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Era um dia ensolarado, e as crianças do 1° ano do colégio Nakahara iriam fazer um grande e esperado passeio no jardim Heisei de Edogawa, Hyōma estava ansioso e animado, gostava da aula de geografia e de brincar ao ar livre, e aquele passeio juntou as duas coisas. Foram 4 turmas do 1° ano, aproximadamente 120 crianças entre 5 e 6 anos.
Todas as turmas faziam uma caminhada simples pelo jardim e os professores perceberam 30 minutos depois que aquela não havia sido uma ideia tão boa, já que as crianças gritavam e tentavam mexer com os patos no lago. Hyōma diferente de todos estava quieto, criou expectativas muito altas para esse passeio e agora estava decepcionado, queria correr e brincar, tinha levado até mesmo sua bola de futebol.
－Que chato! －resmungou chutando uma pedrinha no chão, percebeu então no meio das árvores uma moita repleta de violetas, iria pegá-las para presentear sua irmã mais velha, também vendo se achava um lugar para jogar bola. Olhou para os professores ali presentes distraídos e aproveitou a oportunidade, saindo de fininho－ Devo ter algum lugar preu joga aqui －riu travesso correndo por meio as árvores.
Correu sorridente, a adrenalina consumia seu corpo, pegou algumas das flores amarrando-as e as colocando em sua mochila do Ponyo, após um tempo achou uma planície perfeita para jogar bola. Brincou por um tempo, mas logo percebeu que é entediante jogar sozinho, decidindo voltar, mas após caminhar um pouco se viu perdido, o lugar não é tão grande, porém para o pequeno Hyōma de 5 anos aquele lugar era gigantesco.
－Mamãe? －chamou assustado olhando para todos os lados em desespero. Tomou um susto quando o elástico que segurava seu cabelo se prendeu em um galho, o fazendo perder o objeto.
Em meio ao desespero Hyōma se ajoelhou entregando sua vida aos leões, o crepúsculo pintou o céu em um degradê de laranja e azul escuro e o ruivinho se pôs a chorar, tateando o chão de terra em busca de seu elástico.
－Me discupa ter quebrado o quadro preverido mamãe, eu tô com medo! －murmurou choroso se sujando de terra e lágrimas. Ouviu de repente um barulho, virou-se assustado
－Ei, ei! －um garotinho surgiu em meio as folhagens observando cautelosamente aquela outra criança encolhida, tremendo de medo－ Tá tudo bem pequenina, eu não sô um moistro, eu sô legal －sorriu estendendo a mão para o pequeno Chigiri, que secou suas lágrimas e olhou irritado para o outro ruivo de cabelos arrepiados－ Tá perdida?
－Eu não tô pertito, xou iperto que mamãe falou －disse embolado em meio a alguns soluços insistentes
－Não tamo louge da entrada, vem comigo －ignorou o orgulho do menor, puxando-o pelo pulso até o grande portão cinza escuro meio enferrujado
－A minha elático! －gritou tentando correr de volta para pegar sua xuxinha, mas impedido pelo aperto afoito do garotinho desconhecido
－Você é pequeninha, tem cuantos anos? －sorriu para Chigiri, que fez uma careta. Ambos já haviam chego no portão, então Hyōma não precisava mais daquele idiota
－Cala boca, seu bobão! －esbravejou se soltando do maior que o olhou confuso－ Eu não sou uma menina －fez beicinho irritado, enchendo as bochechas fofas
－Ah? Dicupa, eu não sei －abaixou a cabeça envergonhado
－Meu nome é Chigiri Hyōma, e eu tenho －contou em seus dedos o tanto de idade que tinha, levantando cinco dedos em direção ao outro garoto－ isso tudo de ano
－Pazer Xigiri, meu nome é Kunigami Rensuke －sorriu para o pequeno que retornou a sua fofa carinha irritada－ Quer zê meu amigo? －alargou seu sorriso
－Não! －se virou abraçando o próprio corpo em uma tentativa de cruzar os braços－ Você fez eu perder elático －se assustou quando Kunigami surgiu ao seu lado entregando uma xuxa para o menor －Quê?
－Me devolve depois, é da minha maninha －afirmou ainda sorridente
－CHIGIRI! －a professora do garoto apareceu desesperada e ofegante, chamando-o－ Onde você esteve? Já estamos indo, dá tchau para o amiguinho －estendeu a mão para Hyōma que ruborizou, percebendo ter sido rude com o garoto que o ajudou
－Obrigado Kunigami-kun, você foi um herói －sorriu tímido, ficando ainda mais envergonhado quando o outro retribuiu com um sorriso ainda maior－ Tchau! －enlaçou sua mão com a da professora, acompanhando-a até o ônibus de passeio
