𝐶𝑎𝑠𝑎𝑠

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    Às vezes, ser liberado nem sempre é a melhor escolha, e às vezes você pode não ser um bom líder. Liderar sempre esteve na minha família: meu bisavô foi rei, meu avô foi rei, meu pai é rei e, daqui a alguns meses, eu serei rei. Acho que esse é o meu destino. Eu não sou uma pessoa que lidera reinos; sou uma pessoa que luta por eles. Mas ainda não tive coragem para falar com meu pai, então vamos continuar sendo o filho sucessor no trabalho.

Levantei-me e comecei a me arrumar. Ontem à noite foi louca. Saí do banho e meu relógio começou a tocar. Atendi e era meu irmão.

— Oi, como vai aí na instituição? — pergunta ele com um sorriso. — Já tem alguém novo na casa? Esperando que sim. Não tô afim de ouvir as mesmas coisas da Laura e dos meninos de novo.

— Hahaha, eu vou descobrir hoje se vai ter alguém novo. Como sou o representante da casa, tenho que ir.

— Ainda tem esperança de que alguém entre na casa? — falou Laura, abrindo a porta e se encostando no batente. — Já faz 7 anos que mais ninguém entra na nossa casa. Oi, Luke — diz ela, acenando para Luke.

— Oi, Laura — ele acena para ela.

— Vamos estar na sala jogando, se tiver interesse — ela fala, saindo. Mas antes de fechar a porta, ela volta. — Eu só não quero que você se frustre de novo — ela termina e sai.

— E aí, o que você acha? Será que eu devia não ir dessa vez? — perguntei para Luke.

— Eu acho que você deveria ouvir a Laura. Eu tenho que voltar; a bruxa da Nora está chamando. Tchau.

— Até. — Desliguei e comecei a pensar se eu deveria ir mesmo ou ficar. Dessa vez, vou ter que concordar com a Laura. Me troquei e fui até a sala.

— Até que enfim, decidiu ouvir! Vem, vamos jogar — diz Laura, me entregando o controle.

Passaram-se duas horas e vi o meu relógio tocar. Pensei que fossem meus pais, então ignorei. Mas ele continuou, então decidi ver. Quando eu vi a mensagem, não pude esconder o rosto de surpresa e esperança. Levantei-me e fui direto para o quarto, mas todos me seguraram.

— Que foi, Petros? Parece que você recebeu a notícia de que alguém morreu — falou Lian.

— Quase isso. Parece que alguém entrou na nossa casa.

— Ei, tem certeza? Pode ser algum erro — falou Laura.

— Olha, um erro ou não, eu vou ver, ok? Então, se me dão licença, eu vou buscar o novo membro da casa.

— OU NÃO — Laura grita da porta.

Saí da casa e andei apressado pelos corredores até a sala de treinamento. Já não tinha mais ninguém lá, então pensei que poderia ter sido mesmo um erro, até a diretora aparecer com a garota que quebrou o recorde da Laura.

— Petros, que bom que você apareceu. Eu já ia te mandar chamar. Essa é Elizabeth, ela é o novo membro da casa S. Por favor, seja gentil com ela — a diretora terminou de falar e saiu.

— Muito prazer, Elizabeth. Eu sou Petros Armstrong — falei, estendendo a mão para cumprimenta.

— Digo o mesmo. Eu sou Elizabeth Auriell, mas você já deve saber disso. Estou um pouco nervosa — diz ela, me dando um aperto de mão.

— Por favor, me siga. Irei levar você até os outros membros — falei, indo em direção à porta. Depois de alguns minutos, me virei para ela e disse: — Então, Elizabeth, o que gostaria de saber sobre a casa?

— Qual é a história do instituto? — ela perguntou, sem graça. — Olha, eu sei que todo mundo que vem para a instituição sabe da história, mas eu não me lembro dela por completo.

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