Kurotsuchi tinha oito anos de idade quando foi informada por Onoki que ele ia trazer mais de uma pessoa para ser seu aluno.
O plano era treinar uma equipe de três pessoas para que assim no futuro o que se destaca-se melhor em poder e méritos, pudesse o suceder como o próximo Tsuchikage.
Como Kurotsuchi era neta dele, sempre achou que fosse ser a escolhida. Desta forma, nunca se preocupou tanto.
No início, ela ficou triste por essa decisão repentina do avô.
Mas depois ficou animada porque viu uma oportunidade de conhecer novas pessoas. Visto que, por seu status em Iwagakure, as outras crianças geralmente ignoram sua presença. Com receio de se aproximarem da neta do Tsuchikage. Ela nunca chegou a ter um amigo.
Akatsuchi foi o primeiro que Onoki assumiu como aluno.
Ele era um menino reservado, tímido e com jeito de alguém que vivia dentro de um mundo de fantasia. Kurotsuchi recordava-se que demorou bastante para conseguir criar laços com ele. Visto que sempre que procurava se aproximar, Akatsuchi saia correndo por algum motivo.
Um mês depois, ela conheceu o Deidara.
Onoki o encontrou em um dos orfanatos da aldeia da pedra.
Contudo, logo o Tsuchikage a explicou que sempre soube da existência dele e que assim como ele mesmo, o menino também tinha uma herança genética rara. Descendente de um dos maiores clãs de Iwagakure, que havia desaparecido durante a terceira guerra ninja.
De imediato, percebeu que Onoki tinha apostado esperanças no garoto sobre alguma coisa. Por causa da atenção excessiva que ele dava para o pequeno loiro. Mas não deixou se abalar por isso.
Com Deidara não foi difícil fazer amizade. E o loiro logo se aproximou dela. Kurotsuchi ficou admirada com as esculturas que ele fazia, mas também, com o jutsu especial que ele tinha em que conseguia fazer essas mesmas esculturas ficarem maiores e vivas usando o seu chakra.
Deidara tinha bocas nas palmas das mãos. Ele explicou que com isso poderia também usar a liberação da explosão, que era seu poder original. E fazer bombas. Mas que ainda não havia descoberto os mecanismos que precisaria realizar para ser capaz de despertá-lo.
— Vai chegar o dia que vou conseguir usar meu kekkei genkai. Espere e verá. — o loiro falava com orgulho na voz. Kurotsuchi o observava com o cenho franzido. Por dentro ela achava muito engraçado o jeito que ele falava de si mesmo.
— Estou torcendo por você, então. — ela riu.
— Você também é muito talentosa, Kurotsuchi. Eu respeito a sua arte.
— Minha arte?
Deidara começou a sorrir de repente com o ar sonhador. Kurotsuchi ouvia o discurso dele com bastante interesse. De que arte ele falava, afinal?
— Para mim todos os estilos e jutsus usados por outros ninjas são considerados artes também. E ver cada um deles fazendo isso é um espetáculo. Sabe, todas essas infinitas probabilidades de criações que existem por aí aldeia a fora. Você não acha que isso é muito extraordinário?
A conversa das duas crianças era observada de perto por Onoki, que achava Deidara muito filósofico e com ideias pouco normalizadas. Talvez chegasse a ser um prodígio. Ou quem sabe o que o futuro pudesse aguardar para ele.
— Que legal! Nunca tinha visto por esse lado. — Kurotsuchi falou. Enquanto Deidara formava uma borboleta com sua argila e fazia ela voar pelos ares. Os dois ficaram encarando por um tempo.
— Um dia vou te mostrar como a vida pode ser bela. Vou provar que existem bastante coisas incríveis a ser admiradas pelo mundo, hm.
Kurotsuchi retornou de volta a atualidade. A mente distraída no passado. Ela olhava através da janela de seu escritório o entardecer do dia. Às vezes se pegava pensando em quanto às coisas haviam mudado desde aquela época.
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Deixe a luz entrar (Kurodara)
FanfictionO terceiro Tsuchikage havia deixado um envelope intrigante em seu leito de morte. Mas Kurotsuchi se negou a dar ouvidos a seu amigo, referente a importância do conteúdo da carta. Quinze anos após os eventos da queda da Akatsuki, uma pertinente figur...