3x4 - Narol

Diga a verdade ao menos uma vez na vida

Espero que gostem dessa nova aventura! Ela será um pouco menor rsrs
Não esqueçam ✨
Beijinhos <3
-------

Pov Carol

-Já vai, Nat? - Pergunto ao vê-la se afastando de mim para sentar na cama. Cobri meu corpo nu com o lençol.

-Já, tenho que passar no estúdio e combinei de me arrumar com a Taís para a festa mais tarde. - Pegou seu sutiã que estava no chão e o colocou, em seguida a sua calcinha.

-Uma pena, ia te chamar para tomar um café da manhã comigo. - Falei enquanto admirava seu corpo.

Natália é a mulher mais linda que já vi em toda a minha vida.

-Prometo ficar outro dia, linda. - Fechou o botão da calça jeans.

-Um dia eu paro de cair no seu papinho. - Ela soltou uma risadinha do que eu disse.

Eu já estava em suas mãos.

-Não faz assim, Carol. - Colocou seu camisão vinho e veio se aproximando da cama e se sentou ao meu lado novamente. - O que a gente tem é bom, não é?! - Apoiou sua mão no meu rosto.

Assim eu me sentia especial. Única.

-Mas eu quero mais, Natália. - Fui sincera. - Se você fosse a minha namorada eu ia te fazer muito feliz.

-Eu sei que sim. - Aproximou seu rosto do meu e deixou um selinho nos meus lábios. - Agora eu tenho que ir, a gente se vê mais tarde no aniversário da Lara?

Lara era uma amiga em comum que tínhamos, eu era amiga de colégio dela e da Taís e Natália cunhada da irmã do marido dela, o Mário. Ou seja, sempre nos encontrávamos com frequência.

Mas claro que elas não sabiam nada do meu relacionamento com a Natália. Praticamente ninguém sabia. Fingíamos ser só conhecidas quando estávamos com as outras pessoas.

Doía, mas era melhor tê-la assim do que nunca mais olhar em seus olhos, do que nunca mais sentir seus beijos ou nunca mais escutar suas canções para mim.

Concordei com a cabeça. E com mais um beijo na minha boca, Natália pegou sua bolsa que estava apoiada na poltrona que tinha no meu quarto e foi embora, levando junto o meu coração.

Soltei um suspiro pesado.

Oito meses.

Oito meses que eu e ela estávamos nisso. Oito meses de "quer vim jantar aqui em casa?". Oito meses de troca de olhares em lugares. Oito meses de trocas de mensagens. Oito meses de sexo maravilhoso. Oito meses de "Vamos assumir isso" e "Ainda não, Carol". Oito meses de amor. Oito meses de ódio.

Oito meses de ciúmes por ela receber muitas cantadas de fãs e não poder falar nada, por que o que somos? O que eu era dela? O que ela era minha?

Oito meses de "Você é a única pessoa que me entende, Carol. A única que enxerga a Natália de verdade." mas isso não significa nada porque nada muda. Oito meses de "dorme aqui em casa essa noite, sinto saudades de te abraçar dormindo."

Oito meses de uma paixão incompleta.

Mesmo sem querer, me levantei da cama e fui direto para o banheiro tomar um banho. Assim que me olhei no espelho, sorri. Sorri porque eram as marcas dela que estavam em mim.

Marcas de uma noite de amor, onde eu fui ao céu muitas vezes e depois ao inferno quando ela teve que ir embora agora pela manhã.

Nós nos conhecemos no casamento da Lara, eu era madrinha mas estava sem par e Natália é uma das melhores amigas do Mário, seu assessor, e também não tinha ninguém para entrar com ela, então acabamos entrando juntas.