Sem Memórias

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Aemond pensou que havia matado Lucerys naquele dia, mas o destino nunca foi seu amigo. Dias depois, ele soube por seus homens que pescadores de uma ilha perto de Ponte da Tempestade encontraram um garoto resgatado do mar.

Aemond montou em seu dragão e foi até a ilha. Não foi difícil encontrar a cabana medíocre na praia. Ele poderia terminar o que começou. Porém, sua surpresa foi grande ao saber que o garoto na cama era um ômega. Sua irmã deveria estar escondendo esse segredo, talvez para benefício próprio no futuro.

Mas outra coisa o fez ficar interessado na condição do sobrinho. Lucerys não tinha memórias. Quando aqueles olhos verdes pousaram em si, não houve nenhuma emoção ou medo. Era como se ele estivesse vazio.

"Esse homem é familiar para você, garoto?" Aemond viu olhos o analisando.

Lucerys piscou e olhou para a senhora. "Não", respondeu sem ânimo e se aconchegou nos travesseiros.

Aemond sorriu suave e olhou atentamente para o ômega.

"Ele não precisa lembrar. Vou levá-lo comigo para casa." A senhora olhou para o homem desconfiada.

"Você tem alguma relação com ele? Não vou deixar levá-lo assim."

Aemond olhou para Lucerys.

"Ele é meu esposo. Fomos prometidos há muito tempo, e ele tem uma dívida comigo. Eu posso provar." Aemond se aproximou mais.

"Ele tem um sinal de nascença de tom roxo em sua costela esquerda." A senhora sabia que era verdade.

"Qual o nome dele?" Aemond olhou por um tempo para Lucerys.

"Esmian... Seu nome é assim por causa dos seus olhos." O ômega estava tentando buscar algo em sua memória.

"Alguém já me disse isso antes. Eu não me lembro..." Aemond se aproximou dele, sentou na cama, tocando naqueles cachos escuros.

Aemond o levou para Vila Velha, para uma das casas do campo, distante do povo e das pessoas. O alfa o visitava a cada dois dias.

"Emon, como nos conhecemos?" O ômega estava sentado na janela quando o alfa entrou.

"Éramos crianças. Seu avô e meu pai nos prometeram em casamento." Aemond contou outra mentira.

"Eu quero saber mais sobre o passado. Eu tive um sonho." Aemond se indiretou na cadeira e observou atentamente o rosto do ômega.

"Que sonho, Esmian?" O garoto olhou para as mãos.

" Era uma briga. Não lembro tanto, mas sei que você estava lá. Você estava olhando para mim do outro lado da sala com seu rosto..." Aemond apertou os lábios.

"Isso foi você? Eu fiz isso com você?" Seus olhos encheram de lágrimas.

"Não chore. Você está pagando sua dívida. Você pediu para se casar comigo na época. Você insistiu que queria me compensar pelo meu olho perdido." O ômega suspirou.

"Então não estamos casados por amor? Eu estou comprido uma promessa, e mesmo assim você me trata bem depois de tudo?" O ômega segurou nas mãos do alfa.

"Você pode não lembrar... doce garoto, porém com o tempo as coisas mudam." Aemond se levantou, beijando a testa dele e saindo.

Lucerys era como um passarinho em sua gaiola dourada. Ele não poderia voar para longe.

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Os filhos da Helaena não nasceram ainda, estão eles vão ter quase a mesma idade dos filhos do Lucerys e Aemond.

No Fundo Da Minha Mente ( Lucemond)Onde histórias criam vida. Descubra agora