The Brute-Spider

O Passado que Assombra

Em Nova York o crime nunca dorme.

BOOM

Nunca mesmo!

BOOM

É impressionante que em uma cidade protegida por um super-herói ainda exista quem é louco de assaltar bancos.

BOOM

Ok, está tá na hora do nosso herói entrar em ação. 

Já era dez da noite quando uma gangue de bandidos invadiu um banco em Manhattan. Todos armados e perigosos, abriram a porta da frente com explosivos e entraram sem se importar com o alarme que soava alertando as autoridades. Não era a polícia que eles esperavam, era algo pior.

Enquanto o que parecia ser o líder plantava outra bomba na porta do cofre, nenhum deles percebeu a aproximação de alguém escalando o teto.

—Ei!

A voz deixou todos alertas. Se viraram apontando suas armas para a figura atrás deles. Pendurado por um fio de teia, encarando eles estava terror dos bandidos. Vestindo um traje colado preto com os detalhes em verde neon, com placas blindadas pretos no peitoral, nas pernas e nos punhos, um capuz e uma máscara preta com grandes olhos brilhando no mesmo tom de verde, o peitoral possuía um símbolo de aranha com um liquido verde dentro.

—Então, não me levem a mal, mas eu acho que vocês não tão aqui pra sacar o FGTS.

Os homens começaram atirar, o sentido aranha fez seu trabalho e o herói começou a se balançar pelo prédio, desviando dos tiros. O primeiro a cair levou um chute vindo de cima, sendo prendido na parede com teia. O aranha caiu no meio deles acertando um soco no chão que os fizeram voar, enquanto ele os combatia, um deles conseguiu abrir o cofre e decidiu se esconder dentro dele. No escuro, o homem ouvia os sons de tiros e golpes pesados sendo desferidos até que o silêncio reina. O bandido tremia com a arma em mãos, até que ouviu o som de batidinhas do outro lado da porta.

—Aí, você sabe que acabou de fazer meu trabalho pra mim, né?

Mais alguns agoniantes momentos de silêncio se propagaram, até que um estrondo ecoou por todo o cofre, marcas de dedos amaçavam o metal duro e forçavam a porta a se abrir. O bandido se afastou e apontou seu rifle para a porta. O Homem-Aranha adentrou, ele era um homem grande, com músculos definidos, apesar da barriga rechonchuda. 

—Ou, não é assim que se paga o empréstimo.—Ele zombou lançando sua teia na arma e a puxando de sua mão, o teioso se aproximava cada vez mais, o homem segurou sua pistola ainda no coldre.—É uma arma no seu bolso ou você só está feliz em me ver?

Ele avança e o homem atira. O herói usa a mão para parar a bala e acerta um soco no rosto que o nocauteia instantaneamente, antes de prendê-lo em teia. Naquela hora, sirenes da polícia soavam de longe.

—Acho que é minha deixa pessoal, vou indo nessa. Boa sorte na semana que vem, isso se tiverem saído da cadeia até lá.

O herói correu pra fora e saiu se balançando pela cidade.

Mais uma noite, mais um assalto impedido. O dia foi salvo mais uma vez graças ao amigo da vizinhança!

Nesse momento, o celular integrado no traje tocou.

—Ah, oi Felicia! Perdão meu bem, eu já chego aí.

—Quem foi dessa vez? O abutre? Kraven? Mysterio?

—Ha, se fosse um desses buchas eu já estaria em casa. Não, era só um assalto a banco comum.

—Deviam estar bem desesperados pra roubar na sua cidade.

—Você saberia, né?

—Eu? Ha, a Gata Negra pendurou as garras.

—Nunca é tarde pra deixar a vida do crime, certo?

—Bem, pelo menos eu roubei o coração do Homem-Aranha no final.

—Um troféu e tanto.

Enquanto escalava um prédio, Kurt avistou alguém que ele não esperava.

—Peter...

—Você ainda pensa nele? Vocês não terminaram a uns dois anos?

—Não é isso, é o Peter! Ele tá aqui!

—Onde? O que tá acontecendo?

O garoto estava na beirada de um prédio, olhando pra baixo.

—Ei! Rapaz, não faz isso!—Ele se virou, tinha um sorriso um tanto estranho no rosto.

—Eu não vou pular, só fiz isso pra te atrair. Eu sei o que é você Kurt.

—O-O que? Como...

—Um passarinho preto me contou, talvez você conheça, vocês dois tem uma história.

—Do que você tá falando? Peter, você sumiu, o que aconteceu com você?

O sorriso dele se tornou sombrio naquele momento.

—Eu comecei um relacionamento novo, na verdade, ele tá aqui, quer que eu te apresente?—Uma gosma negra começou a cobrir seu corpo, nesse momento, o coração de Kurt começou a bater mais rápido, em sua mente a única coisa que se passava era não...—Você sabe o nome dele, ou melhor, o nosso!

Kurt travou enquanto assistia o monstro aparecer diante de seus olhos.

—Nós. somo. Venom!—Duas vozes exclamaram antes que a criatura avançasse.