37 • нιs ғᴀмιʟʏ

57 10 2
                                    

Festividades.

Era isso que acontecia na residência dos Bakugo.

No ano anterior eles não tiveram reuniões de família no natal ou no ano novo.

Mitsuki contou que tinham o costume de reunirem a família dela e a família de Masaru na casa deles pra passar o natal ou o ano novo, como não havia acontecido no ano anterior, iriam passar as duas festividades juntos.

Ela sentia saudade da família nesses dias, lembrava de como iam pra Copacana sempre lotada e viam meia hora de fogos de artifício no Réveillon, ou como se juntavam com a família da Michele ou do Iago pra passar o Natal.

Lá estava ela, seus cabelos negros e cacheados quase no meio das costas, um macacão bege escuro de manga longa - afinal era inverno - seus coturnos pretos com um pouco de salto.

Segurava um álbum de fotos de quando Katsuki era pequeno, estava sentada no sofá, tinha ajudado a pôr a mesa e fazer a ceia de natal, era dia 25 à noite.

Depois do jantar, estavam ali no "momento família".

Eles a tinham aceitado bem, disseram que ela era corajosa por conviver com Katsuki e paciente por não ceder às provocações.

– Eu não tenho fotos nessa idade - Respondeu à irmã de Mitsuki que tinha perguntado sobre ela. - É uma história complicada.

Achava o garotinho das fotos a coisa mais fofa do mundo, tinha tirado foto do álbum e mandado no grupo "Só os corajosos", que era do Bakusquad, o nome é autoexplicativo.

"Como essa coisa fofa virou aquele capeta?"

Mas é claro que a paz não duraria pra sempre, a prima do loiro, que era apenas um ano mais nova que os dois, sempre achava um jeito de importunar - era extremamente preconceituosa.

Se jogava em cima dele, quando ela perguntava algo pra ele, ela entrava no meio da conversa.

Parecia que ela não enxergava ele como um primo.

E nesse momento do álbum, ela deu um jeito de chamar atenção.

Quando faltavam algumas páginas pra o álbum que estava na mão da morena acabar, ela se sentou ao lado da mais alta, praticamente a empurrando pro lado no sofá, e tomou o álbum de suas mãos.

Ela respirou fundo, não era de surtar com esse tipo de coisa, mas a garota era extremamente mimada e ainda se atirava pra cima do próprio primo.

Ninguém a repreendia, mas viam que Ayla estava incomodada e sendo muito educada e paciente.

– É claro que ela não ia ter fotos de pequena, mãe, a infância dela é toda fudida - Cheirava a álcool, tinha pegado escondida a bebida dos mais velhos - Filhinha de vilões, não é? - Debochava - Mas você tá se esforçando pra ser uma boa garota, não tá? Uma heroína?

E ela cometeu o erro de ir apertar a bochecha da mais velha, como se ela fosse uma criança ou um cachorro.

Tinha um copo com whisky na outra mão.

A morena segurou seu pulso, não apertando, mas só pra que ela não a tocasse.

– Eu tenho um certo problema com toque - Disse jogando a mão dela no colo, como fez com o velho do metrô - Só pessoas que eu tenho muita consideração podem me tocar, infelizmente você não entrou na lista, Yumi.

𝐃𝐚𝐫𝐤𝐧𝐢𝐧𝐠 ϟ 𝐵𝑁𝐻𝐴 Onde histórias criam vida. Descubra agora