Dangerous Attraction / 𝒋𝒆𝒐𝒏 𝒋𝒖𝒏𝒈𝒌𝒐𝒐𝒌 - 𝒎𝒂𝒇𝒊𝒂 𝒌𝒊𝒏𝒈

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 13

S/n

~•~

Usei os meus dedos para brincar com a água da banheira, fazendo um barulho reconfortante ecoar pelas paredes. As ondas suaves na água refletiam a luz do pequeno lustre no teto, criando um ambiente quase mágico.

Naquele momento, eu estava submersa na banheira, com as minhas pernas dobradas ao meu corpo nu e com a cabeça descansando entre meus joelhos. A água quente era um alívio para os músculos tensos, mas minha mente estava longe de relaxar.

Fazia uns dez minutos que chegamos à mansão e Jungkook não tocou mais naquele assunto. Ele apenas desapareceu em um dos corredores da casa depois de me dizer para subir para o meu quarto.

Eu realmente não entendi o porquê ele fez aquilo. Jungkook parecia compreender o que Jay estava falando. Aquela cena violenta ainda estava na minha cabeça; Jungkook parecia até outra pessoa.

Sei que Jay é um garoto ruim, um baita de um maluco pervertido, mas nunca desejei coisas ruins para ele, por mais incrível que pareça.

Suspirei com o meu pensamento e me levantei da banheira. Enrolei-me na minha toalha e saí do banheiro. Caminhei até o espelho, onde pude ver meu reflexo ainda abalado, eu realmente tenho um azar de dias ruins.

Vesti meu conjunto de pijama, um short e uma blusa de seda e logo me deitei na cama. O tecido macio parecia acariciar minha pele cansada.

Quando eu estava prestes a fechar os meus olhos para tentar dormir, alguém bateu na minha porta. Meu coração deu um salto.

— S/n? — era a voz de Jungkook.

Me levantei da cama imediatamente e corri até a porta, sentindo uma mistura de ansiedade e curiosidade. Fiquei encarando a madeira da porta enquanto sentia aquela ansiedade estranha crescer dentro de mim. Com uma respiração profunda, abri a porta lentamente até formar uma fresta e olhei para cima, para ver Jungkook me olhando calmamente. Ele não parecia mais irritado, então eu abri a porta um pouco mais.

Ele estava com um cigarro entre os dedos, a fumaça subindo em espirais lentos. Seus olhos, sempre tão intensos, agora pareciam mais suaves, mas ainda havia uma dureza ali.

— Você está bem? — ele perguntou, colocando uma mão no bolso de sua calça.

— Sim... — respondi sem jeito enquanto empurrava uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Não queria que tivesse visto... aquilo.

Aquilo suoou como um pedido de desculpas, mas não sei bem se era mesmo. Eu apenas queria fazer uma pergunta, mas eu estava com medo da resposta, pois isso não só envolvia a mim, envolvia o meu irmão também.

— Você... — hesitei, não conseguindo formular a pergunta.

— Eu sei o que está pensando, S/n, esqueça isso.

A maneira rude que ele pede para eu esquecer as coisas às vezes me dá nos nervos! Não é tão simples como ele imagina!

— Não pode me pedir para esquecer — falei já me sentindo frustrada — Eu realmente estou cansada de ser excluída de tudo por acharem que não tenho maturidade para entender!