenchendo o ambiente com uma luz cálida, e o som baixo de um programa qualquer servia de pano de fundo para o ambiente aconchegante. Eram 21:00, e o ritmo da casa já estava desacelerando.

"Ah, Heesung…” a mãe chamou-o, começando um assunto e levantando os olhos do celular. "Poderia ir até a loja de conveniência comprar algumas coisas que estão faltando?" Ela mencionou alguns itens, como biscoitos, chá ou algo para o café da manhã.

Heesung suspirou pesadamente, inclinando-se para frente no sofá com evidente cansaço.

“De novo, mãe? Já saímos o dia inteiro…" murmurou, parecendo completamente desgostoso com a ideia de ter que sair de casa mais uma vez.

Antes que o Lee pudesse se levantar, Riki deu um passo à frente, sentindo uma oportunidade de fazer algo que queria.

“Eu vou.” interrompeu o irmão.

Heesung olhou para ele com uma mistura de alívio e surpresa, mas não questionou.

"Você? Tem certeza?” A senhora parecia surpresa, mas Riki acenou com a cabeça.

"Sim, eu quero ver a cidade à noite. Pode ser... interessante." respondeu ele, tentando parecer casual.

Na verdade, estava ansioso para explorar Haven Valley sem o incômodo da multidão ou a necessidade de manter a tosca atitude do vilão. A ideia de caminhar pelas ruas tranquilas, sentindo o frescor da noite, o atraía.

Heesung não precisou de mais convencimento, estava apenas cansado.

"Obrigado…" murmurou, voltando a se afundar no sofá enquanto Riki pegava as chaves e saía.

Do lado de fora, a noite estava calma, e uma leve brisa soprava, carregando o cheiro da natureza e da madeira das casas da cidade.

Após algum tempo, Riki caminhava pelas ruas de Haven Valley, com o saco de compras pendurado em um dos braços, e um certo fascínio com o silêncio da noite. O ar fresco e a luz suave das lâmpadas criavam uma atmosfera tranquila, algo muito diferente do caos urbano que ele estava acostumado em sua vida anterior.

Ele parou por um momento na praça central da cidade, onde um pequeno chafariz refletia a luz da lua, criando padrões suaves na água. Era difícil ignorar o quanto Haven Valley parecia diferente à noite. Sem a movimentação dos aldeões e o ruído do dia, tudo parecia muito mais introspectivo e pessoal, convidando-o a se perder em seus próprios pensamentos.

Olhou para o celular que havia retirado do bolso, vendo a hora — 23:30. Ele mal percebeu o tempo passar enquanto se permitia explorar essa nova realidade que, de alguma forma, se tornara sua vida.

“Já está tarde… acho melhor eu voltar…”

Com um suspiro, continuou a caminhar, pronto para retornar para casa. Mas, no instante seguinte, ele foi interrompido por uma voz robótica familiar que ecoou em sua mente, congelando-o onde estava.