⚠️ Despensa desgraçada ⚠️

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11:50

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— Ah! Eu vou pagar só dessa vez! Para garantir que você não vá comer o meu almoço. — Diz o Gui, pegando dois hambúrgueres e entregando um deles pra mim.

— Ah, obrigado Guinho, você é muito generoso! — Digo já atacando meu lanche.

— Não vai se acostumando não hein.

— Claro que não. Relaxa Guinho, na próxima eu pago pra você. — Digo enquanto íamos a quadra, novamente.

— Rum, acho bom.

Demoramos algum tempo para chegar à quadra, quando chegamos, nos sentamos nas cadeiras do lado de fora da sala com tabuleiros de xadrez e assistimos a algumas partidas divertidas. O bom de ficar do lado de fora é que podemos falar abertamente sobre as jogadas, dar nossas sugestões e etc. Terminamos de comer e continuamos dando nossas sinceras opiniões, até que, de repente uma bola de futebol acerta minha cabeça com força. A dor não foi imediata, ao contrário da raiva que tomou conta do meu corpo por completo em questão de míseros segundos. Me virei, levantei e vi aquele garoto loiro de mais cedo vindo em minha direção.

— Oh idiota! — Grito, me referindo a ele. Seus olhos azuis que, antes demonstravam pena, agora estavam cheios de raiva. — Não tem olhos suficientes pra ver que tem gente aqui?

— Não me culpe sua trouxa, a bola toma o rumo que quer. E se ela quis acertar essa sua cabeça cheia de minhocas, o problema é todo seu. — Diz como se tivesse um chicote no lugar da língua. Pegou a bola e se virou para voltar à quadra.

— Quero ver se o problema vai ser meu quando essa cadeira encontrar o rumo dela na sua fuça. — Digo, mais ríspida do que pretendia. Ele parou de se dirigir de volta a sua "competição interna" e levou seu rosto próximo ao meu.

— Experimenta. — Diz provocativo.

— Ou o que? — Digo pausadamente enquanto chegava ainda mais perto.

— Ou, vocês dois! Parem com isso. — Escuto Guilherme falar e então ele se levanta e separa nós dois.

— Quer saber? Volta a assistir esse joguinho idiota, eu me resolvo com você mais tarde. — Diz o garoto estranho com sangue nos olhos. Ele volta à quadra com a bola em mãos e a entrega para o goleiro. O jogo continua.

Eu apenas levanto e saio dali, não queria ver a cara daquele sujeito de jeito nenhum. Guilherme vem atrás de mim e me segue conforme passávamos ao lado do campo que continha um chafariz em formato de baleia no centro.

— Não vai deixar ele estragar seu dia, não é? — Pergunta Gui, tentando acompanhar meus passos apressados.

— Claro que não! Além de não valer a pena, ele não merece um pedaço do terço da minha atenção. Foda-se ele.

— É assim que se fala!

— E eu iria sair de qualquer jeito, tenho aula às 13:30. E depois outra às 18:20. Que maravilha, por isso que o primeiro dia é tão bom.

— Sortuda, eu tenho às 15:00 e às 19:00.

— Há, otário.

Rimos e fomos ao nosso quarto nos apressar para realizarmos nossos compromissos.

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19:10

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Espertinha (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora