Barmen

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Na manhã seguinte, Akatsuchi saiu apressado em direção ao escritório de sua superior. Bastante atrasado, ele acaba perdendo o horário porque dormiu mais do que o necessário. Quando chegou lá, encontrou Kurotsuchi na porta conversando com um ninja da polícia militar.

Quando ela notou a presença dele, o fitou de soslaio, para logo depois o encarar seriamente. Akatsuchi sorriu sem jeito e coçou a nuca. Kurotsuchi não gostava de atrasos.

— Você só precisa colocar mais pessoas de prontidão. Entendido? — disse firme para o guarda.

— Sim, senhora. — o homem confirmou e desapareceu em uma nuvem de fumaça.

— Peço perdão pela demora.

Kurotsuchi ergueu uma sobrancelha ao ouvir a voz. Chegar atrasado para um dia de trabalho não era comum para Akatsuchi.

— Tenho certeza que não vai se repetir. — decretou ela. E ele concordou.

Kurotsuchi caminhou de volta para dentro do seu escritório com Akatsuchi em seu encalço. A Tsuchikage estava em completo silêncio. O rosto calmo, aparentando não sentir que tinha qualquer dever ou problema na sua frente. Akatsuchi estava preocupado, pois sentia que Kurotsuchi queria apenas deixar tudo para trás. E esquecer de Deidara.

— Então. — falou ele com incerteza. — Sobre ontem, o Deidara é, você vai fazer alguma coisa a respeito não é mesmo?

O guarda-costas observou Kurotsuchi sentar em frente à mesa elegantemente.

A morena pegou uma pilha de papéis organizados, e uma caneta preta. Passando a ler com cuidado os documentos. Pretendia ignorar o que o amigo disse, mas sabia que Akatsuchi não ia desistir fácil. Suspirando, olhou para ele em seguida.

— O que você sugere que eu faça? — a voz carregada de sarcasmo. — Kurotsuchi não era uma grande fã do Deidara, mas depois do que ouviu de Onoki podia ter mudado um pouco de posição. Contudo, Kurotsuchi tinha seus motivos. E Akatsuchi conhecia quais. Mas não era certo deixar tudo por isso mesmo.

Akatsuchi limpou a garganta antes de responder Kurotsuchi.

— Talvez ir atrás dele? É uma boa opção.

— Ir atrás dele. — Kurotsuchi repetiu a frase do amigo. — Você quer realmente que eu traga uma pessoa como Deidara de volta para a nossa aldeia?

— Mas ele não é um criminoso. Onoki-san deixou isso claro naquela carta. O Deidara só fez o que foi ordenado.

Kurotsuchi ficou furiosa quando ouviu aquela constatação dita em voz alta. Parecia ilógico.

Onoki explicou vagamente na carta que ficou sabendo das atividades da akatsuki muito antes das outras nações terem qualquer conhecimento.

Logo após pediu para que Deidara se infiltrasse no meio deles se valendo do desejo do outro de ter o kinjutsu secreto de Iwagakure. Conseguiu a lealdade de Deidara em troca do dever de ser um espião. "Dois coelhos com uma cajadada só" fora o que o avô lhe ensinou desde pequena.

Contudo, ainda sentia que algo na história que foi lhe contada estava errado. Por que o avô só conseguiu revelar isso depois de morto? Do que ele tinha tanto medo, afinal?

Porém, o fato de Onoki nunca ter demonstrado interesse em mandar pessoas atrás de Deidara, mesmo sabendo que ele era valioso para a aldeia, e um nukenin rank s. Isso era no mínimo estranho. E perguntava sempre para o avô. Mas nunca teve resposta. Todos os nukenins eram procurados por suas respectivas aldeias. Mas em Iwagakure era como se Deidara fosse intocável.

Agora, anos depois, Deidara ressurgiu vivo. E Onoki sempre soube de seu paradeiro. O fato do avô ter escondido aquela situação alarmante causava uma raiva enorme. Trazer Deidara de volta para aldeia? Ela não podia fazer isso. Para isso teria que explicar para os civis os verdadeiros motivos por trás de tudo.

Deixe a luz entrar (Kurodara) Onde histórias criam vida. Descubra agora