Capítulo 14.

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— Como é? Você 'ta me dizendo que um dos meus melhores policiais escapou com o produto do governo, e com a ajuda de nosso único hacker? — Jinyoung ja estava para ficar vermelho, de tanta raiva. E decepção, nunca esperou tal atitude daqueles meninos, que sempre foram os mais leais.

— Sim, senhor. — O policial falou, de cabeça baixa.

— Ponha Lee Know no telefone.

— Alô? — Minho atendeu.

— Você enlouqueceu, idiota?

Sua respiração falhou por um minuto.

— Park Jinyoung...

— Por acaso tem ideia do que fez? Você e o viadinho do seu irmao. Causaram um problemão. Eu quero voces dois na sede amanha de manhã, sem atrasos. E traga o objeto.

Iria seguir essas ordens, foi criado para isso. Seguir ordens.

Mas não mais.

Afastado dos demais, Lee Know olhou para Jisung, que sorria enquanto via o filho fazer gracinhas.

Olhou para seu irmao, que tinha um sorriso orgulhoso nos lábios.

— Que objeto? Aah, 'ta falando do Jisung? Ele é uma pessoa, tem sentimentos, e sente dor. Você sabe disso, 'ne?

— Pessoa? — Deu uma gargalhada em completo desdém. — Desde quando aquele monstro, no sentido literal, é uma pessoa? Ele é uma aberracao. Se a vida dele dependesse de mim, ele ja estava morto. Ele e essa gentinha da especie dele. Lembre-se que foi essa especie, que matou os seus pais. Os matou na sua frente, sem pudor. Eles tambem deveriam sofrer. — O velho conseguiu calar o Lee.

— Cara... Você é burro, ou se faz? Porque eu realmente acho que você carece de inteligência em demasia. Você trabalha com monstros, ja devia saber que eles possuem níveis, que a maioria deles matou, sim, mas alguns nao, principalmente Jisung. Ele era uma criança! Ele nao tem culpa de nada. Para de ser um escroto!

— Lee Know, você tem ate de manhã para entregar ele. Eu acho que você não vai querer um banho de sangue, certo? — E então desligou.

Lee Know ficou pensando, pensou. Abaixou o celular lentamente, começou a tremer.

— Lino? — Felix o chamou ao longe, com um sorriso na face esperando que o irmão viesse ate si.

Fazendo Minho acordar do inconsciente, andou ate os, mais novos, amigos.

— 'Ta tudo bem, maninho? — Saindo do banheiro que ficava no quarto dos irmãos disposto por Jisung, Felix reparou na feição pensativa do irmao, encarando o teto. — Você estava aéreo desde que um "numero errado" te ligou. — Fez aspas com os dedos.

— Eu ja disse que ele ligou para o número errado. — Se sentou na cama.

— Voce sabe que eu não acredito em voce, tambem sabe que voce pode confiar em mim. O que houve? — Sentando ao lado de Lino na cama, colocou as mãos nas costas do mais velho.

Lee Know nao tinha escolha, ou contava, ou, contava. Felix era seu irmao, contava ate seus segredos mais íntimos ao mesmo.

— Então... É sobre o seu amigo, Jisung.

...

— 'Cê 'ta me zoando? Serio? O Jisung acabou de chegar em casa, porra. — Enquanto ouvia a historia, sentiu seu rosto queimar em raiva. — Fala serio, quando que o Jisung vai ter direito de ser feliz? Quando?

Lee Know ouvia com vontade de dizer um "Eu avisei", mas sabia que Felix so queria o melhor para Jisung. O pensamento de mais velho nao era o mesmo de horas atras.

Entendia os motivos do seu irmao. E entendia Jisung, principalmente, entendia Jisung.

Abraçou o irmao. — Relaxa, nos vamos dar um jeito. Nos sempre damos, não é?

Obrigado por ler ate aqui..!

Que monstro te mordeu?'Onde histórias criam vida. Descubra agora