×Capítulo 17×

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Olho para o meu relógio e vejo que são 10h34 da manhã. Estava dentro do carro em frente a casa do Peter. Depois da conversa com a Julie ontem a noite, que me "indicou" procurar o Peter, que ele iria me dar os nomes que eu preciso. A casa tinha uma parecia sem vida, para uma pessoa sem vida. Era como se fosse a casa mais obscura da rua inteira, a única coisa que deixava o ar mais confortável em um lugar sombrio, era as plantas.

Saio do carro, a casa de Peter é cercada por um cerca de madeira, vejo que a porteira está aberta e resolvo entrar para ir em direção a porta e bater. Mais quando eu passo pela porteira aberta, sou surpreendido por um cachorro enorme branco com machas pretas, se aproximando de mim, latindo bravamente por eu invadir, ele está na beira de me atacar. Quando um assobio, faz ele impedir de pular em mim.

—PARE TITUS!.- ordena o homem para o cão, vindo pela porta da frente indo até em meu encontro com um charuto e um gato cinza peludo o perseguindo.

Esse homem é o tal de Peter, sua aparência está extremamente cansada, suas roupas estão marrotadas e reparei que a sua blusa está avessada. Literalmente o cara está acabado.

—Que sorte a sua, que cheguei a tempo, antes que virasse comida do Titus.- fala, degustando o charuto e tirando-o da boca, fazendo fumaça.—Ele não comeu hoje ainda.- solta um risada seca.

—Agradeço por chegar a tempo. Espero que Titus não fique bravo por perder a refeição.- falo, olhando para a fera que parece calma agora.

—Bom, a calma dele agora é um bom sinal.- fala Peter, olhando para seu cão, e volta a me encarar.—Por invadir assim a minha casa, deve ter algo motivo. Não o conheço, não é daqui, o que deseja?.- pergunta desconfiado.

—Me desculpe por entrar sem permissão.- me desculpo e prossigo.—Meu nome é Max, vim aqui para falar com você.- falo, minhas intenções.

—Falar comigo?.- fala rindo, apontando para si mesmo.—Estou muito surpreso, não vem visitas faz anos.- fala, com uma expressão de surpresa.

Peter parece perdido, e não demora muito para voltar ao presente.

—Bom....e.....Ma...- coça a cabeça, tentando lembrar do meu nome.

—Max.- falo.

—Ah sim Max, e que eu tenho TDAH. As vezes não consigo decorar nomes.- fala, e aceno entendendo.—Eu sou Peter.- se apresenta.

Decido cumprimentá-lo com um aperto de mão, mais quando eu me aproximo de Peter, seu gato rosna e mostra seus dentes afiados para mim, como um aviso para não chegar perto do seu dono. Mais que bravura esse bichano tem.

Desculpe, o Rex não é simpático com ninguém, além de mim.- fala orgulhoso, olhando para o gato.—Quem é o gatinho mais gostoso do papai? Quem é quem?.- força uma voz aguda, mimando o gato, que gostou e deita de barriga para cima para seu dono fazer carinho. Peter se abaixa para fazer carinho do gato presunçoso.

—E você, Rex.- denga mais o gato, fazendo carinho em sua barriga. O cão chega pulando em cima do Peter, feliz com o rabo balançando, lambendo a boca do seu dono. Faço uma careta de nojo.—Oh, Tititu, você também é o gostoso do papai.- denga o cachorro, batendo na sua traseira de leve.

Continuo o olhando, observando a cena dele dengando seus animais. Peter parece se lembrar de mim e se levanta.

—Sabe....impossível não dengar esses criaturinhas, são como crianças.- declara e sorrio para não ir a beira da loucura junto com ele. Peter se recompõe.—Você disse que queria falar comigo. Pode mandar para fora.- fala intrusivo.

—Na verdade quero te pedir a ajuda.- começo.—Uma pessoa me falou, que você pode me ajudar em algo que preciso.- falo, e sua expressão muda por surpreso.

Mistério Oculto (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora