Conexões Inesperadas

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Após uma noite cansativa, Peter Parker se dirigiu ao telhado de um prédio próximo ao museu. Ele havia acabado de impedir um assalto na Quinta Avenida, e o peso de sua vida dupla parecia maior do que nunca. "É incrível como Nova York nunca dorme, mesmo quando você quer que ela dê uma pausa, só pra variar."

Chegando ao telhado, ele avistou uma figura que já conhecia: o Demolidor. "Ótimo, o cara das sombras. Só o que faltava... Será que ele também passou por aquele caos na Quinta Avenida? Mas, pensando bem, ele provavelmente só ouviu falar."

Sem hesitar, Peter se aproximou. "Demolidor? Que coincidência a gente se encontrar aqui."

O Demolidor se virou lentamente, reconhecendo a voz. "Aranha. Não sabia que você era um amante das artes."

"Se ele soubesse quantas vezes eu pensei em me enfiar num museu pra fugir das câmeras do J.J., talvez até me considerasse um patrono das artes," Peter pensou, mas em vez de dizer isso, ele respondeu com uma piada: "Não é bem o meu estilo. Mas museus à noite têm algo especial, você não acha? Como uma vibe de filme de terror barato."

O Demolidor deu um pequeno sorriso. "Acho que estamos prestes a descobrir."

Antes que pudessem continuar, um barulho vindo de dentro do museu chamou sua atenção. Eles compartilharam um breve olhar, e sem dizer mais nada, ambos avançaram silenciosamente para a entrada.

Dentro do museu, as luzes piscavam e as sombras dançavam nas paredes, criando um ambiente quase surreal. As ilusões de Mistério já estavam em pleno funcionamento. "A única coisa mais irritante do que ser perseguido por criminosos de verdade é ser perseguido por criminosos que mexem com a sua cabeça. Será que ele nunca ouviu falar de terapia?"

Enquanto se moviam pelo local, o Demolidor parou abruptamente. "Cuidado, Aranha. Algo está errado. As imagens não fazem sentido."

Peter olhou ao redor, as ilusões começando a afetá-lo também. "O cara realmente investiu em efeitos especiais. Ponto pra ele, menos ponto pra minha sanidade." Ele balançou a cabeça, tentando clarear a mente. "É o Mistério. Ele deve estar por aqui, brincando com a gente."

"Ilusões... Elas não me afetam da mesma forma que afetam você. Posso guiar a gente," o Demolidor disse, tentando tranquilizar Peter.

"Legal, o cara é praticamente imune à magia do cinema. Sorte a minha," Peter pensou, enquanto seguia o Demolidor. Juntos, avançaram pelo museu até finalmente encontrarem Mistério no salão principal, onde ele parecia estar desfrutando de sua criação caótica.

"Ah, então os heróis resolveram aparecer," disse Mistério com uma risada maquiavélica. "Não importa o quanto vocês tentem, este será o meu maior espetáculo!"

"Espetáculo? Mais parece uma apresentação de mágica mal ensaiada no parque," Peter refletiu, mas em vez de expressar seu sarcasmo em voz alta, ele respondeu: "Desculpa, cara, mas o show acabou."

O Demolidor, sem hesitar, avançou para desferir um golpe rápido, mas foi envolto em uma névoa ilusória criada por Mistério. Peter, percebendo a vulnerabilidade da situação, usou suas teias para prender Mistério, puxando-o para o chão.

Depois de uma breve luta, onde Mistério tentou em vão confundir o Demolidor e o Homem-Aranha com suas ilusões, ele finalmente foi derrotado, imobilizado pelas teias de Peter.

Com o vilão neutralizado, os dois heróis se afastaram, dando espaço para a chegada da polícia. "Mais um dia, mais um maluco amarrado com teia. E as pessoas ainda se perguntam por que eu tenho dores nas costas."

"Fizemos um bom trabalho aqui, Aranha, mas isso é só uma peça de um quebra-cabeça muito maior," disse o Demolidor, sua voz voltando ao tom sério.

"Tá falando do Fisk, não é?" Peter perguntou, agora mais atento.

"Exato. Esse cara tem controle sobre mais áreas da cidade do que você pode imaginar. E o Mistério aqui... Ele é só mais uma marionete nos esquemas do Fisk."

"Já cruzei o caminho do Fisk algumas vezes, e deixa eu te contar, não é o tipo de pessoa que você quer encontrar no beco escuro," Peter pensou antes de responder. "Wilson Fisk tem os dedos em todos os cantos da cidade. Mas o que exatamente você sabe sobre ele?"

"Não o suficiente, mas mais do que eu gostaria," o Demolidor respondeu, sua voz carregada de peso. "Fisk tem uma fachada limpa, um empresário respeitável. Mas por trás disso, ele é um monstro, controlando o submundo do crime. Eu tenho tentado desmantelar sua operação há algum tempo, mas ele sempre escapa."

Peter suspirou, sentindo o peso da responsabilidade. "Então, estamos no mesmo barco. Eu já cruzei o caminho dele algumas vezes, mas ele sempre dá um jeito de sair limpo."

"Precisamos trabalhar juntos nisso, mesmo que não permanentemente. Trocar informações, ficar atentos aos movimentos dele. Fisk é um perigo real, e sozinho nenhum de nós tem força suficiente para derrubá-lo."

"Trabalhar juntos, hein? Tá, posso lidar com isso. Mas, só pra deixar claro, as piadas ainda são minha especialidade."

O Demolidor esboçou um sorriso quase imperceptível. "Acredito que posso sobreviver sem elas."

Enquanto as sirenes se aproximavam, Peter sabia que essa aliança improvável com o Demolidor poderia ser o início de algo crucial. Mas também sabia que a guerra contra Wilson Fisk estava apenas começando.

Com tudo isso em mente, Peter se lançou de volta aos céus de Nova York, com a sensação de que a noite estava longe de acabar. "Talvez amanhã eu consiga ser apenas Peter Parker, nem que seja por algumas horas. Mas... Quem eu estou enganando? Isso nunca acontece."

O Espetacular Homem-Aranha: Teias CruzadasOnde histórias criam vida. Descubra agora