Entre a Fama e a Verdade - Timothée Chalamet

Capítulo 45 - Algumas semanas depois...

Sofie

As semanas seguintes à estreia foram um turbilhão de emoções e caos. Cada noite no palco era um misto de adrenalina e exaustão. Estava fazendo o que amava, mas a rotina intensa estava me consumindo. A mídia não me dava descanso. Desde que surgiram aqueles boatos sobre o meu relacionamento com Timothée ser um contrato, os paparazzi estavam em cima de mim como uma praga. Eu estava sempre sendo seguida, sempre com uma câmera na minha cara. A pressão era constante e, às vezes, me sentia como se estivesse vivendo em um reality show no estilo Keeping Up with the Kardashians, mas sem ter assinado nenhum contrato pra isso.

A vida no teatro era intensa. Me apresentava quatro vezes por semana, e nos dias que seriam teoricamente livres, eu ainda precisava ensaiar, participar de entrevistas e campanhas de publicidade. A adrenalina de estar vivendo a carreira que sempre sonhei era viciante, mas o peso da responsabilidade estava começando a se acumular. Não é fácil manter o controle quando você está no limite, mas o público e as críticas positivas eram uma recompensa que me faziam seguir em frente, mesmo quando parecia que eu estava à beira do colapso.

Enquanto isso, Timothée estava na Jordânia, terminando as gravações de Duna – Parte 1. A gente conversava quase todos os dias por telefone, tentando manter nossa conexão, apesar das diferenças de horário e da correria das nossas rotinas. Ouvir a voz dele me dava forças, mas a saudade estava começando a se tornar uma dor constante. Eu estava desesperada para tê-lo ao meu lado, ansiosa para que ele voltasse logo para Nova York. Ele havia comentado que não iria conseguir chegar a tempo de assistir a nenhuma das minhas apresentações no teatro, e isso me incomodava muito. Eu dei um jeito de estar com ele no Dia de Ação de Graças, e agora queria que ele fizesse o mesmo por mim. Mas não... Ele decidiu que viria de avião com o restante do elenco, o que levaria mais de 24 horas de viagem, por conta das conexões.

Minha mãe, Barbara, ficou comigo depois que Nicole teve que voltar para a França. Ela estava tentando me manter centrada, mas eu estava começando a me perder. A pressão e o estresse começaram a afetar minha saúde física também. Eu estava vomitando, com dor de barriga e uma tontura constante. Mal conseguia parar para comer direito. E minha mãe, achando que estava aliviando o clima, fazia brincadeiras e piadinhas constantes, falando que eu estava grávida.

Barbara:— Filha, você tem certeza que não está esperando um bebê? Esses sintomas... Não quero te assustar, mas... Já pensou que pode ser um netinho vindo por aí? — ela dizia, com aquele tom de voz que me deixava irritada.

Eu, tentando manter a calma, respondia com os dentes trincados:

Sofie: — Mãe, pelo amor de Deus, eu tomo anticoncepcional direitinho. E mais, eu não vejo o Timothée há mais de um mês. É fisicamente impossível.

Mas ela, sem perder o humor, soltava:

Barbara: — Ah, mas quem disse que é do Timothée, provavelmente o pai é o Jacob, vocês se pegam quase todos os dias nessa peça.  —Ela falava rindo, como se fosse engraçado.

Era a gota d'água. Eu odiava essas insinuações, especialmente porque minha mãe não sabia que o Jacob tinha uma queda por mim e que Timothée morria de ciúmes dele. Ela achava graça, mas eu ficava possessa. Não conseguia deixar de me sentir frustrada com a falta de sensibilidade dela.

Tom era a única pessoa que me acalmava. A gente se via quase todos os dias. Ele me dava conselhos e conversava comigo sobre tudo. Amanhã seria minha última apresentação na peça, e eu estava ansiosa e nervosa. Sabia que seria tão importante quanto a apresentação de estreia, pois o teatro estaria lotado e seria o encerramento de um ciclo extremamente importante na minha vida, um ciclo que mudou completamente a minha carreira.