**Continuação:**
Os dias que seguiram à festa foram estranhos para Max. Bradley parecia estar o evitando a todo custo. Sempre que Max entrava no skatepark, Bradley já estava saindo. Quando estavam juntos no mesmo espaço, Bradley mal olhava para ele, preferindo ficar com seus outros amigos ou, pior ainda, flertando abertamente com várias garotas.
Max observava tudo isso de longe, sentindo uma mistura de frustração e confusão. Ele não conseguia entender por que Bradley estava agindo dessa forma, especialmente depois do que aconteceu na festa. O beijo, embora borrado em sua memória, era algo que ele não conseguia esquecer. Mas parecia que Bradley queria apagar aquele momento de sua mente.
"Ele tá sendo um idiota", Booby disse em um dia enquanto eles assistiam Bradley do outro lado do skatepark, rindo alto com um grupo de garotas. "Fingindo que não se importa, mas é óbvio que está fugindo de algo."
Max deu de ombros, tentando parecer indiferente, mas era impossível ignorar o nó no estômago. "Eu não sei o que o problema dele é. Parece que ele está tentando provar alguma coisa, saindo com todas essas garotas."
PJ, que estava praticando manobras perto deles, se aproximou, sacudindo a cabeça. "Ele está claramente com medo de alguma coisa. E eu acho que você sabe o que é, Max."
Max sabia que PJ estava certo, mas admitir isso para si mesmo era difícil. A ideia de que Bradley estava lutando contra seus próprios sentimentos fazia sentido, mas isso não tornava as coisas mais fáceis. Pelo contrário, apenas complicava ainda mais.
A rivalidade entre eles no skatepark se intensificou. Max percebeu que, sempre que Bradley estava por perto, ele sentia a necessidade de se superar, de mostrar que era melhor. Era como se o skate fosse a única maneira que ele tinha para expressar a frustração que sentia. E, por outro lado, Bradley também parecia mais determinado do que nunca a provar que era superior, como se cada truque fosse uma declaração de que ele estava no controle.
Os olhares trocados entre eles eram rápidos, intensos, e carregados de emoções não ditas. Cada manobra era um desafio, um teste de limites, como se ambos estivessem tentando se machucar mutuamente, mas de uma forma que só eles entendiam.
Um dia, depois de mais uma sessão de treinos exaustiva, Max decidiu que não podia mais continuar daquele jeito. Ele precisava confrontar Bradley, precisava entender por que estavam presos naquele ciclo tóxico de competição e ressentimento.
Max encontrou Bradley sozinho, sentado no topo de uma rampa, olhando para o céu, o skate descansando ao seu lado. O sol estava começando a se pôr, e o parque estava quase vazio. Parecia o momento certo.
"Bradley", Max chamou, subindo a rampa com o coração batendo forte no peito.
Bradley virou a cabeça, surpreso ao ver Max. "O que você quer?" Ele perguntou, mas o tom defensivo era fraco, como se ele já soubesse que não poderia evitar essa conversa para sempre.
"Precisamos conversar", Max disse, firme, sentando-se ao lado dele. "Sobre o que está acontecendo entre nós."
Bradley ficou em silêncio, olhando para o horizonte. "Não tem nada para falar. Você está se saindo bem nas competições, parabéns por isso."
Max sentiu a frustração borbulhando. "Não é disso que eu estou falando e você sabe disso, Bradley. Estou falando sobre a festa, sobre o beijo."
Bradley fechou os olhos, apertando os punhos. "Eu não deveria ter feito aquilo."
"Por quê? Porque você não queria ou porque tem medo do que isso significa?" Max perguntou, sua voz mais suave agora, mas carregada de emoções.
Bradley finalmente se virou para olhar para Max, seus olhos brilhando com uma mistura de raiva e tristeza. "Porque isso não deveria ter acontecido. Eu não deveria gostar de você, Max. Não deveria gostar de... garotos."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Podemos recomeçar?
RomansaMax está no segundo ano da faculdade agora, e decide criar um novo grupo de esportes, tipo o X-games porém muito melhor. Jogos, festas, romance etc.. Espero que gostem!