Leal-Lamine Yamal

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Marina

Com o aroma do almoço invadindo a casa, os garotos voltam da piscina, suas risadas enchendo o espaço enquanto Sheila e lamine arrumam a mesa. A sala, banhada pela luz do sol que entra pelas janelas abertas, está cheia de uma energia tranquila, mas ao mesmo tempo animada, típica de uma tarde de verão.

Enquanto dou os últimos toques no prato, Yamal aparece na cozinha, ainda molhado, com um sorriso malicioso.

— Tá precisando de ajuda, chef? — ele pergunta, espiando as panelas no fogão.

— Só se for para não fazer bagunça — respondo, piscando para ele.

Ele se aproxima, pegando uma colher para provar o molho que eu estava preparando. Seus olhos se arregalam em aprovação.

— Isso está incrível! — ele exclama. — O pessoal vai adorar.

— Espero que sim. É a primeira vez que faço esse prato para tanta gente.

— Relaxa, branca. Você arrasa na cozinha — ele diz, pegando uma bandeja com os pastéis de nata e levando para a mesa. Ele sabia como eu cozinhava pois na Grécia já tinha cozinhado para a galera.

Com tudo pronto, chamamos todos para comer. O cheiro da carne de porco à alentejana paira no ar, e os pratos são servidos com fatias de pão fresco e vinho branco gelado que Mohamed encontrou em uma adega da casa. Enquanto eu,yamal e keyne bebíamos suco de maracujá, quando a gente for para um bar eu bebo um fino ou outro mas agora vou me manter no suco.

— Isso tá com uma cara ótima — Sheila comenta, enchendo seu prato.

— É, Marina, você se superou! — sohaib acrescenta, antes de dar uma mordida e soltar um suspiro de satisfação.

Sentada ao lado de Lamine, observo todos aproveitando a refeição, e uma sensação de felicidade tranquila me invade. O ambiente é descontraído, cheio de piadas e conversas animadas. O tipo de momento que faz a gente esquecer qualquer preocupação.

— E então, quais os planos para a tarde? — pergunta Sohaib, limpando a boca com um guardanapo. — Alguém topa explorar a praia depois de almoçar?

— Com certeza! — Sheila responde. — A gente pode andar até as falésias. Dizem que a vista lá de cima é incrível.

— Ou talvez a gente possa encontrar um lugar mais tranquilo para nadar — sugere Mohamed, levantando a taça de vinho. — E depois, quem sabe, encontrar um barzinho legal para ver o pôr do sol.

— Parece perfeito — murmuro, pensando na ideia de passar a tarde à beira-mar, com o som das ondas como trilha sonora.

Lamine se vira para mim, com um sorriso.

— E você, Marina? Quer fazer o que?

— Acho que um passeio pela praia seria ótimo. Ainda mais depois de uma refeição dessas — respondo, olhando para o mar que brilha sob o sol da tarde. — Mas, honestamente, qualquer coisa que a gente faça vai ser incrível, desde que estejamos todos juntos.

Após o almoço, todos se preparam para sair. Coloco um chapéu de palha e um par de óculos escuros, enquanto Lamine, já de bermuda e camiseta, espera pacientemente na porta. Sheila e Keyne conversam animadamente sobre as melhores rotas para explorar, enquanto mohamed arruma uma mochila com água e snacks.

Descemos até a praia, onde a areia dourada brilha sob o sol. O mar está calmo, com ondas suaves que lambem a costa. Sheila corre na frente, seus pés afundando na areia enquanto os outros seguem atrás. Caminhamos ao longo da praia, conversando sobre tudo e nada, aproveitando o simples prazer de estar ali.

Paramos em uma pequena enseada cercada por rochas, onde as ondas quebram suavemente. Decidimos que ali é o lugar perfeito para passar o resto da tarde. As mochilas são largadas no chão, e todos correm em direção ao mar. A água é fria e refrescante, e eu me deixo levar pelas ondas, sentindo o cansaço da viagem desaparecer por completo.

Depois de um tempo, saímos da água e nos espalhamos pela areia, aproveitando o calor do sol. Um grupo perto de nós faz uma espécie de luau com um violão. A melodia cria uma atmosfera mágica, e todos cantam junto, suas vozes ecoando pela praia.

— Não consigo pensar em um jeito melhor de passar o verão — Sheila comenta, sua voz suave. — Isso é como um sonho.

— E ainda temos  uma semana pela frente — Lamine diz, seu olhar voltado para o horizonte, onde o sol começa a descer, tingindo o céu com tons de laranja e rosa.

Enquanto o sol se põe, a tarde se transforma em uma noite estrelada. Decidimos explorar a vila próxima, onde encontramos um pequeno restaurante à beira-mar. O lugar é aconchegante, com luzes penduradas entre as árvores e mesas de madeira ao ar livre. Pedimos pratos de frutos do mar e vinho, e suco, dessa vez eu já bebia um fino, continuamos a conversar e rir até tarde da noite.

De volta à casa, nos espalhamos pela sala, cansados, mas felizes. Sheila acende algumas velas, e todos se ajeitam em torno da lareira, mesmo que esteja apagada, apenas pela sensação de aconchego.

— Amanhã vamos explorar mais da cidade — Keyne sugere, seus olhos já meio fechados de sono.

— E talvez tentar surfar — Mohamed acrescenta, sua voz abafada pelo travesseiro onde está encostado.

— Seja o que for, vai ser incrível — Sheila murmura, se ajeitando no sofá ao lado de Sohaib.

— Boa noite, pessoal — sussurro, recostando-me em Lamine, que já está quase dormindo.

A noite se encerra com um silêncio tranquilo, apenas o som suave das ondas ao longe e o crepitar das velas preenchendo o espaço. Fecho os olhos, sentindo a paz e a felicidade que só momentos como esse podem trazer. Estamos em Portugal, com o verão inteiro pela frente, e mal posso esperar para ver o que os próximos dias nos reservam. Principalmente a expofacic, ansiosa para ver o richie.
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Oi vidas
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