02. anjos tem cabelo escuro

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────────── ࣪˖  ࣪ ⊹ ࣪ ˖ ──────────Paris, 2024

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Paris, 2024

"Ela. Poe não sabia quem ela era, e nem qual era o seu nome. Mas desde que a viu, mesmo que por um breve momento, não conseguiu tirá-la de sua cabeça.

— Você sabe quem é ela? — a loira perguntou, observando a garota que conversava com Rayssa.

— Ela não é aquela brasileira do arco? — Paige, uma skatista amiga de Poe, respondeu, encarando a mesma menina.

Pinson apenas concordou, continuando a admirar a arqueira de longe.

— Por que? — Heyn riu, olhando de forma suspeita para sua amiga.

— Cala a boca! — a loira repreendeu entre os dentes, já sabendo o que a mais nova estava insinuando.

Poe apenas parou de fitar a garota quando ela olhou para sua direção, desviando seu olhar timidamente.

Até quando a loira voltou para seu dormitório, ela não conseguiu tirar a suposta arqueira de sua mente. A skatista, já sem sono, rolava em sua cama; sua mão, quase que inconscientemente, alcançou seu celular.

Pinson piscou algumas vezes pela claridade repentina da tela, digitando rapidamente em seu celular. "Arqueira brasileira", pesquisou no Google, rolando a página até encontrar seu rosto em um artigo. Kyoung Mirae.

Ela sorriu abobalhada para a tela, pesquisando o mesmo nome no navegador. "Mirae Kyoung; atleta."

Poe não percebeu o tempo passando enquanto rolava pelo Instagram da arqueira. Poucas fotos, mas o suficiente para a skatista poder admirar a garota um pouco mais antes de finalmente ir dormir.

Já era a tarde do dia seguinte, e ainda assim, Mirae não saía de sua cabeça. A loira andava pela vila olímpica, deslizando pelo chão junto com seu skate ao lado de Paige Heyn.

— Aquela não é a menina que você gosta? — a mais nova questionou, freando na frente dela.

— Gostar? Da onde você tirou isso? — Poe arqueou a sobrancelha, parando ao lado de sua amiga e observando Kyoung andando pelo local.

— E eu 'tô errada? — ela riu, debochando da loira.

— Cala a boca — a mais velha revirou os olhos, se posicionando no skate e pegando impulso para sair andando.

Enquanto ela remava, abruptamente sentiu uma mão firme em suas costas, pressionando com força, forçando-a a inclinar-se para frente contra a sua vontade, perdendo seu equilíbrio e caindo com tudo.

Poe arfou quando sentiu o concreto em suas mãos, agradecendo por estar usando calças grossas que impediram de se ralar ainda mais. Portanto, a dor da garota foi interrompida quando uma risada ecoou em seus ouvidos.

— Você está bem?

A loira rapidamente olhou para cima assustada, se deparando com ela. Por um segundo, pensou ter morrido e estar no céu, vendo um anjo que a atingiu no coração.

— Sim, sim — ela se levantou rapidamente, envergonhada, olhando para trás apenas para ver Paige rindo.

— Eu sou a Poe! — ela disse, pensando em quão patética devia estar agora.

E quando a arqueira riu, Poe não sabia se tinha vontade de se matar ali mesmo ou de pular de felicidade.

— Meu nome é Mirae, Kyoung Mirae.

Poe olhava admirada para a garota, que aparentava estar prestes a falar algo quando foi interrompida por um homem chamando-a.

— Ah, desculpe, eu tenho que ir — a arqueira disse, dando um passo para trás. — Até mais! — ela disse, acenando enquanto sorria gentilmente, e Pinson podia jurar que uma flecha acertava seu peito.

A loira se virou de costas ainda em transe, se deparando com Heyn ainda rindo de sua cara.

— Ah sim, você não gosta dela — Paige gargalhou ainda mais.

— Eu vou me matar na sua frente.

Já havia passado um certo tempo desde o encontro entre as atletas, três dias no total. Poe não sabia se se sentia aliviada ou angustiada. Mas, por coincidência, enquanto Poe Pinson andava pelas ruas movimentadas, avistou uma pessoa familiar.

Lá estava ela. Mirae puxava a corda de seu arco, estendendo-o e abruptamente largando, fazendo com que a flecha fosse arremessada de forma certeira no alvo.

Na visão de Poe, a garota ficava mil vezes mais atraente treinando. Mas seus pensamentos foram interrompidos quando Mirae acenou para ela, oferecendo um pequeno sorriso amigável. Poe acenou, sorrindo de volta.

Kyoung trocou algumas palavras com seu treinador — que eram inaudíveis para Pinson — deixando o seu arco de lado por um momento e caminhando até a extremidade da quadra, onde as grades baixas as separavam.

— É... eu estava pensando e queria saber se você gostaria de sair. — Mirae disse. — Tipo, pela cidade, sabe?

Por mais que a loira pensasse que estava alucinando, ela concordou prontamente. Mirae sorriu, tirando o celular do bolso e entregando-o a Poe, já aberto no aplicativo 'telefone'.

Pinson hesitou por um momento, mas teclou seu número, salvando seu contato com o nome e não podendo resistir a colocar um coração ao lado.

Kyoung riu ao ver o contato salvo, mas guardou seu aparelho, olhando por cima do ombro e vendo seu treinador chamando-a.

— Depois a gente se fala! Tenho que voltar — Mirae disse, acenando novamente enquanto se afastava da grade.


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De tanto leva frechada do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?
Táubua de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde furar
── Tiro ao álvaro

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๑ oi :p

๑ to sentindo que esse cap tá melhor! Estou mais confiante.

๑ Não esqueçam de votar e comentar para me motivar! É isso, beijinhos de luz!

KILLSHOT  ,   Poe PinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora