Capítulo 10

151 31 10
                                    

Ele acordou em um hospital. Engraçado como ele sabia disso, mas hospitais trouxas provavelmente não eram tão diferentes de hospitais bruxos. Os lençóis eram tão ásperos quanto. Alguém estava segurando sua mão.

— Nghh — ele sussurrou, incapaz de falar porque seus lábios estavam cerca de seis vezes maiores que o tamanho normal. Nem conseguia abrir os olhos. Machucados e fechados.

— Acalme-se, Sr. Potter.

Snape. Ele apertou a mão de Snape, o que doeu pra caralho. Ele deve ter quebrado alguns dedos.

— Você ficará aqui por vários dias. Você parece pior do que está. Não há danos permanentes. Nós achamos. Você está sentindo dor?

Harry balançou a cabeça. Ele devia estar sob efeito de alguma droga poderosa, porque a voz de Snape parecia ter viajado ao redor do globo algumas vezes antes de chegar aos seus ouvidos.

— Durma — Snape ordenou, e um polegar acariciou sua palma até que ele adormeceu.

.

— Sr. Smith, gostaria de fazer algumas perguntas ao Sr. Potter.

— Meu Deus, cara, você é cego? Olhe para o Sr. Potter. Ele não está em condições de responder perguntas. Saia.

— Ele pode balançar a cabeça, sim ou não. Tenho dois homens no corredor com concussões graves e preciso de algumas respostas.

— Chore um rio, Xerife Carlson. Concussões graves? Oh meu Deus. — Snape estava no seu momento mais desdenhoso.

— Olha, porque eu tomo café da manhã todos os dias no seu restaurante não significa que eu não vou fazer meu trabalho. Sua comida é boa, mas não tão boa assim. Você está acordado, Sr. Potter?

Com esforço supremo, Harry abriu um olho com um dedo. O xerife Carlson era um homem corpulento, com corte militar e barriga de cerveja, o que na experiência limitada de Harry parecia endêmico para homens americanos de uma certa idade. Ele deixou a mão cair; seu olho fechou.

— Xerife Carlson. Apenas acene com a cabeça sim ou não. Entendeu? Ótimo. Tom Parker e Johnny O'Sullivan estão no corredor com concussões graves. Uma viatura da polícia rodoviária encontrou vocês três estendidos na estrada. Com base no sangue que coletamos da bota do Sr. Parker, ele chutou você até a inconsciência. Estou certo?

Harry assentiu.

— Sabe por que ele te bateu?

Harry não respondeu. Não havia como concordar 'Ele é um psicótico homofóbico que pensou que um viado a menos neste mundo seria um serviço à comunidade.'

— O Sr. O'Sullivan bateu em você? — Harry balançou a cabeça. — Você sabe como os dois foram tão golpeados que ficaram com concussões, mas sem marcas?

Harry balançou a cabeça novamente e então fechou os olhos porque percebeu que em meio a toda a dor, sua magia. Se foi. Tudo se foi. Era como se seu coração não estivesse batendo, seus pulmões não estivessem funcionando. Algo tão profundo estava faltando que se ele não soubesse melhor, ele teria dito que tinha sido beijado por um Dementador; parecia que sua alma tinha sido sugada para fora dele.

— Você está exaurindo ele — Snape rosnou. — Se você não for embora, eu vou te jogar para fora.

— Mantenha a calma. Quando ele estiver pronto para apresentar queixa, me avise. Mais uma coisa. A patrulha rodoviária trouxe a caminhonete do Parker para cá quando os trouxeram. Deixaram-na no estacionamento. Uma Dodge novinha em folha. Deve ter pago um bom dinheiro por ela. Convenientemente, o guarda de segurança ficou doente em casa ontem à noite. Convenientemente, alguém desativou as câmeras e levou o que parece ser vários ferros de passar roupa para a caminhonete e a destruiu. O senhor não sabe nada sobre isso, não é, Sr. Smith?

Snape: the Homes Fries Nazi | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora