Meu mundo estava de cabeça pra baixo... recém viúva, grávida de 7 meses, mãe de duas crianças de 4 anos e sozinha... Agora voltando para minha cidade Natal, com as crianças, eu espero finalmente ter paz.
Será que eu terei? É vivendo que se descobre
- Enquanto a sua vó pega as coisas, eu te levo pro meu carro, ok? - Regina pergunta - Ok. - Respondo
Regina me ajuda a sair do carro e vai andando comigo com todo cuidado do mundo, quando chegamos na porta do carro, só escutamos um único barulho... era a minha bolsa se rompendo.
- Merda! - Minha vó fala alto
Olho para Regina e a mesma estavam com um semblante desesperado e preocupado.
- Vai dar tudo certo! - Regina fala
A morena me ajuda a entrar no carro. Minha vó tranca o carro e vejo Regina mandar mensagem para alguém. Dona Ruth retorna ao carro, e nós partimos de para o hospital.
Não demorou muito para os nossos celulares começarem a dar sinal de vida e minha vó ligou para minha mãe avisando sobre o rompimento da minha bolsa. Eu estava sentada no banco de carona, ao lado de Regina, quando veio mais uma contração e a única ação que tive foi segurar no "puta que pariu" e no antebraço de Regina.
- Por Deus! - Falo choramingando
O celular de Regina tocava insensavelmente.
A morena acabou dando o celular dela para minha vó, pois não consegui atender, dirigir e me ter a apertando ao mesmo tempo.
Minha vó atendeu e explicou para os assessores de Regina que ela estava indo para o hospital e que pediu desculpas pela emergência.
Regina sussurrava para mim que estava tudo bem e que daria tudo certo.
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Nunca passou pela minha cabeça estar numa situação dessas bem na frente de Regina e com a Regina. Há muito tempo, eu sonhei em passar essa situação ao lado dela, mas depois de todo o ocorrido, definitivamente não era o que eu esperava passar.
Depois de minutos e minutos, Regina estacionou na frente da porta principal do hospital.
Lá estava os meus pais e o meu melhor amigo nervoso. Meu pai junto com os enfermeiros me ajudaram a sair do carro e só deu para ouvir a Regina falar "Eu não vou sair daqui". Me colocaram numa cadeira de rodas e me levaram para dentro.
A equipe médica já estava pronta para me acolher, eu já me encontrava no quarto, com a dra me examinando.
- Estamos com 7 de dilatação. - Dra Addison fala - Está tudo bem, né? - Pergunto - Sim, Emma! Vocês estão ótimos e ele está pronto para vir ao mundo. - Dra Addison responde
Deixo meu corpo relaxar.
A dra se despede informando que voltaria daqui a 40min mais ou menos, mas que deixaria uma enfermeira de olho.
- Onde vocês foram? - Minha mãe se aproxima - Céus, Emma! Caiu um dilúvio. - Minha mãe fala - Nós fomos no escritório, não poderíamos prever que iria cair o mundo. - Falo - Está na reta final, Emma. Não pode simplesmente dar o luxo de serelepar por aí. - Minha mãe fala - Neste ponto sua mãe tem razão. - Reviro meus olhos - Graças a Deus, sua vó foi! - Meu pai fala - Sim, e me desculpem. Não queria preocupar ninguém. - Falo - Tá tudo bem, filha. - Meu pai beija minha testa e minha mãe a minha mão - Vai ficar tudo bem agora. - Meu pai fala - Isso, e o nosso menino vai vir com saúde! - Minha mãe fala - Espera! - Minha mãe arregala os olhos - Eu não sabia que era um menino. - Meu pai fala - Surpresa! - Falamos juntas
Definitivamente não contamos para o meu pai sobre ser um menino, e muito menos deixamos ele entrar no quarto que estava pronto. Até porque essa criança está vindo adiantada!
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