Timor, klaroline

Capítulo 03

Chapter Three - Death Anniversary

Faltavam três dias para o 18º aniversário de Caroline, mas ainda não havia sinal de Stefan Salvatore. Desde o desaparecimento de seu futuro marido, os dias haviam sido difíceis; ela mal encontrava forças para sair do quarto, passando horas encarando a tela do celular como se o príncipe fosse magicamente enviar uma mensagem dizendo que estava bem. Ela nem precisava de uma explicação, apenas saber que ele não havia morrido já seria suficiente, mesmo que a tivesse abandonado. Tanto seus pais quanto todos os funcionários do castelo estavam preocupados com a saúde da princesa, e o rei já havia dado ordens para a busca por Stefan. No entanto, até aquele momento, não haviam encontrado uma única pista sobre seu paradeiro.

Caroline queria cancelar sua festa de aniversário e qualquer outro evento subsequente, mas Bonnie e Elena insistiram que ela não desistisse, argumentando que talvez a comemoração a fizesse sentir-se um pouco melhor. Além disso, como disseram, não é todo dia que se completa dezoito anos. A princesa aceitou o conselho das melhores amigas, mas achava injusto se divertir enquanto seu noivo poderia estar em perigo em algum lugar. Frustrada, foi obrigada a levantar-se ao ouvir algumas batidas leves na porta, imaginando que, finalmente, seria seu almoço.

— Oi, Care! — Bonnie e Elena falaram em uníssono, abraçando a amiga.

Caroline sorriu, seus olhos se enchendo de lágrimas. — Eu estava com tanta saudade de vocês, que bom que vieram — disse, olhando para a mão de Bonnie, que segurava uma sacola de papel muito bonita. — O que é isso?

— Seu bolo favorito, limão com mirtilo — disse Bonnie, entregando-lhe a embalagem. — Pode comer, sua esfomeada.

Caroline a agradeceu com um abraço. — Eu pareço estar com fome?

— Você parece estar morrendo de fome! — brincou Bonnie, sentando-se na cama. — Sei que estava com saudades da gente, mas não precisava fazer greve de comida — ela continuou, arrancando uma risada da loira.

— Obrigada, de verdade. Os últimos dias não têm sido fáceis e eu não sei o que fazer. Nem me casei e já me sinto uma viúva — disse Caroline, melancólica.

— E é por isso que estamos aqui, para trazer um pouco de alegria — Elena colocou uma mão sobre o ombro dela. — Mas não vamos conseguir fazer isso se você continuar se remoendo. Então, gaste todas as lágrimas que ainda tiver enquanto come o bolo, porque depois vamos dar uma voltinha.

Caroline desabou naquele momento, sendo consolada por ambas as amigas. Quando terminou de comer o bolo, as três saíram para dar uma volta pelo jardim, conversando sobre o que estavam assistindo ou lendo ultimamente. O jardim real era, sem dúvida, o mais bonito que elas já tinham visto, com árvores grandes e alinhadas que formavam um caminho sombreado, um campo de flores onde Caroline adorava brincar quando criança e, além disso, um pequeno riacho com uma ponte que o atravessava, onde algumas espécies de peixes coloriam a paisagem com suas cores vibrantes.

Em um determinado momento da caminhada, enquanto as três amigas estavam distraídas, um barulho vindo dos arbustos chamou a atenção de Caroline, que parou no meio do caminho e observou o local de onde o som surgia. Para sua surpresa, um corvo saiu voando entre as folhas, fazendo-a cair no chão, olhos arregalados, enquanto um sentimento sombrio se apoderava de seu interior, como sempre acontecia ao avistar a ave. Bonnie e Elena, que estavam mais à frente e não notaram quando Caroline parou de acompanhá-las, correram para ajudá-la ao perceberem a situação.

— Bonnie, há algo sobre corvos aparecendo frequentemente em algum dos seus livros antigos? — perguntou Caroline, com um olhar tenso voltado para os arbustos enquanto recebia ajuda para se levantar.