Prólogo

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O senhor Junghoo levantou-se de imediato caminhando para fora de sua morada agora que estava devidamente vestido. Ele saiu com um seu sorriso pequeno no rosto, desejando com o seu bom humor um ótimo dia para os outros empregados da casa, e se prontificou para sua missão. A casa teria uma nova contratada. As estradas estavam muito molhadas pelas constantes chuvas da semana, mas a Mercedes-Benz escura era potente o suficiente para não deslizar e ir tranquilamente ao seu destino, e assim chegariam rapidamente ao aeroporto de Londres. Com suas mãos cobertas por luvas rosadas, feita de um tecido grosso por fora e quente por dentro. Jennie olhou pensativa para fora da janela do quarto enquanto observava a movimentação das árvores com as idas e vindas do vento, as folhas caíam pelo gramado e o céu comtemplado de um denso ar cinzento. Os pingos de chuva começariam a cair novamente daqui alguns minutos.

— Eu trouxe chá. — Jisoo informou entrando no quarto e colocando o bule em cima da mesa em frente a janela. — Não conseguiu dormir?

— Não. — Jennie respondeu sentando-se a mesa. — Os mesmos pesadelos.

Jisoo sentiu um pesar no olhar acastanhado de Jennie, parecia que ela estava em sem dormir bem há muito tempo. Jisoo aproximou-se para pôr chá na xícara dela e para si mesma. Jennie pegou a xícara em mãos e tomou um gole cuidadoso, pois estava quente. O fervor do chá a preencheu por dentro como um conforto, aquele lugar era tão frio e vasto, as vezes parecia como está sozinha num deserto cinzento. Jisoo estava preocupada o tempo todo, ela sabia que aqueles sentimentos que rodavam pelo coração de Jennie eram de pura tristeza.

Jennie olhou demoradamente para Jisoo que a olhou de volta.

— Quer fazer alguma coisa? Acho que posso morrer tédio. — Jisoo falou pegando um baralho de cartas numa das gavetas do criado-mudo.

— Embaralhe bem as cartas. — Advertiu Jennie se preparando para jogar.

Rosé se sentiu muito inquieta enquanto esperava o motorista dos Kim chegar. Estava muito contente pela conquista do emprego e por isto estava muito ansiosa para começar logo. Nada mais era importante agora do que conseguir mandar dinheiro para sua família que estava com dificuldades, e graças a uma amiga próxima ficou sabendo da vaga de emprego. Ela tinha acabado de terminar a faculdade biologia e queria muito um emprego em sua área. Nunca pensou que fosse conseguir algo de primeiro, então pensou em si arriscar. Seu pai foi o único que ficou desconfiado e preocupado em deixa-la ir sozinha pra Londres trabalhar. Rosé morava com sua família na França em Paris.

— Senhorita Rosé Park? — O motorista se aproximou em sua direção com um sorriso simpático, Rosé sorriu de volta um pouco sem jeito e arrumou seu cabelo ruivo claro que estava um pouco despenteado por causa do vento.

— Isso. — Ela sorriu estendendo a mão para ele, que a apertou com gosto. — E o senhor deve Junghoo, certo?

— O mesmo. — Ele afirmou pegando as duas únicas malas de Rosé. — É apenas isto?

— É, apenas essas duas. — Rosé ficou um pouco sem jeito, ela não tinha muitas coisas e só tinha duas malas, então levou o que somente iria precisar.

Demorou exatos vinte minutos até a propriedade que ficava numa parte onde tinha muitas casas antigas e muita área acastanho, um pouco longe do centro. Rosé morava numa parte pobre de Paris que não tinha muito luxo e as casas eram pequenas e muito encostadas umas nas outras, era um velho condomínio que pertencia uma senhora de seus quase oitenta anos. Ela tinha uma bicicleta que usava para ir para todos os lugares, e ficava com os amigos em algum lago perdido, gostava de tocar violão e ouvir música no rádio. Morava na França desde que se conhecia como gente, e falava francês e inglês. Se mudar assim a fez refletir durante todo o caminho o quanto sentirá falta de sua família, de seus amigos, do lago, do cheiro de bebida e das vozes deles. Mas, aquela oportunidade é uma em um milhão. Ajudará muito nas suas pesquisas como bióloga, e ajudar a sua família a sair da miséria.

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