CAPÍTULO 56

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Cidade fictícia Virginia

Elder narrando:

Eu sempre fui o homem de pouco sono.

Durante a minha vida toda, eu sempre achei que estaria desperdiçando meu tempo se dormisse por muitas horas.

Então eu acordo bem cedo.

Antes mesmo do sol nascer.

Sempre foi assim.

Eu vivo em Virgínia desde que nasci..

Meus pais eram pescadores.

Então eu vivo disso, sempre pego os melhores peixes.

Todos em Virgínia me conhecem.

Não só a mim, mas o meu companheiro também, Neto e eu nunca tivemos filhos, por mais que adotar fosse um sonho nosso , nunca aconteceu.

Mas fomos felizes durante nossa vida, moramos juntos a mais de 30 anos, temos nossa casinha, não é luxuosa, mas é nossa.

Sempre vivemos muito tranquilos...

Até hoje ...

Eu não sei o que aconteceu com esse rapaz, mas ele apareceu na nossa porta, do nada .

Eu estava na cozinha, terminando umas coisas, quando ouvi um gemido alto.

Então achei que era o neto, e sai a procura.

Quando me dei conta que vinha lá fora, peguei minha espingarda e sai pra ver.

E era ele, eu me assustei, nunca tinha acontecido algo parecido.

Ele me olhou e caiu...

Corri até o mesmo e foi aí que notei o quão machucado ele estava.

Eu não sei o que fazer ..

Deveria leva-lo ao hospital?

Era o certo a se fazer.

Mas o neto tem razão, somos minoria por aqui, como iríamos explicar o estado desse rapaz, e se colocassem a culpa na gente?

Somos velhos, gays, não temos chances contra os grandões da polícia.

Resolvemos cuidar dele em casa.

Neto sempre foi ótimo cuidando das pessoas .

Eu só estou preocupado, não sabemos quem ele é.

E porque ele está desse jeito.

Ainda sim trouxemos ele pra dentro, com muito esforço.

Eu não tinha outra escolha..

Limpamos as feridas dele com cuidado.

Neto preparou suas ervas.

Ele estava muito quente, acho que a ferida da perna dele, está infeccionada.

ATRAVÉS DOS SEUS OLHOSOnde histórias criam vida. Descubra agora