END GAME • JULIA BERGMANN

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Era segunda-feira, o espírito competitivo pairava no ar desde o amanhecer. Julia e as outras meninas acordaram cedo, ansiosas para dar o seu melhor em quadra. S/N despertou logo em seguida, sozinha no quarto, com o som do despertador. Agradeceu mentalmente por ter fechado as cortinas na noite anterior, evitando que os intensos raios de sol do Texas a despertassem antes da hora. Após um banho revigorante, vestiu-se e pegou o celular para verificar as mensagens. Entre elas, uma de Julia avisava que ela e o restante do grupo já estavam no restaurante do hotel tomando café da manhã.

Ao descer de elevador, S/N encontrou Diana, Nyeme e Macris. Elas se cumprimentaram e conversaram descontraidamente sobre as expectativas para o dia enquanto caminhavam até o restaurante. Lá, todo o time estava dividido em duas mesas, envolvido em conversas animadas enquanto desfrutavam do café da manhã. Ao se aproximar, S/N notou um lugar vazio ao lado de Julia, que sorriu ao vê-la chegar.

"Bom dia"- S/N se dirigiu a todas as meninas da mesa com um sorriso, inclinando-se sobre uma das cadeiras para deixar um beijo suave na bochecha de Julia, que retribuiu com um sussurro carinhoso: "Bom dia."- "Como estão? Ansiosas para o jogo?"- Se sentou na cadeira.

"Ansiosa é pouco"- Thaísa respondeu tomando um pouco de seu café - "Não vejo a hora de acabar com essas chlicleteiras hoje e acabar com aquelas nanicas na quarta feira"

"Nossa, as japonesas estão me assombrando"- Gabi comenta- "são muito rápidas, isso me assusta"

S/N riu suavemente do comentário de Gabi, enquanto pegava um pedaço de pão para se servir: “Elas são rápidas mesmo, mas vocês melhores! Eu tenho certeza que a vitória já é de vocês"

As meninas ao redor da mesa concordaram com acenos e sorrisos determinados. Thaísa, sempre a mais competitiva, falou: “É isso aí, S/N! Hoje, a gente vai mostrar para elas o que é jogar contra um time de verdade.”

Julia, que estava ao lado de S/N, desviou o olhar para as meninas de forma brincalhona: "Espero que vocês entrem no jogo com o ódio que vocês estavam no manchetão ontem"

"Eu vou estar com mais, Juju"- Nyeme diz

As risadas tomaram conta da mesa após o comentário de Nyeme, aliviando um pouco da tensão que pairava no ar.

Julia concordou com a cabeça: "Gosto assim"

Carol, que até então estava mais quieta, entrou na conversa: "Se for para entrar com mais ódio, o coitado do Zé vai infartar a cada jogada arriscada que a gente fizer"

As risadas se intensificaram com o comentário de Carol, imaginando a reação do técnico Zé Roberto à medida que as jogadas ousadas começassem a aparecer em quadra. Ele sempre foi exigente, mas sabia que aquele time tinha algo especial, e que esse “algo” poderia muito bem ser o diferencial para alcançar a vitória.

Thaísa, ainda rindo, deu um leve tapinha no ombro de Carol: “Acho que o Zé já está acostumado com nossas loucuras, mas é melhor a gente não abusar, hein? Vamos manter o foco.”

“Com certeza” - Gabi concordou, já terminando seu café - “Mas, ao mesmo tempo, vamos nos lembrar de jogar com coração e alegria. Isso é o que realmente nos diferencia.”

As meninas acenaram, sabendo que Gabi estava certa. No final das contas, o jogo não era apenas sobre táticas e estratégias; era sobre paixão, sobre a conexão que tinham umas com as outras e com o esporte que amavam.

Com o café da manhã chegando ao fim, as meninas começaram a se levantar, pegando suas coisas e se dirigindo ao saguão do hotel, onde o ônibus já as aguardava. S/N pegou sua bolsa com os equipamentos de fotografia e seguiu em direção ao fundo do ônibus. Escolheu um assento ao lado da janela, acomodou-se e, com o celular em mãos, abriu sua conversa com Renata.