**Continuação:**
Antes da intensa conversa na saída da universidade, Max decidiu organizar uma grande festa em sua casa, aberta a todos da faculdade. Ele precisava de uma distração, algo para tirar sua mente da confusão emocional que Bradley estava causando em sua vida. Com a ajuda de Booby e PJ, eles rapidamente espalharam a notícia, e em pouco tempo, a festa de Max se tornou o evento mais esperado do semestre.
Na noite da festa, a casa de Max estava repleta de pessoas. A música alta, as luzes piscantes, e as risadas animadas enchiam cada cômodo. Max estava no seu elemento, cumprimentando os convidados, rindo com seus amigos, e tentando aproveitar a noite. No entanto, em algum lugar em sua mente, ele não conseguia parar de se perguntar se Bradley apareceria.
E Bradley apareceu. Entrou na festa com um grupo de colegas, mas sua expressão estava sombria. Nos últimos dias, a pressão de esconder seus sentimentos, os constantes atritos com seu pai, e a confusão sobre o que fazer estavam o consumindo. Ele decidiu, naquela noite, que beberia o suficiente para esquecer tudo, nem que fosse por algumas horas.
Max notou a chegada de Bradley e, por um momento, seus olhares se encontraram. Havia uma tensão palpável entre eles, algo que ambos sentiam, mas que nenhum queria admitir. Max tentou ignorar, voltando a interagir com seus amigos, mas não conseguia afastar o pensamento de Bradley de sua mente.
Enquanto a noite avançava, Bradley foi ficando cada vez mais bêbado. A bebida, ao invés de aliviar seus problemas, estava apenas amplificando suas emoções. Ele se sentia perdido, preso em um ciclo de expectativas que não podia mais suportar. E o único rosto que conseguia pensar era o de Max, o único que parecia fazer sentido em meio ao caos.
Quando Bradley finalmente se sentiu à beira do colapso, ele deixou o grupo com quem estava e foi procurar Max. Não sabia exatamente o que ia dizer, só sabia que precisava encontrar uma maneira de expressar tudo o que estava sentindo, de alguma forma.
Ele encontrou Max perto da mesa de bebidas, conversando com Booby e PJ. Ao vê-lo, Max notou imediatamente o estado de Bradley – os olhos ligeiramente desfocados, a postura desequilibrada, e a expressão de alguém que estava prestes a desabar.
"Bradley? Você está bem?" Max perguntou, preocupado, enquanto Booby e PJ observavam de perto.
Bradley deu uma risada amarga, balançando a cabeça. "Não, Max, eu não tô nada bem. Eu... eu tô uma bagunça, cara."
Max se aproximou, segurando o braço de Bradley para mantê-lo de pé. "Vamos sair daqui, a gente pode conversar lá fora."
Com a ajuda de PJ, Max guiou Bradley para fora da casa, onde a música ainda podia ser ouvida ao longe, mas o ar estava mais fresco e tranquilo. Eles se sentaram em um banco no jardim, onde Max observou Bradley, esperando que ele falasse.
"Eu só... eu não aguento mais isso, Max," Bradley começou, a voz embargada. "Eu tô cansado de fingir, de esconder quem eu sou. Eu bebo pra esquecer, mas isso só me faz lembrar mais."
Max sentiu o coração apertar. Ele nunca tinha visto Bradley tão vulnerável, tão desarmado. "Fingir o quê, Bradley? Esconder o quê?"
Bradley olhou para Max, seus olhos cheios de um desespero que ele mal conseguia controlar. "Esconder que eu gosto de você, Max. Que eu gosto de você mais do que deveria. E isso me assusta pra caramba. Meu pai... ele nunca aceitaria isso. E eu não sei como lidar com isso, não sei como lidar com tudo isso."
As palavras de Bradley caíram pesadas no ar entre eles. Max ficou em silêncio por um momento, processando o que havia acabado de ouvir. Ele sabia que havia algo entre eles, mas ouvir Bradley admitir aquilo, especialmente em seu estado vulnerável, era algo que ele não estava preparado.
"Bradley...," Max começou, escolhendo as palavras com cuidado. "Você não precisa ter medo de quem você é. E você não está sozinho nisso. Eu estou aqui, e você pode ser honesto comigo, sempre."
Bradley fechou os olhos, sentindo as lágrimas que ele segurava finalmente escorrerem pelo rosto. "Eu não sei o que fazer, Max. Eu só sei que eu gosto de você e que isso me assusta. Eu não quero te perder, mas eu também não sei como te ter sem perder tudo o que eu conheço."
Max, sentindo a profundidade da dor de Bradley, o puxou para um abraço, segurando-o com firmeza. "Você não vai me perder, Bradley. A gente vai descobrir isso juntos, sem pressa. E você não precisa fazer isso sozinho."
Bradley se permitiu relaxar nos braços de Max, sentindo uma mistura de alívio e medo. Pela primeira vez, ele havia deixado as palavras escaparem, havia mostrado o que realmente sentia, e o mundo não havia desmoronado – pelo menos, não ainda.
Enquanto Max segurava Bradley, ele sabia que essa era apenas a ponta do iceberg, que ainda havia muito para enfrentar. Mas, naquele momento, ele estava disposto a dar todo o apoio que Bradley precisava, e talvez, só talvez, isso fosse o suficiente para começar a curar as feridas que ambos carregavam.
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Podemos recomeçar?
RomanceMax está no segundo ano da faculdade agora, e decide criar um novo grupo de esportes, tipo o X-games porém muito melhor. Jogos, festas, romance etc.. Espero que gostem!