**Continuação:**
Os dias após o beijo foram um turbilhão de emoções para Max e Bradley. O rumor sobre o beijo se espalhou rapidamente pela faculdade, e ambos estavam lutando para lidar com as consequências.
Max, angustiado pela situação, tentava manter a normalidade em sua rotina. No entanto, a constante sensação de estar observando o tempo todo o deixava inquieto. Ele sentia uma mistura de frustração e tristeza, sem saber como alcançar Bradley e mostrar que estava pronto para enfrentarem isso juntos.
Enquanto isso, Bradley estava completamente isolado. Ele evitava todos os lugares que costumava frequentar e não atendia mais as chamadas de Max. Cada vez que via alguém comentando ou olhando para ele de forma curiosa, sentia a vergonha crescer. A ideia de enfrentar a reação dos outros e o medo de ser rejeitado tornavam tudo ainda mais doloroso.
Em uma noite particularmente difícil, Max estava sentado em seu quarto, tentando se concentrar nos estudos, mas sua mente estava longe. Booby e PJ, percebendo sua angústia, decidiram intervir.
"Max, você está bem?" Booby perguntou, entrando no quarto e se sentando ao lado dele. "Você parece exausto."
Max suspirou. "Estou preocupado com o Bradley. Eu só queria que ele soubesse que estou aqui para ele, mas parece que ele não quer me ver."
PJ, que estava encostado na porta, acrescentou: "Eu entendo. Às vezes, quando as coisas ficam difíceis, as pessoas tendem a se afastar. Talvez ele precise de um pouco de tempo, mas isso não significa que você deva desistir."
Max balançou a cabeça. "Não quero desistir. Mas o que eu posso fazer se ele não quer falar comigo? Sinto que estamos nos distanciando ainda mais."
Booby pensou por um momento. "Talvez o melhor que você possa fazer agora é dar a ele um pouco de espaço, mas também deixar claro que está disponível se ele precisar de você. Às vezes, só saber que alguém está lá pode fazer toda a diferença."
"Sim, é uma boa ideia," Max concordou. "Vou tentar fazer isso. Só espero que ele saiba que eu realmente me importo."
Enquanto Max discutia com seus amigos, Bradley estava sentado sozinho no seu quarto, lutando com seus próprios sentimentos. Ele havia lido várias vezes o que escreveu no diário e sentia-se preso entre o desejo de se aproximar de Max e o medo das consequências. O beijo havia sido um momento tão significativo e sincero, mas a reação das pessoas e seu próprio medo estavam criando uma barreira difícil de superar.
No dia seguinte, Max decidiu escrever uma carta para Bradley. Ele queria expressar seus sentimentos de forma honesta e direta, sem pressões ou expectativas. A carta dizia:
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**Querido Bradley,**
Eu sei que as coisas estão difíceis agora, e que o que aconteceu entre nós pode ter sido assustador e confuso. Quero que saiba que eu entendo se você precisar de tempo para processar tudo isso.
O que eu quero que você saiba é que eu estou aqui para você. Não importa o que as pessoas digam ou como as coisas pareçam agora, eu me importo com você e quero que encontre a paz e a segurança que precisa.
Se você estiver pronto para conversar, estarei aqui. Mas se precisar de mais tempo, eu compreendo. Só espero que, em algum momento, possamos encontrar um caminho para resolver isso juntos.
Cuide-se e saiba que você não está sozinho.
Com carinho,
Max
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Max deixou a carta na porta do quarto de Bradley, esperando que, de alguma forma, ela alcançasse o coração de Bradley. Era uma forma de mostrar que estava disposto a esperar e que, independentemente das dificuldades, ele estava comprometido em apoiar Bradley.
Nos dias seguintes, Max tentou seguir com sua rotina, mas a esperança de uma resposta e a expectativa de que Bradley pudesse finalmente abrir-se e retomar o contato continuavam a acompanhar seus pensamentos. A situação ainda estava incerta, mas a carta era um passo em direção à reconciliação e à compreensão mútua.
