Capítulo 6

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John chegou à Diocese de Londres para solicitar uma licença especial de casamento com o Reverendo Porteuse e encontrou o seu advogado lhe esperando em frente à Catedral de St. Paul.

Axel Bergström era de origem dinamarquesa. Um homem de poucos recursos, mas muito talento e força de vontade. Ele administrava a parte jurídica da Wave Company, além de realizar alguns trabalhos pessoais para John. Era um homem que levava suas obrigações a sério e John apreciava isso.

– Bergström? Está esperando há muito tempo? – John estendeu a mão para o advogado e o cumprimentou.

– Não! Eu cheguei agora há pouco. – Antes de entrar na catedral, John e Axel verificaram a disposição dos documentos e, satisfeitos com o resultado, os dois se dirigiram as escadas da catedral. – Eu estou surpreso! Não consigo imaginar uma razão plausível que tenha te levado a cogitar se casar novamente e de forma tão apressada. – John sorriu de lado.

– Digamos que são negócios e prazer.

– Maya Becker. – Bergström comentou de forma enigmática. – Ela mal teve uma estreia decente na sociedade, não frequenta os eventos sociais há anos e, mesmo assim, ela continua sendo bastante comentada nos círculos sociais.

– Ela é alguém difícil de esquecer.

– Você fala como um homem apaixonado. – Bergström levantou uma sobrancelha, questionador. John não respondeu.

Eles entraram na catedral e foram guiados pelos corredores até o escritório do Reverendo Porteuse.

– Lorde Winchester! Que surpresa agradável! – O reverendo o recebeu com entusiasmo. John era um contribuinte generoso da diocese.

– Rev. Porteuse! – John cumprimentou o bispo com uma mesura. – Esse é Axel Bergström, meu sócio e advogado.

– Sr. Bergström! – O reverendo fez uma mesura em direção a Axel que devolveu com um breve aceno. Axel era um burguês, não tinha paciência para os melindres da nobreza.

– A que devo a honra de sua ilustre visita? – O reverendo indicou que todos se sentassem.

– Eu vim solicitar uma licença especial de casamento. – John pôde notar a surpresa nos olhos do reverendo do outro lado da mesa. Axel pegou os papeis e entregou ao reverendo.

– Maya Elise Becker. – O reverendo escaneou os documentos com olhos e franziu a testa. – Você vai se casar com a princesa pagã?

– Maya teve um batismo critão. – John argumentou em defesa da noiva.

– E isso não foi o suficiente para impedi-la de ser corrompida pelos costumes hereges daquele país. Pobres almas.

John se sentiu irritado com toda aquela baboseira. John acreditava que cada um tinha o direito de escolher como queria viver. Não tinha tempo para sermões. Queria apenas resolver essa questão e seguir para o seu próximo compromisso.

– Eu não vim aqui para discutir os costumes e crenças da minha noiva, Rev. Porteuse. Eu preciso de uma licença especial, e não há qualquer impedimento legal para o nosso casamento. – O reverendo murchou.

– De fato! Eu estava apenas cumprindo o meu trabalho, orientando o meu rebanho. Eu farei os preparativos para a sua licença especial, e você pode vim buscá-la amanhã.

– Agradeço.

John pagou uma quantia generosa pela licença de casamento e para aplacar o reverendo Porteuse. O homem parece ter ficado satisfeito com sua oferta, pois pareceu voltar aos bons termos com John.

Uma Esposa Para o MarquêsOnde histórias criam vida. Descubra agora