𝑇𝑒𝑠𝑡𝑒

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Sonhos. Algumas pessoas dizem que eles são sentimentos reprimidos ou memórias do passado. Não sei em qual categoria o meu sonho se encaixa; só sei que ele sempre se repete do mesmo jeito: um jardim cheio de gente, parece ser uma comemoração. O ar é feliz, mas, de repente, uma nuvem negra surge e começa a consumir todos. Ouço a voz de uma mulher com o rosto embaçado dizendo para correr e fugir. Eu sempre acordo antes de entender o que está acontecendo.

Levantei, fui ao banheiro, tomei um banho e voltei para o quarto para vestir meu uniforme. Não sou fã dele, mas, como sou uma das alunas influentes na instituição, sou obrigada a usá-lo. Desci as escadas. Estou na casa dos meus pais para as férias, já que moro no instituto durante o ano. Não me incomodei em comprar uma casa própria.

— Bom dia, filha, dormiu bem?

— Bom dia, mãe. Dormi sim — respondi, sentando-me na cadeira ao lado dela.

— Está ansiosa para o primeiro dia de aula? — perguntou meu pai, tomando um gole de café.

— Não muito. Provavelmente vai ser igual a todos os anos. Nunca entra ninguém na minha casa, então estou tranquila, já que o teste da nossa casa é o mais difícil — respondi, sorrindo e terminando o suco à minha frente. — Já vou indo, beijos.

— Você tomou o seu sangue? — perguntou minha mãe, gritando da cozinha.

— SIM! — respondi, enquanto saía pela porta.

Saí de casa e cumprimentei o motorista, que me levou até o portal de acesso à escola. Meus pais moram na parte rica da cidade, então há um portal particular para os moradores daqui.

— Boa aula, Laura — disse Elliot, com um sorriso.

— Obrigada, Elliot — respondi, acenando para ele e seguindo em direção ao portal. Atravessei e cheguei à escola. Havia várias novas espécies e muito sangue novo. Como vampira, sou muito sensível a novos cheiros, mas ninguém sabe disso, exceto minha família e meu melhor amigo. Entrei na escola e vi Petros conversando com uma menina, sorrindo para ela. Quando ela saiu, fui até ele.

— Posso saber quem era a garota com quem você estava falando tão sorridente? — perguntei, colocando as mãos na cintura.

— Oi para você também. Ela era só uma novata perdida pedindo informações. E não precisa ter ciúmes, tá? Ninguém vai me tirar de você, e você de mim, a não ser a morte — ele respondeu, e nós rimos. — Agora vamos, temos que guardar suas coisas. A diretora nos chamou para o auditório.

Fomos até o dormitório. No caminho, fui cumprimentada por algumas pessoas, tanto alunos quanto funcionários. Guardei minhas coisas no quarto e seguimos para o auditório, onde sentamos na frente. A diretora começou a falar, os professores se apresentaram e, no final, deram as instruções para a seleção. Fomos dispensados, e voltei ao meu quarto para me trocar, já que nas seleções somos oponentes. Adoro isso, pois ninguém consegue ser aprovado para a nossa casa.

A seleção ocorreu no campo de treinamentos, e os requisitos eram força física e magia.

— Alunos, se preparem. Vamos começar com o teste de magia — anunciou a professora. — Toquem a mão na esfera, e ela revelará a porcentagem de magia de cada um. Mesmo que vocês sejam de outra espécie, vamos lá. O primeiro.

Muitos alunos participaram, mas nenhum chegou a pelo menos 50%. Então, nem me preocupei em decorar os rostos ou os nomes dos novatos.

— Olhem aquela garota, a classe dela foi 69% — comentou um novato.

Assim que ouvi isso, comecei a prestar mais atenção à seleção, principalmente na garota. Demorou um pouco, mas todos os alunos fizeram o teste de magia. Então passamos para o teste de força física. Todos os veteranos supervisionaram as lutas. Como minha habilidade é com armas, fiquei encarregada de supervisionar a luta de espadas. Este ano não foi tão patético como nos anteriores, mas nada de novo ou impressionante para a nossa casa. Ouvi o alarme tocar.

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