Capítulo 02

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Chatpter Two - The Crow

Não havia garota mais feliz em todo o reino do que a jovem princesa Caroline Forbes, que mal podia conter toda a sua excitação com os poucos dias que restavam para a chegada do seu 18º aniversário. Ela folheava seu álbum de fotos, sentindo-se nostálgica ao relembrar cada momento de sua vida, deslizando os dedos pelas imagens e sorrindo como uma criança novamente, não que ela tivesse perdido isso algum dia. Ela colocou o álbum sobre a cama e pegou seu telefone, ansiosa para contar a suas melhores amigas sobre a festa que havia planejado com tanta riqueza de detalhes.

Care, sua festa vai dar o que falar — disse Bonnie, feliz pela amiga.

— Assim eu espero. Sério, gente. Eu cansei de fazer a mesma festa no salão do palácio todo ano, eu ainda não acredito que vou numa boate pela primeira vez na minha vida!

Como seus pais concordaram com isso? — perguntou Elena.

— Nada que um pouco de chantagem emocional não resolva — ela riu, um pouco maléfica.

Você mudou muito, Vossa Alteza. Quem era a princesa Caroline Forbes há um ano atrás? — ironizou a morena.

De fato, Caroline mudou em um ano e alguns meses. Algo a transformou o suficiente para fazê-la perceber que a vida não girava apenas em torno de seus pais, e que ela podia, sim, viver com base nas suas próprias decisões às vezes, mas nada muito radical. A princesa levantou-se da cama e guardou suas coisas que estavam espalhadas,  mais alguns segundos ali, e  ela tinha certeza de que ficaria louca com a bagunça. De repente, três toques na porta roubaram sua atenção, e ela permitiu que quem quer que fosse entrasse no quarto. Era sua "fada madrinha", como costumava chamá-la. A "fada madrinha", também conhecida como a antiga babá da jovem Caroline, era sua salvadora da pátria e fiel escudeira, sempre ajudando quando necessário.

— A que devo a honra, fada madrinha? — cumprimentou-a com uma singela reverência brincalhona.

— Vossa Majestade, a rainha, está vindo ao seu encontro, Vossa Alteza. Estou aqui para inspecionar suas condições e o seu quarto. — A mulher, não mais tão jovem quanto antes, deu uma boa olhada na roupa da princesa e em seguida por todo o quarto. — Não acredito que a senhora ainda mantém esses livros consigo. Não entende o quanto este comportamento deixa Vossa Majestade, a rainha, emocional? — Disse enquanto retirava todos os livros e papéis "proibidos" da escrivaninha da princesa. — Onde já se viu uma princesa tão jovem como a senhora se preocupar com a origem desses "demônios"?

— Vampiros, Madelyn. E eu não estou preocupada, apenas um pouco curiosa por essas criaturas.

— Há quase dois anos que a senhora está curiosa. Não descobriu o suficiente? — Clamou, prestes a se ajoelhar diante da princesa.

— Eu ainda quero entender sobre os Mikaelson. Como podem eles realmente ser os vampiros originais? E por que ainda não governaram o mundo? O que os impede?

— Eu não sei, minha senhora, e tão pouco estou interessada. Imagino que o melhor seja deixar as coisas como estão, digo, seria ótimo se eles deixassem de existir e amedrontar a vida das pessoas.

Caroline bufou, relutante. Ela sabia que sua "fada madrinha" jamais entenderia seu interesse em estudar sobre os vampiros, tampouco compreenderia que isso é diferente de apoiar o que eles fazem. Matar pessoas não é algo a ser aplaudido, e ela os enojava por isso. Eram apenas criaturas das trevas destinadas a destruir tudo ao seu redor, porque é isso que os acompanha: caos por onde quer que passam. Mas, graças a Deus, não existiam vampiros em Mystic Falls, muito pelo contrário, era o reino mais seguro de todo o continente.

Timor, klarolineOnde histórias criam vida. Descubra agora