Após receber a carta de Max, Bradley passou vários dias refletindo e se sentindo dividido. Ele sabia que precisava enfrentar seus medos e dar um passo em direção à resolução da situação, mas ainda lutava com as emoções e inseguranças que o consumiam. A carta de Max, no entanto, era um lembrete de que ele não estava sozinho e que havia alguém disposto a entendê-lo.
Na manhã de um sábado, Bradley decidiu responder à carta. Ele sentou-se à mesa do seu quarto, pegou uma caneta e começou a escrever:
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**Querido Max,**
Sua carta significou muito para mim. Eu estava tão perdido e com medo de como as coisas poderiam se desenrolar, mas suas palavras me deram um pouco de clareza e esperança.
Eu sei que o beijo foi inesperado e que a situação está complicada. Eu realmente quero resolver as coisas entre nós, mas também preciso encontrar um equilíbrio entre o que eu sinto e o que os outros podem pensar. É difícil, especialmente porque tenho passado por momentos complicados desde a morte da minha mãe. Esses sentimentos sempre foram um peso, e agora parece que tudo está vindo à tona de uma vez.
Eu preciso de um tempo para processar tudo isso, mas quero que saiba que sua presença e apoio são importantes para mim. Estou disposto a enfrentar isso e encontrar uma maneira de seguir em frente, mas só posso fazer isso com sua ajuda e compreensão.
Podemos conversar quando eu me sentir um pouco mais preparado. Até lá, agradeço por ser paciente e por estar ao meu lado.
Com amor,
Bradley
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Bradley deixou a carta na mesma porta onde encontrou a de Max, sentindo-se um pouco mais aliviado por ter dado esse passo.
Enquanto isso, Max estava no dormitório com Booby e PJ, tentando manter a mente ocupada e se distraindo com conversas e atividades cotidianas. Booby estava tentando animar o clima, fazendo piadas e imitações, enquanto PJ, mais atento, percebia a tensão ainda presente em Max.
"Ei, Max, não se preocupe. Bradley deve estar processando tudo isso," PJ disse, tentando oferecer um apoio mais racional. "Acho que vocês vão conseguir superar isso."
Max balançou a cabeça, ainda um pouco preocupado. "Eu espero que sim. Só quero que ele saiba que estou aqui, não importa o que aconteça."
Booby, tentando aliviar um pouco a atmosfera pesada, fez uma imitação exagerada de um professor que costumava dar aulas na faculdade. "E aí, pessoal! Se não der certo, pelo menos vocês ainda têm minha maravilhosa performance de 'Não se Preocupe, Seja Feliz'."
O riso se espalhou pelo quarto, e Max e PJ não puderam deixar de se divertir com as brincadeiras de Booby. A leveza e a amizade ajudavam a aliviar um pouco a tensão.
"Você sabe, Max," PJ começou, com um tom compreensivo, "acho que você e Bradley tinham uma maneira meio peculiar de demonstrar o que sentem um pelo outro, com toda aquela rivalidade e provocações. Às vezes, o que parece ser um conflito pode na verdade ser uma forma de flerte."
Max sorriu, lembrando-se das provocações e da dinâmica entre ele e Bradley. "Sim, eu nunca pensei nisso dessa maneira, mas talvez você esteja certo."
"Você vai precisar ser paciente com ele," PJ disse, abraçando Max. "E lembre-se de que, independentemente de como as coisas aconteçam, você e Bradley têm algo real. Isso é o que realmente importa."
A conversa e o suporte dos amigos ajudaram Max a sentir-se mais esperançoso. A resposta de Bradley ainda não havia chegado, mas o fato de que ele havia escrito de volta e expressado seus sentimentos era um sinal positivo.
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Podemos recomeçar?
RomansaMax está no segundo ano da faculdade agora, e decide criar um novo grupo de esportes, tipo o X-games porém muito melhor. Jogos, festas, romance etc.. Espero que gostem!