06. O início

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Esse capítulo é um patrocínio da Nhstylinson, que está fazendo aniversário hoje e passou os últimos meses implorando para eu atualizar essa fanfic.

Espero que goste desse mini presente, meu bem. Feliz dia seu 💕

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— Não acredito que ele pensou que você se prostitui — Taehyung disse, tão genuinamente incrédulo que o donut americano estagnou a meio caminho da boca aberta.

— Eu nunca espero nada de bom do meu pai, mas confesso que, dessa vez, foi demais até para mim — Jungkook comentou, inclinando-se para pegar mais uma rosquinha com cobertura de chocolate e granulado colorido. 

Eram nove da manhã de um sábado. Havia caído no sono, na madrugada anterior, sem nem perceber, enquanto ainda conversava com Jimin. As mensagens que ele lhe mandou por último foram, inclusive, a primeira coisa com que se deparou ao acordar e pegar o celular — jogado em cima de seu peito, com a tela virada para baixo — para verificar as horas.

“Acho que você dormiu…”
“Boa noite, Jeon”
“Tenha bons sonhos.”

Uma soma curta de três frases concedendo-lhe dois desejos foi o bastante para fazê-lo esboçar um sorriso espontâneo logo cedo. Era surpreendente que conseguisse expressar uma reação calorosa, a despeito de tudo o que aconteceu na véspera.

Mal sabia como havia conseguido atravessar a  montanha de sentimentos a qual foi submetido no dia anterior, desde as horas tediosas no trabalho até o momento de euforia ao encontrar Jimin na loja de conveniência, e então despencando para o episódio de estresse com Daeshim, antes de alcançar o alívio por meio de mensagens trocadas tarde da noite. 

A carga emocional vivenciada em um único dia certamente justificava a dor de cabeça que sentiu tão logo abriu os olhos. O sol já tinha nascido e estava por todos os lados, visto que, diante do desespero por uma válvula de escape que o impedisse de se afundar numa espiral de sensações ruins, não se atentou em fechar as persianas do quarto.

As memórias recentes o assolaram assim que seu cérebro voltou a funcionar na frequência normal, e, a fim de evitar qualquer estímulo externo ou interno que pudesse despertar tudo com o que não queria lidar, ligou para Taehyung e perguntou sobre seu paradeiro.

Como resultado, terminou ali: tomando café da manhã ao lado de seu melhor amigo, depois de tê-lo acordado às sete da manhã com ligação atrás de ligação, como se o mundo estivesse prestes a acabar.

— Uma coisa não podemos deixar de reconhecer: ele entrega o que promete — Taehyung retomou, falando de boca cheia. Ainda sentia-se colérico após ouvir o relato de Jungkook sobre as barbaridades que o pai tinha lhe dito, sem qualquer embasamento lógico. Nunca havia sido fã do homem, e a cada dia ele fornecia um motivo inédito para fomentar sua aversão. 

— E ele entrega alguma coisa além de um show de horrores, em qualquer ocasião?

— Esse é exatamente o ponto, coelhinho — enfatizou, dando uma piscadela.

Jungkook riu, sem contestá-lo — compartilhavam a mesma opinião, afinal. Ao contar para o amigo sobre os acontecimentos da noite anterior, guardou para si a parte em que recorreu a Jimin após o indício de uma crise de ansiedade. Não por constrangimento ou falta de confiança, mas porque não gostava de colocar suas falhas como pauta relevante em uma conversa.

Desde que conheceu Taehyung, nunca revelou a ele as partes sombrias que perpetuavam sua mente desgastada. Todas as vezes em que se sentia acuado, inseguro ou deprimido, adotava como principal método de resolução o isolamento absoluto. Não deixava que ninguém visse suas fragilidades, tampouco tentasse se aproximar em tempos de crise, porque sabia que ninguém seria capaz de acalmá-lo.

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⏰ Última atualização: Aug 17 ⏰

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EXCÊNTRICO • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora