No Fundo Da Minha Mente ( Lucemond)

Sem Memórias

Aemond pensou que havia matado Lucerys naquele dia, mais o destino nunca foi seu amigo. Ele soube dias depois por seus homens que pescadores de uma ilha perto de Ponte da tempestade, acharam um garoto resgatado do mar. O alfa então montado em seu dragão foi até a ilha, não foi difícil encontrar a cabana medíocre no meio da praia, ele poderia terminar o que começou. Porém sua surpresa foi grande ao saber que o garoto na cama era um ômega, sua irmã deveria está escondendo esse segredo, talvez para benefício próprio no futuro, mas outra coisa o fez ficar interessado na condição do sobrinho.

Lucerys não tinha memórias, quando aqueles olhos verdes pousaram em si, não houve nenhuma emoção ou medo, era como se ele estivesse vazio, sua testa um pouco perto dos cachos castanhos havia uma cicatriz muito bem costurada, a senhora ao lado do garoto segurou seus ombros, ela contou que o garoto devido a queda estava sem memória.

"Esse homem é familiar para você garoto?"

Aemond viu olhos o analisando, Lucerys piscou e olhou para a senhora.

"Não" Lucerys respondeu sem ânimo e se aconchegou nos travesseiros.

Aemond sorriu suave e olhou atentamente para o ômega.

"Ele não precisa lembrar, vou leva-lo comigo para casa"

A senhora olhou para o homem desconfiada, a aparência dele era nobre demais para ser um simples homem.

"Você tem alguma relação com ele, não vou deixar leva-lo assim"

Aemond olhou para Lucerys, esse garoto era dele, havia uma dívida.

"Ele é meu esposo, fomos prometidos a muito tempo e ele tem uma dívida comigo, eu posso provar" Aemond se aproximou mais. " Ele tem um sinal de nascença de tom roxo em sua costela esquerda"

A senhora sabia que era verdade, ela viu o sinal e até mesmo pensou que fosse um machucado não sarado.

"Qual o nome dele?" A senhora ainda estava em dúvida.

Aemond olhou por um tempo para Lucerys, qualquer memória agora seria perigosa para ele, o alfa olhou para os olhos no ômega, aquela parte bonita do verde.

"Esmian.." Aemond disse calmo." Seu nome é assim por causa dos seus olhos"

O ômega estava tentando buscar algo em sua memória, meus olhos, eles lembravam os olhos de alguém? . Uma voz ecoou em sua cabeça, alguém uma vez falou de seus olhos, que eram iguais ao dela.

"Alguém já me disse isso antes, eu não me lembro.."

Aemond se aproximou dele, sentou na cama tocando naqueles cachos escuros, havia um desejo dentro de Aemond.

"Não se preocupe com isso, não tenha pressa doce garoto"

🍃

Aemond o levou para Vila Velha, para uma das casas do campo, distante do povo e das pessoas, claro que deixou dois servos de confiança para vigiar o garoto de perto, o alfa o visitava a cada dois dias, o alfa mentiu dizendo que trabalhava na capital com os nobres. Lucerys acreditou, ele por um momento parecia não se importar, ele queria apenas lembrar. Essa casa era deles, eles moravam aqui? Porque não lembrava disso?.

O ômega estava sentado na janela quando o alfa entrou.

"Emon como nos conhecemos?"

Seu nome, era outra mentira que contou ao ômega.

Aemond se sentou na cadeira, o ômega se sentou em sua frente esperançoso por respostas.

"Eramos crianças, seu avô e meu pai nos prometeram em casamento" Aemond contou outra mentira.

O ômega ainda tentava lembrar, mais era difícil, ainda mais depois de um sonho que teve na noite anterior.

"Eu quero saber mais sobre o passado, eu tiver um sonho"

Aemond se indiretou na cadeira e observou atentamente o rosto do ômega.

"Que sonho Esmian?"

O garoto olhou para as mãos.

"Era uma briga, não lembro tanto mais eu sei que você estava lá, você estava olhando para mim do outro lado da sala com seu rosto..."

Aemond apertou os lábios e segurou na mão do ômega.

"Acho que sei do que está falando, eu pedir meu olho naquela noite por sua causa"

O ômega o olhou assustado.

"Isso foi eu? Eu fiz isso com você" Seus olhos encheram de lágrimas, Aemond por um segundo se sentiu satisfeito, ele queria que Lucerys chorasse pela dor que causou nele,  ele queria que o ômega sofresse.

"Não chore, você está pagando sua dívida, você pediu para se casar comigo na época, você insistiu que queria me compensar pelo meu olho perdido"

O ômega suspirou parecendo chateado.

"Então não estamos casados por amor? Eu estou comprido uma promessa e mesmo assim você me tratar bem depois de tudo?" O ômega segurou nas mãos do alfa.

"Você pode não lembrar...doce garoto porém com o tempo as coisas mudam" Aemond se levantou beijando a testa dele e saindo.

Lucerys era como um passarinho em sua gaiola dourada, ele não poderia voar para longe.

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Os filhos da Helaena não nasceram ainda, estão eles vão ter quase a mesma idade dos filhos do Lucerys e Aemond.