O tempo

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Aemond discutia com sua mãe, Alicent, horrorizada em seu quarto. Ela ouviu cada palavra sobre como ele mantinha Lucerys cativo.

"Você o manteve preso, Aemond. Você não o devolveu para Rhaenyra quando pode... E tudo isso a troco de quê?"

Aemond cruzou as mãos.

"Poder, minha mãe. Lucerys não tem memória e talvez nunca mais se lembre. Porém, ele se tornou importante para o jogo. Rhaenyra não saberá que tenho seu filho vivo, que eu estou casando com ele e que temos filhos."

Alicent apertou os punhos.

"Você construiu uma mentira, Aemond. Algum dia ele vai acordar e se lembrar de quem ele é. Como vai fazer para olhá-lo novamente?"

Aemond se levantou.

"Ele me ama. Vai me perdoar algum dia."

Naquele dia, Alicent foi a Vila Velha. Aemond entrou em sua casa; Lucerys estava no quarto cuidando dos bebês. O ômega se virou, olhando para o alfa e caminhou até ele, abraçando-o.

Alicent entrou logo depois e olhou para o garoto. O ômega encarou a mulher por algum tempo, então fechou os olhos ao lembrar de gritos e uma faca em sua direção.

Aemond segurou o ômega.

"O que foi, Esmian?"

O ômega olhou para a mulher novamente.

"Eu lembrei de algo. Foi como na noite que você perdeu seu olho por minha culpa, Emon. Lembrei dela."

Aemond tranquilizou o ômega.

"Ela é minha mãe. Você lembrou da briga dela com minha irmã. Foi Rhaenyra que te mandou me ferir, e minha mãe estava lá tentando nos proteger dela."

O ômega parecia surpreso; então, timidamente olhou para a mulher.

"Me perdoe, minha sogra. Não sabia disso."

Alicent olhou para o garoto com pena. Aemond estava manipulando cada memória do ômega, mas ela não disse nada.

"Tudo bem, Esmian. Eu estou fazendo uma pequena visita. Vim olhar meus netos."

O ômega sorriu e caminhou com a mulher até o berço. Alicent viu os cachos prateados; eles eram filhos de seu Aemond.

"Eles já têm nomes?"

O ômega se inclinou no berço e olhou com amor para seus filhos. "

Aeron e Visenya. Emon disse que sua filha também teve filhos, mas não podemos sair por causa da Rhaenyra, que ela está travando uma guerra. Emon não me conta muito mais; eu queria saber sobre minha família."

Alicent olhou para o ômega. Aemond já disse o que ela deveria contar ao ômega.

"Você é filho único, Esmian. Seus pais morreram em um incêndio em Harrenhal. Seu avô era um amigo próximo do meu marido, e você cresceu junto com meus filhos."

O ômega analisou com cuidado.

"Eu realmente não me lembro disso, mas às vezes eu sonho que estou brincando com outras crianças e olhando para o mar."

Alicent olhou para o garoto.

"Não se preocupe em lembrar. Apenas mantenha seu dever e honra cuidando deles."

O ômega ficou quieto. Uma voz gritou em sua cabeça: "Aonde está a honra? O dever? O sacrifício!" Esmian ignorou aquilo e sorriu para a mulher.

Anos depois.

O ômega já tinha 21 anos, seus filhos estavam brincando no jardim com algumas servas ao seu lado, o castanho observou um Dragão voar pelo pátio, ele se levantou colocando a mão sobre a barriga de 3 meses. As crianças correram animadas ao notar seu pai entrando em casa, Aemond se abaixou para carregar as duas crianças. O alfa viu o ômega se aproximando, Aemond fez questão que durante esses 6 anos de casamento, Lucerys usasse a cor verde de sua casa.

"Emon você voltou mais cedo.." Lucerys disse olhando para o alfa.

Aemond beijou a testa do ômega.

"Vila Velha não é mais segura, Rhaenyra declarou guerra, você e as crianças vão comigo para o castelo"

O ômega segurou sua barriga com cuidado.

"Emon eu não entendo, pensei que a guerra fosse apenas da realeza não nossa"

Aemond trouxe o ômega para perto.

"Eu nunca quis te contar pois não achei importante, mais meu pai era o rei, antes de morrer ele quis que meu irmão fosse rei, porém Rhaenyra está brigando para usurpar o trono, por isso ela queria te matar, se meu irmão morresse e ele não tivesse filhos, os próximos ao trono seriam nós"

O ômega olhou para seus filho e apertou sua barriga com medo.

"Ela mataria as crianças?" O ômega disse em um fio de voz.

"Sim, ele mataria todos nós.."

O ômega com medo abraçou o alfa, ele não queria perder sua família, então estranhamente ele se lembrou de uma voz, se um dia eu for Lord  será porque todos morreram vovó.

O ômega fechou os olhos ignorando a voz.

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Tadinho.

No Fundo Da Minha Mente ( Lucemond)Onde histórias criam vida. Descubra agora