Prólogo.

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--- Certo, o vagabundo não deve estar muito longe! Precisamos ser cuidadosos. Lembrem-se: o mínimo de barulho possível.

Todos se esconderam atrás dos arbustos e esperaram pelo tal gatuno que andava roubando os frutos das plantações da fazenda Graham.

Aquilo já acontecia há alguns dias, mas nunca conseguiram flagrá-lo no ato para que pudessem tomar todas as medidas contra ele. Mas Alessandro estava certo de que aquele seria o momento em que finalmente o surpreenderiam.

Acompanhado por seus empregados que também eram seus amigos, ele aguardava em expectativa por aquele momento.

Quando ouviram que a armadilha havia capturado o tal delinquente, todos pularam detrás dos arbustos e se depararam com...

--- Uma garotinha? --- Um dos rapazes questionou e todos trocaram olhares incrédulos.

A garotinha por sua vez, olhava assustada para eles com sua boca suja das amoras que havia comido pelo caminho.

--- Qual o seu nome, criança? --- O mais novo dos peões perguntou e ela respondeu.

--- Esme, Esmeralda Foster. --- Respondeu com sua voz e corpo trêmulos.

--- Foster? --- Os peões se entreolharam novamente.

--- Deve ser a filha mais nova de Gerard Foster.

Dessa vez, Alessandro, que estava quieto e somente observava a garotinha, perguntou-lhe:

--- Seu pai sabe que está aqui? --- Ela somente permaneceu quieta e ele suspirou e disse aos outros: --- Voltem aos seus postos, eu me carrego a partir daqui.

Todos concordaram e voltaram com como ele havia ordenado, este olhou para a jovem garota de onze anos e disse:

--- Vamos, irei levá-la até sua casa. --- Embora estivesse com medo, a menina concordou que ele a acompanhasse e assim os dois seguiram em direção à fazenda Foster. 

--- Qual o seu nome, moço? --- A pequena pergunta para o mais velho, que embora não fosse muito de risos, sorriu minimamente diante dos olhos esverdeados que faziam jus ao seu nome.

--- Alessandro, Alessandro Graham. --- Olhou mais a frente e percebera que já havia chegado na fazenda onde a menina morava e então olharam um para o outro e sorrindo, ela disse:

--- Foi um prazer, tio Alê.

--- Nem pense em me chamar por esse apelido ridículo, menina. --- Esme deu logo uma gargalhada espalhafatosa diante da fala de Alessandro, que a acompanhou e foi naquele mesmo instante que a menina guardou a expressão encantadora que Alessandro fazia naquele momento e mal sabia ela (já que era ainda uma criança), que aquilo seria o começo de uma bela e trágica... História de amor!

Cowboy - O Florescer De Uma Paixão..Onde histórias criam vida. Descubra agora