— Vocês já se conhecem? — Diz Ggukie. O garoto de olhos azuis entra pelo quarto e involuntariamente, eu me encolho e me agarro no braço esquerdo do Ggukie.
— Já, ela tentou me beijar, mas eu sou homem de uma mulher só. — Diz, pegando uma caixa preta da gaveta de sua mesa da cabeceira.
— Até parece, Rafael. Para de falar merda. — Diz Ggukie.
— Inclusive, caso vocês forem transar, podem ficar a vontade, não vou atrapalhar e volto apenas amanhã, ok?
— Vai embora logo.
Rafael se retira e fecha a porta com muita violência. O barulho foi muito alto e parece que Ggukie não gostou nem um pouco.
— Vai bater essa porra de porta assim na sua casa! — Diz ele, depois de abrir a porta.
— Não estou te escutando, otário! — Mostra os dedos do meio das duas mãos.
Ggukie fecha a porta, e liga a TV parecendo frustrado.
— Filho da puta. — Fala em voz baixa.
— Dá pra você se acalmar Guto? — Digo para ele. Ele me olha e fecha os olhos soltando um longo suspiro.
— Ok, desculpa. É que já estou aqui faz uma semana e meia e ele não para de me encher desde que chegou. E essa foi a primeira vez que eu explodi assim. — Ele deita na cama da direita (que provavelmente é a dele, óbvio) e sinaliza para que eu o acompanhe.
— Como assim? Você o ignora? — Me junto a ele na cama.
— Exato, mas por algum motivo... quando ele falou esse tipo de coisa absurda perto de você, eu... sei lá, não me controlei. — Ele nos cobre com uma manta de espessura média e tira seu casaco preto, ficando apenas com uma camisa branca.
— É o que ele quer que aconteça, ninguém pensa direito com raiva. — Digo analisando a estampa da manta. São vários lírios alaranjados.
— Tem razão. — Ele, então coloca um de seus braços ao redor de meu pescoço e me puxa para mais perto, fazendo minha cabeça ficar junto ao seu obro. — Espertinha...
— O que? — Respondo.
— O que houve entre vocês? Você ficou alerta, calada e assustada. Ficou com tanto medo que eu me senti na obrigação de perguntar. Claro, não se sinta pressionada. — Seus olhos brilhantes encontraram os meus e ele me acolheu do jeito que eu preciso, mesmo que inconscientemente.
— Ah, sei lá... ele age feito um idiota, então eu imaginei que deveria tomar cuidado. — Ele fecha os olhos, claramente não acredita em mim.
— Sabe que não me convenceu, vamos conversar sobre isso quando você estiver mais a vontade e mais calma, tudo bem? — Ele liga a TV.
— Maravilha. — Me aconchego em seus ombros e sinto um cheiro muito bom... Kaiak.
— Enfim, o que quer assistir? — Diz Ggukie.
— Vamos continuar a série que começamos lá em casa? — Digo, esquecendo de que estou numa faculdade.
— Em casa? — Pergunta ele, com o rosto próximo ao meu.
— Ah, é! Kkkkk, desculpa, força do hábito.
— Ok, vamos lá.
Ficamos assistindo até tarde. Depois de uns dois ou três episódios, começamos a assistir filmes infantis. Eu confesso que amo esses filmes e ele pareceu gostar também. Olhei para o relógio, eram 00:20.
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Espertinha (EM ANDAMENTO)
RomanceNathaly é uma menina que acabou de se mudar para o centro da cidade mais rica do seu país. Dedicada aos estudos, Nathaly entra na universidade dos sonhos e lá, se aproxima um garoto muito compreensivo e que compartilha dos mesmos gostos que os dela...